Suposição

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Todos mataram aula, mas não ficaram parados. Enquanto Tae e Luna foram pra delegacia, junto com seus pais, fazer o boletim de ocorrência, os meninos começaram a mexer seus pauzinhos pra descobrir quem estava fazendo isso.

Passaram pelo menos umas três horas na delegacia, dando explicações sobre o motivo da transferência de Luna de escola e esperando a polícia verificar a veracidade da história dela.

Os pais de Tae usaram todo o poder de suas posições para retirar a publicação da internet e ordenaram a seus próprios advogados a tomarem conta do caso.

Assegurando tanto a Luna quanto a seus pais de que iriam até o fundo disso, garantindo a eles total apoio.

Quando conseguiram sair da delegacia foram direto a escola tomar as devidas providências para o caso.

Tudo agora estava nas mãos da polícia. Não poderiam fazer mais nada além de esperar.

Apesar de tudo, Luna quis continuar indo a escola. Estava lutando contra si mesma para encarar tudo de cabeça erguida.

Suportava o desprezo e as línguas ferinas, fingia estar bem, sempre tentando manter a compostura.

Por fora, nada poderia abalar sua confiança , pelo menos era isso que fazia questão de demonstrar, mas por dentro estava em pedaços.

Lutava contra o medo, as lembranças terríveis da época de sua outra escola, as lembranças mais terríveis ainda de seu sequestro e de seus molestadores.

Quando estava sozinha, chorava copiosamente. Mas ainda assim lutava.

Tae via o desespero de sua namorada e estava realmente muito irritado com tudo aquilo, mas nem mesmo a combinação de poderes com seus amigos, fizeram as pessoas pararem de falar.

Ele via o desespero dela em cada sorriso falso, sentia o choro dela mesmo quando ela tentava esconder.

A dor dela era sua também. Ele tentava ao máximo amenizar as coisas, distraindo ela da maneira que pudesse.

Com a ajuda de seus pais, colocou um  batalhão inteiro pra caçar o culpado.

Luna estava no banheiro quando escuta duas meninas conversando:

- Você acha mesmo que ela fez todas aquelas coisas?

- Com certeza! Esse tipo de coisa é normal no país dela.

- Mas ela me parece ser uma menina tão legal...

- Legal nada... É uma promíscua que teve o descaramento de roubar o 7P de todas nós.

- Acha que aquela história de sequestro era verdade?

- Que nada, foi só a desculpa que aquela vadia usou pra enganar o Tae e os meninos...

- Você está brincando, né?

- É claro que não, todo mundo sabe disso. Chae-won me contou que ela além de dissimulada é encrenqueira também. Disse que outro dia, foi fazer um favor que o representante de classe lhe pediu e do nada ela começou a bater na Chae-won, xingou a coitada e tudo...

Até aquele momento estava apenas calada escutando tudo, mas quando ouviu sobre Chae-won não conseguiu se controlar. Abrindo a porta, olha diretamente pra duas meninas.

- Que pena que a Chae-won não te contou a história toda... É interessante como ela se esqueceu de mencionar que foi até a casa do meu namorado, a noite, pra tentar fazer a cabeça dele... E só pra constar, nesse dia quem a chamou pra ir até a casa dele fomos nós dois e não o representante de turma.

As duas olham Luna surpresas, não sabiam que tinha mais gente no banheiro.

- Ah, e só pra constar, não sou eu que saí com todos os garotos da escola... Vocês deviam checar melhor suas fontes antes de saírem vomitando asneiras por aí...

Sem dar a chance das duas responderem, Luna apenas vira as costas e sai do banheiro.

Ainda mantendo a classe, Luna anda de cabeça erguida pelos corredores da escola, passando pelo pátio indo direto para o local de sempre, com seus amigos.

Todos sabiam que ela não estava bem e estava se segurando novamente pra não chorar.

Tae: - O que foi anjo?

- Eu ouvi umas meninas conversarem a pouco... Ao que parece, além de ser uma ladra promíscua, agora sou uma encrenqueira que sai batendo nos outros sem motivo aparente...

JM: - Como é que é?

- Bom, segundo a menina, Chae-won saiu falando pra deus e o mundo que foi fazer um favor pro presidente de classe e eu a ataquei, batendo e xingando, sem nenhum motivo...

Tae: Aquela maldita esperou o momento certo, hein...

- Tae, vou pra casa, descansar um pouco... Estou com dor de cabeça e não vou conseguir acompanhar vocês hoje...

- Vou te levar então.

- Não precisa anjo. Estou mesmo bem. E você precisa se dedicar a sua banda, logo vocês vão estrear, não quero que você prejudique sua futura carreira por uma coisa dessas.

- Anjo, pelo amor de deus... Não ouse usar minha carreira como desculpa pra nada.

- Mas eu estou mesmo falando sério. Eu estou mesmo bem.

- Então a gente se vê a noite, tá?

- Sem problema, até mais meninos.

Sem nem esperar resposta, Luna vai pra casa.

Precisava desse momento sozinha pra pensar sobre o que iria fazer dessa situação toda.

Depois de escutar aquela conversa, uma pequena luzinha apareceu em sua mente.

Se sua suspeita estivesse certa, teria de arrumar um jeito de provar que quem a sequestrou foi Chae-won.

De tudo, apenas uma coisa estava clara em sua mente: Pra obter sua vingança por si mesma, precisaria se colocar em risco novamente e pra isso, com certeza, precisaria da ajuda de todos.

Mudando de ideia sobre ficar sozinha, se veste novamente e vai para o clube encontrar Tae e os outros.

Os meninos estavam ensaiando No More Dream quando Luna chega surpreendendo a todos.

Tae: - Anjo... Está tudo bem? O que aconteceu?

- Tae, meninos, tenho algo a dizer a vocês. E vou precisar da ajuda de todos.

Luna conta sobre sua suspeita e o plano que conseguiu pensar enquanto  esteve sozinha.

Todos ouviam com total atenção, de começo, nenhum deles estava disposto a concordar com aquele plano arriscado, mas depois que  fazeram alguns ajustes, todos acabaram concordando.

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