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(Maraisa)

Quando terminamos o treino já eram quase meio-dia, confesso Danilo foi um desafio pra mim, já peguei alguns alunos sedentários, mas igual a ele não existe.

-Ufa! Finalmente acabou! Vou poder comer e ir pra casa!

-Ai ai, vou ter que concordar também tô louca pra almoçar. - comecei a pegar minhas coisas.

-Ei! Quer ir almoçar comigo?

-Não sei... - respondi meio sem jeito.

-Conheço um restaurante ótimo aqui do centro, porém se tiver outro compromisso, tudo bem.

-Quer saber? Tá bom, eu vou! - saímos da academia e fomos no restaurante.

Conversa vai, conversa vem e o papo fluindo numa boa.

-Dá nem pra acreditar num trem desses! - dei risada.

-É minha mãe é doida mesmo, e você? Não te vi falar da sua família até agora.

-Eu parei de falar com eles, minha família sempre foi contra meu relacionamento, minha irmã gêmea é a única que me apoia, mas infelizmente ela também não mora em Goiânia.

-Desculpa por tocar no assunto.

-Não, tudo bem, eu já acostumei. - bebi um gole de suco.

-Desculpa a pergunta, fiquei curioso, porque sua família não te apoia? Se não quiser responder não tem problema.

-Ah! São vários motivos, o primeiro é a diferença de idade, quando conheci o Zé tinha apenas 30 anos e ele já tinha 38, meus pais não suportavam a ideia de eu namorar um cara tão mais velho, o outro motivo é bem pessoal, o José não pode ter filhos e a minha mãe e meu pai sempre sonharam com netos.

-E a sua irmã? Ela ainda fala com você?

-A Maiara todo dia me liga, é uma pena não podermos estar juntas, era pra eu ser madrinha do casamento dela, mas minha mãe me proibiu de botar os pés lá enquanto estivesse casada com o meu marido, aí acabou que minha "metade" teve que vir aqui me ver. - deixei uma lágrima cair, esse assunto ainda me machuca muito.

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Tadinha da Maraisa, sem o apoio da própria família.

Você Nem É Tudo IssoOnde histórias criam vida. Descubra agora