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2 dias depois:

(Maraisa)

Passei três dias em observação no hospital e hoje finalmente recebi alta. E claro que a primeira coisa que eu e o Danilo vamos fazer é arrumar nossas coisas pra nossa viagem até São Paulo.

Voltamos a minha antiga casa e havia um monte de policiais investigando os indícios do crime que o Zé cometeu. Então fui até o quarto e peguei o máximo de coisas que consegui, joguei tudo dentro da mala e saí.

-É morena, chegou a hora da gente ir... - Danilo falou enquanto colocava as malas no porta-malas do carro.

-Sim, finalmente vou rever minha família! - dei um sorriso tímido.

-Eu só tô pensando como eu vou explicar pro sogro, que antes mesmo de eu fazer o pedido de namoro a gente já tem um filho juntos! - ele mordeu a boca de nervosismo e eu ri.

-Relaxa amor, ele vai entender... - dei um selinho nele - Bom, eu acho né! - falei só pra provocar e ele me olhou nervoso ao mesmo tempo em que eu morria de rir.

A viagem durou 10 horas, e não vou negar, eu passei mal quase o tempo todo. Já que eu tinha comido muito pouco da comida do hospital, e ainda não tinha me livrado totalmente das dores pelo corpo.

Assim que chegamos na casa dos meus pais, eu desci do carro e coloquei a coxinha que eu tinha comido pra fora. Não sei o que eu odeio mais na gravidez: os enjoos frequentes, ou a vontade de fazer xixi o tempo todo.

Depois de ter tomado uma água pra tirar o gosto ruim da boca, andei até a porta da casa e toquei a campainha. Não vou negar, eu tô morrendo de nervoso.

-Quem é? - ouço uma voz conhecida e vejo minha mãe abrir a porta - Meu Deus! Não acredito!

-Oi mãe... - acenei tímida e na mesma hora ela me abraçou.

-Que saudade minha filha, que saudade! - ela falou chorando e eu deixei as lágrimas caírem.

-Eu também tava morrendo de saudade mãe! - dei um beijo no rosto dela.

-Se você voltou aqui, é por que cê largou do Zé, certo? - confirmei com a cabeça e ela sorriu - E não me diz que aquele gato ali, é seu namorado!

-É uma longa história, mas acho que sim! - falei sorrindo e olhei pra ele - Mãe, esse é o Danilo! E Danilo, essa é minha mãe!

Os dois se cumprimentaram, e só pelo olhar da Dona Almira, senti que ela gostou dele. E confesso que isso me deixou mega feliz.

Passamos a tarde inteira conversando com minha mãe e meu pai, e claro que seu Marco César ficou zuando o genro, como sempre.

-Nossa mãe, peguei um trânsito hoje, quase não cheguei em casa antes de anoitecer! - Maiara entrou falando enquanto mexia no celular, mas assim que ela me viu - EU NÃO ACREDITO! - ela gritou e vi as lágrimas rolarem pelo rosto dela.

-Eu voltei minha metade! - abri um sorriso e ela correu pra me abraçar - Quanta falta eu senti desse abraço... - dei um beijo na testa dela.

-Eu te amo metade! Eu te amo! - ela sussurrou e voltou a chorar.

-Eu também te amo muito minha menina! - sussurrei de volta e abracei ela mais forte.

O reencontro veio aí!!

Você Nem É Tudo IssoOnde histórias criam vida. Descubra agora