chapter three ⚾

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Nunca tinha tido a sensação do meu corpo e a minha mente divergirem de maneira tão absurda, a ponto de ambos desejarem coisas completamente distintas

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Nunca tinha tido a sensação do meu corpo e a minha mente divergirem de maneira tão absurda, a ponto de ambos desejarem coisas completamente distintas.

Sentir o corpo de Nate me pressionar contra a parede, estar a poucos centímetros da sua boca fez com que coisas repugnantes vagassem pela minha cabeça.

Seu cabelo molhado respinga um pouco de água na minha testa e eu tento de todas as formas não encarar aqueles malditos olhos castanhos que não se distanciam de mim.

Porque quando os encaro, é como se de alguma forma eles me atraíssem para outra dimensão e me fizessem esquecer que bem ali na minha frente está uma pessoa com todos os defeitos que eu repudio em alguém.

Minha mente o rejeita com todas as forças, mas o meu corpo... Ah o meu corpo tem curiosidade em se arriscar no jogo dele, quer saber exatamente onde isso vai parar.

Por que o fogo tem que ser tão atraente? Não sei se é o calor que ele é capaz de causar no nosso corpo ou a certeza do perigo que mais atrai.

Meus olhos se conectam a sua boca de maneira automática, minha mão sente vontade de passear por cada detalhe daquele tronco perfeitamente e irritantemente desenhado.

Por que alguém tão irritante tem que nascer tão lindo assim?

"Olívia, você sabe que vai se arrepender pelo resto da sua vida, não sabe?", minha mente luta para me alertar de todas as maneiras possíveis, e se dedica a me levar novamente ao lugar do meu cérebro que jamais me permitiria agir assim...

Ao lugar do meu cérebro que sabe que amanhã sem o álcool no meu corpo eu vou me arrepender amargamente disso.

Minha respiração perde o compasso e um arrepio completamente novo percorre cada músculo do meu corpo...

E uma chama que nunca senti antes parece me consumir.

Faz meu peito arder...

Sinto que estamos a ponto de colidir... Somos dois planetas inteiramente distintos e a chance de uma explosão catastrófica acontecer é enorme.

Eu tenho plena ciência disso, mas a Olívia que odeia fazer besteira e age da forma mais sensata possível parece estar tão distante agora.

A boca de Nate está a poucos centímetros da minha, praticamente tocando-a. Por um minuto o meu intelecto que despreza pessoas egoístas, mimadas e privilegiadas como ele parece ter se desligado.

Mas meu corpo parece estar aceso. Completamente aceso.

Sinto seu hálito quente percorrer o meu rosto, tento me desvencilhar, mas não com a mesma força de antes.

Na verdade, nem tenho certeza se estou fazendo esforço para me desprender dos seus braços...

Por Deus, isso é impossível.

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