Quando o mundo é destruído por catástrofes solares, um vírus chamado Fulgor se espalha e dizima civilizações inteiras. A última esperança da humanidade fica na mão de crianças e adolescentes, devido um porcentual de imunes. Olivia foi levada pelo CR...
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Corri até o Campo-santo e me escondi atrás de uma árvore. Não queria conversar com ninguém e se eu chorasse que seja bem longe de todo mundo. Apoiei as costas no tronco da árvore e escorreguei até ficar sentada no chão.
O meu coração palpitava, a garganta parecia ter se fechado e uma sensação de falta de ar machucava meu peito, minhas mãos tremiam e suavam. Era mais uma daquelas crises em que eu me sentia sufocada e tudo em volta parecia irreal. Xinguei a mim mesma várias vezes na minha mente, queria chorar, queria gritar, mas nada saía. Era como se eu estivesse fora do controle.
Depois de alguns longos minutos o ar pareceu voltar devagar aos meus pulmões. E só então consegui raciocinar direito. Como eu pude ser tão burra? E pensar que Newt continuaria o mesmo, que suas memórias poderiam ter se apagado, mas não a sua personalidade ou seus sentimentos. Talvez eu tenha estragado tudo, ou talvez, o CRUEL que tenha estragado no momento em que decidiram mandar ele para o labirinto.
Um turbilhão de pensamentos entupiam a minha mente. Abracei meus joelhos e deixei que lágrimas molhassem meu rosto. Passei um bom tempo assim só tentando focar na minha respiração, contava até quatro para inspirar e expirar, a técnica quadrada que sempre me deixava mais calma.
Um barulho de galho se quebrando interrompeu no silêncio me assustando e eu rapidamente sequei as lágrimas do rosto evitando que o causador do som me visse naquele estado.
– Você está aí! - disse e quando levantei o olhar era um garoto que eu não conhecia. Haviam gotas de suor na sua pele negra que brilhava com a luz fraca do bosque junto com o seu leve sorriso no rosto. - Eu trouxe isso pra você. - me estendeu um pano com o que parecia ser um sanduíche embrulhado.
