08 - Pegue Essas Moedas e Suma Daqui!

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— Bom dia, te trouxe um chocolate só pra alegrar ainda mais o seu dia! — diz Marcelo despertando Tânia do transe em que ela se encontrava.

— Ah, que gentil! Muito obrigada! Mas qual é o motivo pra tamanha delicadeza? — Responde sorrindo.

— E todo gesto precisa ter uma segunda intenção? Esse é um chocolate que eu gosto muito e pensei que você gostaria também... Não gostou? Desculpa... Eu não faço mais... — retrucou com os olhos baixos, muito constrangido e levantou as duas mãos como se estivesse rendido.

— Marcelo, por favor me desculpe... Eu não quis ser grosseira! Na verdade, gestos como esse são tão raros, que quando acontecem, sem querer a gente custa a acreditar... — e com um sorriso acolhedor completou: — Você é um cara incrível!

— Ah, não esquente! Eu não sabia que esse gesto foi tão raro assim... Fico feliz que você tenha gostado... Deixa eu voltar pra minha mesa. Depois a gente se fala! — se despediu demonstrando um certo constrangimento.

— Até logo, e muito obrigado pelo presente! — Tânia se despede sorrindo.

A manhã daquela quarta-feira se arrastou, Tânia se dividiu entre o trabalho e seus pensamentos, precisa de uma estratégia para convencer Mônica visitar o orfanato, e ainda tinha que dar uma resposta ao César e agora o Marcelo cheio de gentileza pro seu lado... E pensar que há seis meses, ela começava um novo emprego, com um salário melhor, aumentando as possibilidades de ajudar a sua família... E agora ela estava ali, com tanta coisa pra se fazer e pensar... É... as vezes a vida te surpreende! O seu telefone toca e ainda compenetrada ela atende:

— Alô? Em que posso ajudar? — pergunta tentando descobrir quem falava do outro lado da linha.

— É a sua gerente, oh cigana distraída... — responde Mônica do outro lado da linha — Eu só te liguei pra te avisar que eu não vou almoçar contigo hoje. Vou pedir algo e comer por aqui, mesmo você se importa?

— Mas é claro que eu me importo! Você sabe muito bem que eu não gosto de almoçar sozinha... Ah, que chato amiga... Mas tudo bem! Fazer o quê? Apenas não deixe de alimentar por causa do trabalho! E Mais tarde, eu passo na sua sala, quem sabe te ajudo em alguma coisa? — pergunta enquanto rabisca algo no papel.

— Amiga, pode passar aqui sim, vai ser só gratidão por ti! Estou tão enrolada hoje! — responde com um cansaço na voz. — E foi por isso que eu resolvi pedir alguma coisa e ficar por aqui mesmo.

— Quer que eu fique com você? — Pergunta Tânia preocupada.

— De forma alguma, vá faça o seu intervalo de almoço e depois vem aqui me ajudar. Eu vou me virando aqui até você chegar. E mais uma vez muito obrigada! De coração! Daqui a pouco a gente se fala, Beijo grande! — respondeu agradecida.

— Tá certo, chefia! Beijos e até daqui a pouco! — desliga o telefone e volta pro seus afazeres.

Mal Mônica desliga o telefone, e ele começa a tocar novamente.

— Puxa, eu com tanta coisa pra fazer e esse bendito não para. — Reclama pegando o telefone — Alô, quem fala?

— Alô, eu posso falar com a senhorita Mônica? — pergunta uma gentil voz masculina.

— Está falando com ela! — responde com curiosidade — Com quem eu falo?

— Eu sou o César, falo em nome do orfanato... Não sei se você se lembra, mas a gente se viu uma vez. O Motivo da minha ligação é para te agradecer a sua doação para a nossa instituição... — responde César ainda com mais simpatia na voz.

ANJO VERDADEIROOnde histórias criam vida. Descubra agora