CAP-8 Raro Momento

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Josh Pov

Mais de três horas de reunião e ainda não tínhamos chegado a um consenso. Embora eu desse a última palavra, e o que eu dissesse deveria ser cumprido, hoje não estava funcionando.

Simplesmente porque minha mente estava longe. Não tinha um pensamento específico. Era tudo muito confuso e misturado.

Mas em todos os pensamentos S/N estava neles. Principalmente depois da notícia que Bailey me dera mais cedo.

Há tempos vasculhávamos o ocorrido há seis anos buscando o culpado. Embora eu tivesse quase certeza, não podia afirmar.

Mas agora felizmente eu já sabia a verdade. E isso complicaria demais a minha vida.

Simplesmente porque eu não conseguia deixar de ser um homem rancoroso e vingativo. Era meu pior defeito, eu acho. 

-E então, Josh? O que acha? 

-Acho que já podem ir. Não estou com cabeça para pensar nisso. 

-Mas Josh... 

-Taylor... Agora não. Aliás, nossa cabeça funciona quase da mesma maneira. Repense algumas coisas e depois me diga. 

Eu vi Bailey fuzilar Taylor com os olhos. Dei de ombros. Taylor era o único que trabalhava e agia da forma que eu gostava. 

-Podem ir. Já são quase duas da manhã e daqui a pouco teremos que nos encontrar lá no galpão. 

-Certo chefe... Boa noite então. 

-Boa noite. 

Os homens se levantaram, mas Bailey permaneceu quieto. 

-Posso falar com você rapidamente? 

-Diga. 

-Com relação aquele assunto... Sobre a Sina. 

-O que é que tem? 

-Você não está ficando com a S/N... Por vingança não né? 

-Deixa de ser idiota, Bailey. Eu ainda nem tinha certeza disso quando a quis pra mim. 

-Claro que tinha. Você sempre tem certeza de tudo. 

-Pode até ser. Mas desse jeito você ofende a S/N. Acha que ela não tem qualificação suficiente para ser minha mulher? Que serviria apenas como vingança? 

-Não... É que... 

-Além do mais, Bailey. Eu já me vinguei. Matei o pai dela. 

-Entendo... Bom... Desculpe-me se fui intrometido. 

-Tudo bem, Bailey. No fundo eu sei que se preocupa comigo. E sei que às vezes sou bruto e rude com você. Mas... Eu não quero continuar nessa vida eternamente. Alguém terá que assumir um dia. 

-Seu filho... 

-Se eu tiver um... Ou então você assume. 

Vi o brilho de surpresa em seus olhos. Eu jamais dirigi uma palavra reconfortante ou que parecesse mais carinhosa.

Essa realmente foi a primeira vez e era o máximo que eu me permitia. Mas no fundo eu amava demais meus irmãos.

Daria minha vida para defendê-los. Eu só não falava. Como diria minha mãe: O que a mão direita faz, a esquerda não precisa ficar sabendo. 

-Bom... Não sei se me adequaria ao papel.... 

-Se encaixaria perfeitamente. Basta deixar de ser manteiga derretida. 

θ PθDΣΓθSθ BΣΛЦCΉΛMPOnde histórias criam vida. Descubra agora