Capítulo 15

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Onde mora a família do Fernando

ALESSANDRO

Cheguei da escola, e fui dormir já que meus pais ainda não voltaram da capital ,onde foram levar meu irmão.

Sei que fui um babaca com meu irmão por muito tempo,mas na verdade eu usava a sexualidade dele para diminui-lo, por que no fundo eu tinha inveja dele, por ser tão bom em tudo, ele é bom  nos estudos  ,na profissão dele, e canta lindamente, então  quando ele falou da sexualidade dele para nossos pais mesmo tendo só onze anos na época, eu usei isso contra ele.

Mas me arrependi, e pedi perdão a ele de coração ,e ele  me mostrou mais uma vez ser um ser humano incrível , me perdoou e ainda me ajudou com  uma matéria que não conseguia entender.

Meu irmão , é um ser humano incrível espero pode retribuir tudo o que ele fez por mim, um dia.

Meus  pais chegaram de madrugada, e eu fui ver como eles estavam .Minha mãe tinha o rosto cansado e triste.

No dia seguinte conversei com eles, sobre  o que falei com o Sam, de como  me sentia e do por que eu atacava ele.Pedi perdão  a eles por ser   um filho problemático. Eles me perdoaram, e  nossa relação começou a melhorar.

[...]

Hoje  faz uma semana que o Sam foi embora, e confesso  que estou com saudades dele já, nós só nos falamos por mensagens, que ele teve que trocar o numero por que segundo  ele o traste do ex ficava ligando para ele toda hora.

Hoje vou com meu pai para a capital , resolvemos antecipar  minha visita  a família do homem que  eu atropelei, eu estou nervoso mais  eu preciso enfrentar a realidade.Chegamos na capital  e meu pai deixou nosso carro em um estacionamento e fomos do centro a casa deles ,de über já que onde eles moram é um lugar um pouco perigoso.

Quanto mais o carro subia a comunidade, mas  precária eram as residencias, o  motorista nos deixou em frente a um barraco muito simples, mas o patio estava  bem limpo,batemos palmas e logo uma senhora jovem, mas com aparência cansada veio  nos atender.

_Bom dia, desejam alguma coisa?

_Sim viemos ver o Carlos.

_Podem entrar.Disse ela abrindo o portão e nos conduzindo para dentro da pequena casa.

Assim que entramos, era um pequeno comodo, com um sofá e nada mais o que dividia um comodo do outro era a parte de trás de um ropeiro, de uma porta que parecia ser o banheiro saiu um garotinho, que sorriu para nós e foi  abraçar a mãe.

_Bem você já me conhecem do hospital.Esta é minha esposa Donatella, e meu filho Alessandro.Disse meu pai para o senhor sentado no sofá com a perna e braço quebrados.

A esposa dele se sentou ao lado do marido com o pequeno no colo, e nós sentamos e três cadeiras de plásticos trazidas, pela dona da casa de uma peça que aprecia uma cozinha improvisada.

_Senhor Carlos eu queria te pedir perdão pelo que esta passando já que a  culpa foi minha.

_Tudo bem garoto tudo nesta vida acontece por um motivo.

__Vocês moram aqui a muito tempo ?Perguntou minha mãe

__Sim a três anos, desde que perdi meu trabalho formal,perdi a casa que morávamos que era financiada pelo banco, eu estava trabalhando de uber,mas roubaram nosso carro que era a unica fonte de renda da casa, desde então eu tenho feito alguns bicos.

_Minha esposa  não pode  trabalhar por o Filipe é muito doente,e não conseguimos ninguém para ficar com ele.

_O que o pequeno tem?Perguntou meu pai olhando, para o pequeno que tinha olheiras profundas nos olhos.

_Asma aguda,e quando não tem injeção de corticoide em casa ele vai para o hospital onde fica internado por uns dias.

Estávamos conversando quando entra  um garoto bem franzino pela porta.Ele é mais baixo que eu e tem uma voz suave até me lembrou  a voz do Sam , ele estava com uma sacola com arroz e feijão.Não entendi por que  mas desde que ele entrou eu não consegui parar de olhar para ele.

_Estamos com visitas?

_Sim o senhor George,veio ver como seu pai está.

_Esse é  meu filho mais velho Fernando.

_Prazer  senhores.Disse ele para meus pais ,os comprimento com um aperto de mãos e   a mim também, quando nossas mãos se tocaram senti uma coisa muito gostosa, ele sorriu para mim, e foi para a cozinha com a sacola.

_Senhor sei que já estou te ajudando,e vendo a situação de vocês agora  sei que precisam mais do que um salário.

_Não posso aceitar mais nada de vocês, já estão me ajudando muito ,e o Fernando esta trabalhando.

_Trabalhando no que meu jovem?Perguntou minha mãe  para ele.

_Faço o que aparecer, morando aqui ninguém da emprego por que , não tem comprovante de residencia.

_Em que você gostaria de trabalhar?Perguntou minha mãe.

_Meu  sonho seria trabalhar com hotelaria , eu acho fascinante este mundo .

_Querido!Disse minha mãe olhando para meu pai.

_Bem nós já estamos indo,qualquer coisa que precisarem podem me ligar, disse meu pai entregando um cartão para os pais dele.

Eu sai do meu transe com minha mãe me chamando,pois até então eu estava  com meus olhos presos no pequeno garoto que falava, educadamente mais para falar a verdade eu não  prestava atenção no que ele dizia, e sim no seus lábios que se moviam graciosamente.

_Sim vamos,mãe e mais uma vez me perdoe senhor Carlos, e no que  vocês precisarem podem nos procurar.

Quando nos despedimos, senti sua mão novamente me trouxe de novo aquela sensação gostosa.Sai pela porta e olhei para o lado da  esquerda, onde tinha um corego que estava quase cheio devido a chuva de ontem.

Pegamos o uber , e fomos ao estacionamento onde estava o carro do meu pai , no caminho de volta fui em silencio, por que será que a imagem adorável do Fernando não sai da minha cabeça.

Já em casa tentei estudar, jogar video game,malhar, assistir series mas nada tirava  ele da minha cabeça,nem mesmo dormir consegui,,devo estar ficando louco.

Eu nunca fiquei assim por um homem, mulher sim mais homem nunca,sera que sou bisexual?Estou confuso, se o Sam estivesse aqui eu teria com a quem conversar sobre o assunto, com meus pais é que não vou falar sobre isso.

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