Jennie e Jisoo acabam dormindo. Elas lutaram contra isso por horas, tentando pensar em um plano para me salvar, mas acabaram sucumbindo. Fico deitada em uma pilha de calças e olho para o teto estrelado e esverdeado. Não é tão fácil assim, Sr. Lennon. Mesmo se você tentar.
As horas passam devagar. Já passou faz tempo da meia-noite, mas está claro como se fosse meio-dia lá fora. Os refletores jogam sua luz branca contra a casa, espremendo seus raios pelas sombras da janela. Meus ouvidos ficam ligados nos sons à minha volta. A respiração das garotas. Seus pequenos movimentos enquanto dormem. E então, por volta de quatro da manhã, um telefone toca.
Jennie acorda e se apoia em um cotovelo. O telefone continua a tocar em algum outro cômodo da casa. Ela joga as cobertas de lado e fica em pé. Jennie sai do quarto e eu a sigo pela escuridão da casa em direção ao telefone tocando. Entramos em um lugar que parece ser um escritório. Há uma mesa grande coberta de papéis e plantas de coisas, e, nas paredes, vários telefones estão ali parafusados, de marcas e modelos diferentes, cada um de uma época, todos de volta ao velho sistema de discagem.
- Eles refizeram todo o sistema de telefonia — Jennie explica. – É mais como um interfone agora. Temos linhas diretas com todas as áreas importantes.
Cada telefone tem um adesivo com um nome colado abaixo dele. O telefone que tocava, coberto por uma camada de poeira, tinha a etiqueta:
LINHA EXTERIOR
Jennie olha para o telefone, depois para mim.
- Isso é assustador. Esta linha é para os telefones das áreas abandonadas lá fora. Desde que conseguimos nossos rádios de comunicação, ninguém mais usa esses telefones.
O telefone toca alto e insistentemente. Jennie pega o telefone devagar e o leva ao ouvido.
- Alô? — Ela espera. - Quê? Não estou enten... — A testa dela se enruga indicando concentração. Então seus olhos se arregalam. - Oh — E ficam semicerrados. - É você. Sim, é a Jennie. O que você... — Ela faz uma pausa. - Tudo bem. Sim, ela está aqui do lado.
Ela segura o telefone em minha direção.
- É pra você.
Olho para o telefone na mão dela.
- Como assim? — Pergunto incrédula.
- É aquela sua amiga do aeroporto.
Pego o telefone e o coloco perto da boca.
Jennie faz que não com a cabeça e o vira para mim. Então falo em uma voz surpresa:
- Rosé?
Logo a voz dela preenche meu ouvido.
- Olá... namoradinha.
- O que... onde você está? — Pergunto.
- Estou na... cidade. Não sabia... se o telefone iria... funcionar. Mas tinha... que tentar. Você está... bem?
- Sim, mas... presa. Trancaram... o Estádio.
- Merda. — Ela responde.
- O que... está acontecendo? Aí fora?
Há um silêncio durante um momento.
- Lisa — ela começa - Mortos... continuam vindo. Mais. Do aeroporto. Outros lugares. Muitos... de nós agora.
Fico em silêncio e o telefone se afasta da minha orelha. Jennie me olha com expectativa.
- Alô? — Rosé chama.
- Desculpe. Estou aqui.
- Bom, nós estamos... aqui. E agora? O que... fazemos? — Ela pergunta.
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Minha Namorada é uma Zumbi
Fanfiction(CONCLUÍDA) Em um mundo pós-apocalíptico, a zumbi Lisa Manoban acaba se apaixonando pela humana Jennie Kim. No meio de tantas aventuras será que Jennie estaria nutrindo também um sentimento pela zumbi? Adaptação do livro "Sangue Quente", portanto to...