kiribaku, ligação;

ligação;

— Preciso de ajuda — o ruivo disse, assim que a chamada foi atendida por ambos os quatro amigos.

— Só liga quando quer algo, que ótimo amigo temos — lamentou Kaminari.

— Eu espero que tenha algo realmente importante a dizer cabelo de merda, estava estudando — dessa vez foi Bakugou quem falou, ou melhor, ameaçou.

— Eu tenho! E é sobre isso: estudos. — explicou.

— Aaah, claro. E vc veio pedir ajuda logo para o Pikachu, o fita crepe e a Alien rosa? Logo eles que dividem o mesmo neurônio? 

— Eii!! — os amigos exclamaram revoltados, levando Haru a soltar um risinho — espera! essa voz... Sua irmã está aí?? — Mina perguntou. Na verdade, Mina e Haru são boas amigas, mesmo com a diferença gritante de idade, ela com 16 e Haru com 6. Quando Mina vai a casa de Eijiro, a garotinha fica sempre animada, ela vê a rosada como uma referência ou algo do tipo.

— sim, é sobre ela que eu quero falar.

— Prossiga.

— Minha mãe pediu para ensinar Haru ler, mas...

— Você não é bom em ensinar — Sero deduziu.

— Sim, exato. Você e o Kaminari são bons com crianças, Mina se dá super bem com a minha irmã e o Bakugou é... 

— Seu namorado — Haru terminou a frase do irmão, recebendo um olhar incrédulo do mesmo.

— O quê? Não. Ele é bom em ensinar, é isso!

— Eijiro tá namorando, lalala — ela cantarolou deixando o irmão envergonhado, mais vermelho que seu cabelo.

— Por que acha isso, Haru? — Kaminari perguntou tentando não rir da situação. A garotinha levou os dedos até o queixo, tentando lembrar de algo que levasse ela pensar daquela forma.

— Uh, teve uma vez que o Moranguinho estava com cara de bobo enquanto mexia no celular, ele tava falando com o Katsuki! — a garota entregou o irmão mais velho, levantando as mãos para o alto, toda alegre.

— Então, quer dizer que você sorri quando me manda mensagem? — Bakugou perguntou, surpreso, mas não com raiva, longe disso.

— Quê? Não! — Sim, Eijiro sorria quando falava com katsuki. Falar com o loiro era bom, deixava ele mais leve, era relaxante e sorrir era apenas um dos sintomas.

— Sorri sim! Não adianta disfarçar, eiji! - Haru desmentiu o irmão, lançando um olhar de reprovação pela mentirinha, mas ainda assim, sorrindo.

— Aposto que ele tá vermelho agora — cantarolou sero.

— Não estou — o rapaz negou outra vez, mas Eijiro não enganava ninguém

— Ele está — Haru confirmou e continuou — Teve outra vez também... Teve várias.

— Queremos que conte todas — Foi Bakugou quem disse e Eijiro não estava acreditando naquilo.

Pelo visto o dia seria longo.