desejo?

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— hey, Bakugou! — o loiro não havia percebido quando a amiga rosada se aproximou, ele estava muito ocupado pensando nas coisas que aconteceram. Há uma semana katsuki havia se confessado para Eijiro, ele entendia que a declaração havia sido repentina, mas já faziam uma semana que não recebia qualquer sinal de vida do ruivo, nem para a escola o garoto foi. Não saber se Eijiro estava bem, se ainda eram amigos ou o que ele pensava sobre aquilo, era deprimente. Totalmente deprimente. Mas se Kirishima era tão babaca ao ponto de sumir sem deixar as coisas claras, então katsuki teria que esquece-lo.

— Ei katsuki, tá aí? — Ela perguntou mais uma vez, estalando os dedos na frente do rosto do loiro, na tentativa de acorda-lo de seu transe.

— Quê? Que foi, porra?

— Parece que nosso biriba acordou de mau-humor — Kaminari disse com um sorriso divertido nos lábios.

— Quem você tá chamando de biriba?? Tá afim de cair no soco, Pikachu??? — exclamou, sem paciência.

— Não, não! Valeu! — Kaminari negou na mesma hora, não seria uma boa ideia brigar com um Bakugou de "coração partido".

— Crianças, a tia Mina tem assuntos importantes a tratar com vocês, então parem de brigar, ok? Só vamos esperar o Sero...— a frase mal foi completada quando Hanta apareceu na porta da sala, quase tropeçando nos próprios pés — e ele chegou.

— Caras, eu perdi totalmente a hora. Achei que o aizawa já tinha chegado, vim o mais rápido que pude e... O que tá rolando?

— Nada demais, a Mina só tem algo super importante pra falar — Denki respondeu, puxando uma cadeira para o namorado se sentar e assim que o fez, todos olharam para mina, com exceção de Bakugou que olhava para uma caneta como se fosse a coisa mais interessante do mundo.

— Sabem que dia é hoje?

— Dia 27? — Sero chutou.

— Sim! hoje os desejos se tornam realidade! Vocês podem pedir quantos quiserem, só não pode pedir para mortos voltarem a vida. E se for um pedido com energias negativas, voltará 2 vezes pior, então... Não recomendo. Ouviu, katsuki? — ela chamou, mas não obteve resposta, a verdade é que: depois daquela chamada o loiro ficou cada vez mais distante. Como se ele estivesse em Marte, sei lá. Mas hoje seria o dia que tudo mudaria, ela sabia — katsuki!!

— o que é? eu ouvi.— ele disse.

— Quais serão seus pedidos? — mina perguntou.

— vou querer um Pikachu, é óbvio! — Kaminari respondeu. Sero o olhou incrédulo.

— mais um?

— mas esse é diferente. Eu quero um grande.

— Daqui a pouco você vai ter que se mudar, os Pikachu's vão lotar o seu quarto.

— Aí ele dorme no seu quarto — Mina piscou para Sero, que apenas sorriu ao pensar na possibilidade — e você, Hanta? O que vai pedir?

— Eu não sei, acho que um abraço do Denki. — assim que terminou a frase, ou melhor, o desejo. Denki abraçou Hanta, concedendo o primeiro desejo dentre os amigos — Puts, acho que isso funciona mesmo.

— Tolice. Você apenas pediu algo fácil, era óbvio que ia se concretizar, afinal ele é seu namorado. — katsuki revirou os olhos e largou a caneta, olhando os amigos pela primeira vez no dia.

— Você tá é com inveja. Por que não diz o seu desejo? — Kami sorriu, se acomodando nos braços do namorado

— Não tenho nada a pedir. — uma resposta simples, curta e mentirosa.

— Vamos, Bakugou, peça algo. Todos pediram. — mina disse.

— Não estraga o clima, cara.

— Vamos lá, Bro. É só pedir.

— Tá! Quer saber? Eu tenho um pedido. Gostaria que a droga do cabelo de merda aparecesse! Desse a porra de um sinal de vida! Mas parece que isso é muito complicado pra ele. — ele riu sem humor, deitando a cabeça na mesa, pensando que aquele dia foi um erro, que se apaixonar por Eijiro foi um erro, que havia estragado a amizade deles e que o ruivo deveria odia-lo. Então, mina, Kaminari e sero resolveram deixá-lo em paz.

Horas se passaram, o sinal bateu e finalmente ele poderia ir para seu dormitório. Iria se jogar na cama e pensar em coisas que não envolvesse Eijiro, estudaria até que o sono o consumisse, essa estratégia parecia funcionar bem. Mas seus planos mudaram quando seus olhos se cruzaram com as lindas íris vermelhas de Kirishima, parado em frente ao seu dormitório.

— Katsuki... Oi — Kirishima não sabia exatamente o que fazer, mas depois de uma semana fora, ele certamente deveria dizer algo. — Como você está?

— bem — Respondeu com indiferença, como se a ausência do ruivo não tivesse afetado-o.

— Que bom. Ei, Tsuki, eu te trouxe algo — ele sorriu, tirando da mochila uma caixinha de chocolate apimentado.

— Não quero, valeu. Se era só isso, você já pode ir.

— Não, não era só isso. Podemos conversar?

Katsuki não respondeu, apenas abriu a porta do quarto e deu espaço para Eijiro passar, assim que o ruivo entrou, o loiro fechou a porta e seguiu até a cama, sentando-se e concentrando sua atenção no garoto, aparentemente nervoso.

— Depois daquele dia, da ligação — explicou — eu fiquei um pouco confuso. Quer dizer, você é você. — Bakugou franziu o cenho e Eijiro ficou ainda mais tenso — O que eu tô tentando dizer é que, somos amigos. Não queria estragar isso, mas...

— Mas...?

— Mas vou ter que fazer isso. — A voz de Eijiro saiu firme e o coração de katsuki apertou. Então era isso? Por sua culpa perderia a melhor pessoa que conheceu? Era o que ele pensava até o ruivo continuar — Você quer namorar comigo, katsuki?

— tanto faz — Bakugou disse, não evitando de sorrir, e então, o mundo parou. — Pode ser.

Com a euforia correndo por suas veias, Eijiro riu, se aproximando do namorado em passos rápidos, selando seus lábios em um beijo calmo e apaixonado. Kirishima chegou a duas conclusões naquele dia: sim, ele amava katsuki. E não, sua irmã não falava de mais. Teria que comprar doces para a Haru e agradeça-la, afinal, sem sua ajuda, provavelmente ele demoraria mais quatro anos para perceber o óbvio.

Fim ♡

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