Capítulo 4

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Entrei em casa e bati a porta com tudo. Eu estava morrendo de raiva, queria apenas sumir!

- Dulce?? Oq aconteceu?? - perguntou minha mãe assustada.

Olhei para ela com os olhos vermelhos de tanto chorar e gritei:

- Eu odeio esse lugar! Odeio todo mundo! Eu quero sumir!!

Antes que ela pudesse me alcançar, subi para meu quarto correndo e tranquei a porta.

Por que todo mundo me odiava?? Que merda que eu fiz para ninguém gostar de mim??

Encostei na porta chorando e fui descendo devagar, até eu me sentar no chão.

Naquele momento senti uma sensação de abandono.... Eu queria meu pai....ele era o único que sempre me entendia e que sempre levantava meu humor.

- Dulce...filha, abra aqui. - pediu minha mãe, dando leves batidas na porta.

- Me deixe sozinha mãe.

- Vamos conversar meu amor. Me conte oq aconteceu.

- O de sempre mãe! A aula foi péssima! Todo mundo me despreza!

Me levantei e abri a porta.

- O que fizeram com você dessa vez? - perguntou ela, entrando.

- Eu não quero falar disso mãe.

Fui para minha cama e peguei meu livro.

- Vamos conversar filha.

- Conversar oq mãe?? Não temos oq conversar! Aconteceu o de sempre!

Ela me olhou por alguns instantes e sentou perto de mim.

- Eu sei que não gosta disso - começou ela devagar - Mas não acha que...sua aparência...

- Não mãe. - interrompi ela.

- É só uma sugestão filha, talvez se você mudasse...

- Mãe! Você acha certo eu mudar quem eu sou só para agradar os outros? Só para ser aceita? Eu sou assim e não vou mudar por ninguém!

Ela respirou fundo e me abraçou.

- Tem razão meu amor, se alguém tiver que gostar de você, vai gostar de quem você é.

Respirei fundo e me afastei.

- Pode me deixar sozinha agora?

- Posso sim.

Minha mãe alisou meu rosto e se levantou. Quando ela estava na porta, ela parou e olhou para mim.

- Vou fazer sua comida preferida, tá bom?

Balancei a cabeça positivamente e ela saiu fechando a porta.

Sempre que eu ficava irritada ou com raiva, eu chorava e foi oq eu fiz.

Escondi meu rosto no travesseiro e comecei a chorar.  Eu sabia que seria assim, então coloquei na cabeça que eu seria forte e aguentaria.

Depois pensei em Scott e alguma coisa no meu subconsciente me disse que ele tornaria minha vida um inferno.

A nerd e o popularOnde histórias criam vida. Descubra agora