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🌷Eduardo Juarez🌷

-Custa você ser uma boa mãe pra essa criança?! Eu não estou te pedindo nada de mais, apenas que cumpra com a sua obrigação. ____ Eduardo fala estressado,na sua décima briga com a esposa e por incrível que pareça, pelo mesmo motivo.

Fernanda já não era mais aquela mulher doce e amável que ele se apaixonou. Ela se tornou a copia do que a madastra já foi,com a mesma frieza e soberba. Aos poucos ela fazia o amor de Eduardo esfriar.

Ela não ligava para o filho,a pessoa que Eduardo mais amava. O pequeno não tinha mãe nem família,só tinha o pai. Por isso é uma criança carente e muito tímida.

Antes que a mulher a sua frente tivesse alguma chance de responder ele apenas a travou com a mão. Não ia adiantar, ela sempre iria apresentar o mesmo argumento que so machucaria mais o seu coração.

-Esquece Fernanda, não vale a pena continuar com essa discussão.___ Seu olhar demonstrava toda a tristeza que sentia por tais palavras.___ Você não vale mais a pena.

Eduardo entra dentro do closet e pega uma peca de roupa, mais uma noite iria dormir no quarto de hóspedes.

-A cada dia que passa você me da mais vontade de pedir o divórcio.___ Fernanda o olha assustada.

-Não diga bobagens.___ Mesmo a fala dele mechendo com ela, a mesma jamais permitiria transparecer tal coisa.

Definitivamente Fernanda já não era a mesma, ele não há reconhecia mais fazia muito tempo, só estava vivendo na ilusão de um dia aquela mulher pela qual se apaixonou perdidamente retornasse.

Mas com o passar dos dias, a cada desprezo novo dela, a cada ato dela que matava mais uma parte do seu coração. A cada nova ferida Eduardo foi obrigado a chegar na conclusão que jamais imaginou, mas que agora formava a sua realidade. Ele já não amava mais Fernanda, nenhuma versão dela ele amanva. Agora ele só sentia desprezo por ela.

-Quando eu me mudar dessa casa, junto do meu filho, veremos quem está falando bobagem.

Sem mais nem menos ele sai do quarto do antigo casal. O clima estava tóxico de mais, trazendo para ele a sensação de que ia desmaiar a qualquer momento lá, afinal nem respirar mais ele conseguia naquele lugar. O quarto que já foi sinônimo de paraíso para aquele homem agora era pior que uma prisão, muito pior.

A tempos que ele não aguenta mais esse casamento, muito menos a mulher que se casou. Todo dia sentia essa vontade ao ve-la desprezar o filho do casal, demonstrar que importa apenas com si mesma e mais ninguém.

Ele já não tinha mais paciência e nem vontade de seguir com esse casamento. Eduardo, desde pequeno, sabe reconhecer quando uma guerra está perdida ou não. E, bem, essa já não existe nem mais forças para dar continuidade.

Eduardo retira a sua roupa e toma um banho rápido, procurando esfriar a cabeça um pouco, depois de toda a correria que foi o seu dia. Ao sair do banho ele veste apenas uma calça moletom e se deita na cama do quarto, ficando de barriga para cima.

Em questão de poucos minutos a porta é aberta e por ela passa uma miniatura perfeita dele, o único que conseguia tirar um sorriso verdadeiro de seus lábios.

Carlos Eduardo, esse era o nome da sua felicidade. Por esse pequeno que Eduardo não tinha desistido ainda, era por ele que o mais velho continuava a lutar dias a pois dia. Pelo seu filho ele é capaz de fazer tudo.

-Que foi amigo? Pesadelo?___ Pergunta carinhoso.

Eduardo rodeia suas mãos no corpo do pequeno, dando um impulso no mesmo que o fez subir na cama. Rapidamente Carlos se ajeita e deita em cima do pai, com a cabeça em cima do peitoral do mesmo de tal forma que conseguia escutar o coração bater. Coração esse que dedicava cada uma de suas batidas ao pequeno.

-Não tô conseguindo dormir papai.___ Confessa com a sua pureza de criança.___ Posso dormir com o senhor essa noite?

-Só essa noite tá?___ Pronúncia levando a sua mão até o cabelo do pequeno, fazendo um carinho pela região.

Toda noite ele falava a mesma coisa, sabendo que no dia seguinte se via contando as horas para o momento em que o seu pequeno anjo atravessasse aquela porta.

-Só essa noite.___ O pequeno confirma para o pai, se acomodando ainda mais no corpo dele.

-Como foi a escola hoje campeão?

-Foi boa papai.___ Fala fechando os seus olhinhos de tanto sono.___ Aprendi a escrever um dos meus nome.

-Sério filho?____ Pergunta realmente interessado.

-Juro papai, de dedinho.___ Solta um sorriso que entrega o mundo para os braços de Eduardo novamente.____Posso até te amostrar amanhã.

-E por que não hoje?

-Agora eu quero dormir, tô com soninho.

-Durma bem meu amor, papai tá aqui com você.___ Eduardo, carinhosamente, beija a testa do filho.

Aos poucos a respiração do menino vai ficando mais tranquila. Eduardo sentia isso, ele poderia perceber, afinal a criança estava em cima dele. Quando percebe que o seu pequeno, grande, amor finalmente descansou, o mais velho coloca o corpinho da criança para o lado e a abraça.

Eduardo nunca dormia com o filho em cima dele, não conseguia. Possuía um enorme medo de virar durante a noite e o pequeno acabar caindo no chão. Ele se preoucupa muito com filho, até nos menos detalhes. Jamais se perdoaria se algo acontecesse com ele, de certo prefere levar um tiro ao vê o filho mal.

Carlos Eduardo não deu sorte com mãe e muito menos com família, todos o negam até a morte e  tratam a criança como se fosse um estorvo. Esse é o principal motivo que tem deixado o mais velho exausto, não aguenta mais vê a tristeza nos olhos olhos filho.

Mas no pai sim essa criança teve sorte. Eduardo faria de tudo pelo filho, não é segredo para ninguém. Pelo filho ele pretende acabar com um casamento de anos, casamento esse que ele sempre achou que seria para sempre. Pelo filho ele está disposto a se mudar e ser um pai solteiro. Sabe que vai ser o melhor para o pequeno!

Só não o fez ainda por causa de suas condições financeiras. Edu, melhor do que ninguém, sabe o quao cara é para criar uma criança. Se se mudasse agora ele ia ter que escolher entre pagar o aluguel ou comprar as coisas básicas para o filho.

A lactos está a um passo de falir, seu salário já não é mais como antes, só dá para o básico mesmo. A sua única esperança de mudar de vida é a nova sócia que vai chegar na empresa, se ela conseguir restaurar a mesma, o moreno vai conseguir ganhar o suficiente para se manter em um lugar digno com o filho.

Tendo total convicção disso, no seu íntimo Eduardo jurou que iria fazer de tudo para ajudar essa sócia. A sua liberdade dependia disso e ele iria lutar por ela com unhas e dentes. Pelo seu filho ele lutaria, pelo seu filho ele faria qualquer coisa nessa vida.

-Aguenta só mais um pouco, parceiro.____ Beija o cabelo da criança.____ Logo estaremos livres e você poderá ser verdadeiramente feliz. É uma promessa que o pai te faz.

Eduardo envolve o filho em um abraço e se permiti relaxar. O cansaço do dia bateu e o levou com si para uma das suas partes favoritas do dia; o momento em que está dormindo ao lado do seu garotinho.

(CAPITULO NARRADO POR MIM, FALANDO UM POUCO SOBRE O EDU)

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