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🌷Valentina Garcia🌷

Nana retorna segurando uma sacola de farmácia, com cinco testes de gravidez dentro. Havíamos pedido para entregar em casa, mas para que ninguém desconfiasse, ela mesmo desceu e pegou.

Nana me empurra para o banheiro e me manda sair do mesmo apenas com os resultados. Decedi fazer isso sozinha, pelo menos essa parte, assim eu tenho tempo para pensar com mais calma.

Tenho idade um pouco avançada, não consultei o medido e não fiz nenhum tratamento. Tenho medo do meu filho, se é que estou grávida, nascer com algum problema por causa da minha negligência. Mas eu preciso ter fé, pois caso eu realmente esteja todo estresse pode acabar me fazendo mal.

É isso! Se eu estiver grávida esse bebê será muito bem vindo, o amarei com todas as minhas forças. Procuramos os melhores médicos possíveis, teremos todo o cuidado do mundo e ele nascerá bem. Meu filho, ou filha, será saudável e amado.

Faço o xixi, coloco no negócio e apoio na pia. Deixo os cinco, de marcas e tipos diferentes, em cima da pia em ordem. Lavo as minhas mãos e abro a porta para a minha irmã que entra, se aproximando de mim e segurando as minhas mãos.

Não falamos nada, apenas esperamos ansiosamente. No final dos cinco minutos se aproximamos.

__ Eu não acredito.--- Nana fala sussurrando, olhando o resultado dos testes.

Ela até quer isso com todas as suas forças, mas não deixa de ser surpresa. Ninguém esperava que fosse tão rápido, mãe já que Deus decidiu que essa era hora, receberei esse meu presente com a maior felicidade do mundo.

É a realização de um sonho!

Instantaneamente levo minhas mãos a barriga, fazendo um carinho pela mesma. Só consigo imaginar o pequeno ser que cresce ali dentro, que está se formando dentro de mim. Eu fui escolhida para gerar, dentro de mim, o dom da vida!

__Eu estou grávida.--- Falo emocionada, sentindo as lágrimas descerem.

__ Você vai ser mãe.--- Nana me olha com carinho.--- Seu maior sonho está se tornando realidade.

__ E dessa vez com o homem que amo, não através de um estrupo.--- Concordo com ela.--- Será que Eduardo vai gostar da notícia?

Começa a me bater um medo, afinal ele já é pai. Eduardo acabou de sair de um relacionamento de anos com Fernanda, seria normal e compreensível. Só que aconteceu, nos amamos tao intensamente que não tinha como o resultado ser outro, agora tem um alguém se formando no me ventre.

__ Ei, nada de chilique.--- Nana me faz olhar nos seus olhos.--- Eduardo acabou de dizer, lá embaixo, que adoraria ter filhos com você. Aquele homem vai faltar beijar os seus pés.

__ Mas e o Carlinhos?--- Pondero.

__ Ele vai ser o melhor irmão mais velho do mundo.--- Rebate.--- Para de tentar achar problemas no que é uma benção.

__Tudo bem, você está certa.--- Concordo sorrindo.--- Eu estou grávida.

__ Você está grávida.--- Sorrir grandemente, me puxando para um abraço forte e acolhedor.--- Estou tão feliz por você.

Começamos a pular em comemoração, a felicidade que sentimos era sem igual. A família iria aumentar, o meu filho ia chegar!

Amo Carlinhos como um filho, ele é o meu filho. Esse bebê que esta vindo não vai mudar isso, só vai acrescentar em nossas vidas. Só é bom saber que agora eu viu acompanhar desde o início, saber que está sendo gerado dentro de mim e dessa vez poderei acompanhar o seu crescimento, pois nem eu e nem meu filho corremos perigo.

Agora eu estou construindo uma família. Estou em um lar aonde sou amada, sou acolhida e querida. Poderei curtir cada segundo da minha gravidez, tendo lembranças boas da mesma.

Nana e eu conversamos e acabou que decedi contar depois que a outra família for embora. É um momento nosso, aonde queremos que as pessoas ao nosso redor fiquem felizes e tenho certeza que felicidade não seria a reação deles.

Comprei a caixinha que vou pedir ao meu filho para entregar. Sim, vou falar com Carlinhos primeiro. Vou sentar com o pequeno, explicar como tudo acontece, a famosa cegonha, deixar claro que não vou deixar de amar ele. Quando o pequeno entender, juntos daremos o presente ao pai dele.

Nana me promete que vai ficar de olho, que quando a caixa chegar ela vai pegar. Fico mais tranquila e descemos tentando controlar a cara de choro e a felicidade tão grande que sentimos.

Me aproximo de Eduardo, sentando no seu colo novamente. Deito a minha cabeça no sei peito, recebendo um carinho dele.

__ Tá tudo bem amor?--- Pergunta.

__ Está sim vida.--- Sorrio pra ele.

Melhor do que ele poderia imaginar.

__ Mamãe.--- Carlinhos fala animado, sentando no meu colo.

__ Oie meu amor.--- Sou carinhosa com o meu filho, fazendo um carinho no seu rostinho, ignorando os olhares que recebemos.

Ele é meu filho! Nada nem ninguém pode mudar isso.

__ Vem brincar com a gente?--- Pede carinhoso, colocando as mãos no meu rosto.

__Vamos briga de galo com as crianças?--- Pergunto a Eduardo que concorda.

Levanto do colo de Eduardo, caminhando ao lado do mesmo que segurava na minha cintura. O abraço de lado e ele me dá um beijo. Sorrimos juntos, apaixonados.

Edu já é um grude comigo, não quero nem imaginar como vai ser quando ele descobrir sobre o ser que se forma no meu ventre. O conhecendo da forma que conheço, ele não vai tirar o sorriso do rosto, afinal é o nosso pequeno, ou pequena, que está tomando forma.

Para evitar contendas, Carlinhos ficou no meu ombro e Santiaguinho no de Eduardo. Estava mordendo de vontade de ficar próximo ao meu neto, poder abraçar ele, falar o quanto o amo. Mas a menor menção que fazia de me aproximar dele, vinha alguém da outra família e afastava o meu neto de mim.

Por um momento até me fazia mal. Me sentia com uma doença contagiosa, como se eu fosse um monstro da pior espécie. Mas quando o meu filho me olhava, com os olhinhos brilhando e um enorme sorriso nos lábios, não conseguia me sentir diferente.

O problema não sou eu, mas sim eles. Os pais do meu neto que deveriam se portar feito adultos, não como crianças. Eles estão usando o pequeno para me machucar, quando na verdade deveriam demonstrar maturidade o suficiente para saber separar as nossas contendas com o pequeno.

Infelizmente não me resta outra solução que não seja aceitar, afinal não tenho nenhum direito de reclamar. Só vou esperar o meu neto crescer, quando ninguém puder influenciar ele eu vou me sentar com o mesmo, explicar toda a situação e ali quem vai escolher será ele, sem a influência de ninguém.

Por ora eu só vou aproveitar. Vou aproveitar a minha família, os Garcias! Vou aproveitar a família que estou construindo, sentir a emoção de descobrir da existência do meu amado filho. Enquanto isso, vou aproveitar com o meu primogênito, meu Carlinhos e com o pai de ambos; o amor da minha vida, Eduardo.

Nada que eles façam vão estragar o meu dia, a minha felicidade!

● próximo capítulo é o pai descobrindo do neném, ansiosos?

Depois do amanhãOnde histórias criam vida. Descubra agora