Capítulo 133

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Dulce havia passado toda a parte da manhã em seu quarto, não havia aberto as cortinas para que o sol adentrasse e iluminasse seu quarto, não havia se banhado ou ate mesmo trocado seus trajes, ela continuará deitada em sua cama, sozinha perdida em seus pensamentos com uma dor instalada em seu peito, um sentimento agoniante que a deprimia a cada segundo mais. Sentada em sua cama abraçada a seus joelhos lentamente ela fechou seus olhos e uma lagrima caiu de seu olhar na tentativa frustrada de aliviar um pouco aquele sofrimento. Dulce já havia perdido as contas de quantas vezes Vanda havia batido na porta do quarto na tentativa de faze-la tomar o café, conversar, entender o que se passará com ela, porem tudo o que Dulce mais queria era ficar sozinha, não tinha fome e muito menos vontade de conversar ate por que o que ela diria? Nem ela intendia o por que daquilo, mas algo não saia de sua mente ou melhor de seu coração... “Christopher”, seu coração parecia gritar, implorar por ele mais que nunca, então ela se inclinou para pegar seu celular que estará encima do criado mudo ao lado da cama e assim que o teve em mãos abriu a agenda e em um ato de total coragem excluiu o numero dele, a razão havia ganhado o coração, ela estará prestes a ligar para ele, não tinha o que dizer, talvez ligasse somente para que ele escutasse seu choro e intendesse que cada lagrima era um pedido desesperado de seu coração por ele. Ela jogou o celular ao seu lado na cama e voltou a se deitar na mesma se virando para o lado oposto do celular e ao fechar seus olhos a imagem do abraço dado em Alex pareceu preencher sua mente e de certa forma trouce um pouco de alivio para seu coração. Ela não conseguia intender, amava tanto a Christopher assim que chegará a amar seu filho como se fosse dela, a lembrança do sorriso do pequeno, da forma que a tratou quando se conheceram foi a única coisa que conseguiu arrancar um meio sorriso dos lábios dela naquela manhã.




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                A noite Christian e Alfonso decidiram ir fazer uma visita a Christopher, conversaram com suas esposas e acharam melhor ir somente os dois ate por que se Anahí e Maite fossem teriam que levar as crianças, então optaram por ir somente os dois. Chegaram no apartamento de Christopher por volta das 20:20h, Zora foi quem abriu a porta para eles, ela sorriu aos ver e os cumprimentou com beijos no rosto e deixou que eles entrassem.




– E Christopher? – perguntou Alfonso se referindo onde o amigo estará.



– Ainda trancado naquele quarto – respondeu Zora dando um leve suspiro – Já tentei de tudo mas ele realmente não abre a porta!



– Deixa conosco – disse Christian confiante enquanto caminhava ate a porta do quarto do amigo. Christian bateu na porta e não obteve resposta. – Christopher somos nos, eu e o Alfonso, queremos conversar com você. – novamente o silencio foi a resposta.



– Christopher, por favor, abra a porta, queremos conversar com você cara, somos amigos. – foi a vez de Alfonso tentar argumentar, porem novamente o silencio foi a resposta.



– Christopher, sabemos que esta nos escutando! Você tem duas opções ou abre a porta ou a arrombamos! – disse Christian com a mão na maçaneta.



– Eu quero ficar sozinho. – a voz de Christopher estará falha indicando que estará chorando. – Não quero ver ninguém, respeitem meu sofrimento, por favor.



– por ser seus amigos não vamos sair daqui, por favor, abra! – disse Alfonso e Christopher nada disse. Porem em meio ao silencio deu para se ouvir passos se aproximando da porta e depois o barulho da chave virando e então a porta se abriu.



                Christopher estará destruído, seus olhos inchados e vermelhos ainda com vestígios de lagrimas, estará usando uma cueca samba-canção azul marinha somente, ele deixou que os amigos adentrassem o seu quarto e encostou a porta, Christian ligou a luz daquele quarto o que fez Christopher fazer uma careta devido a claridade, os três caminharam ate a cama de Christopher e se sentaram, Christopher a todo momento manteve sua cabeça baixa.



– sabemos que esta difícil então viemos para te confortar da maneira que der – comentou Christian tocando o ombro do amigo que permitiu que as lagrimas voltassem a escorrer pelo seu rosto.



– eu sinto tanto a falta dela... sempre... a cada momento, o dia todo... tudo me lembra ela... – ele limpou o rosto com as costas da mão. – eu tento refazer minha vida, tento seguir em frente, eu realmente tento mais não consigo... é como se ela ainda estivesse aqui, meu coração não aceita perde-la... é como se todo dia ele ficasse na espera da porta abrir e ela entrar sorrindo, esbanjando sua beleza e carisma, dizendo que me ama... – ele suspirou – sei que já era pra eu ter me conformado com essa perda mas não consigo, é como se ele estivesse por ai e eu precisasse encontra-la... – Alfonso e Christian somente o ouvia calados, não havia o que se dizer naquele momento somente estar ali mostrando que mesmo em meio a dor ele não está só, que seus amigos de verdade sempre vão estar ali.

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