Devil in me | Capítulo 39: Explicações

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Aquela cena ecoava na mente do garoto, via seus amigos caídos no chão, finalmente tudo tinha acabado, mas será mesmo que era aquilo que eles queriam?

Shaki estava em pânico. Ren, que esteve sempre do lado de seus amigos, em todas as suas aventuras, sua jornada até então, agora estava morto. Tudo que Shaki podia pensar naquele momento era nos bons momentos que tiveram juntos, desde sua infância, até aquele ponto final. O sorriso no rosto ensanguentado fazia parecer com que aquela cena triste e horrível tinha um lado bom.

Dante e Riyuuk chegaram finalmente, e ficaram ainda mais tristes ao ver aquela cena, Shaki estava sentado entre seus dois amigos desacordados, chorava com medo de estar sozinho até então.

                                                  . . .

Aquele dia nunca sairia da cabeça de Shaki, passaram-se 6 meses desde então, a Resistência teria sido finalmente derrotada ao prenderem os poucos membros que ainda restavam. A maioria morta pela garota, que agora estava dentro de um caixão, enterrada ao lado do amigo, Ren. Mas ele não estava nada satisfeito com aquilo, tinha sobrado apenas a amiga Tsuyu, que mal aguentava ir visitar as lápides dos dois amigos, ela sofria muito com aquilo também.

Nos supostos aniversários de Hioka e Ren, Shaki os comemorou mesmo assim, passou os dias sozinho, lembrando dos momentos que tiveram juntos, ele não podia superar aquilo, como foi acontecer tão depressa?

Ele chorava, de dia, de tarde e de noite, a depressão tomava conta do corpo do garoto, que agora havia feito a idade que Ren tinha ao morrer. O sorriso dos amigos marcavam e eram fixados em suas memórias.

Seria culpa de Riyuuk? Definitivamente não, semanas depois de todo o ocorrido, as explicações foram esclarecidas a todos. Riyuuk estava sendo controlado, pelo que ele disse sua últimas lembranças era de ser capturado por algum guerreiro de alto escalão do Reino Dourado. Depois disso acordou após Dante dizer seu nome, que era um mistério para todos.

Riyuuk era o quinto Pentagrama, o feiticeiro supremo, ele era mais velho que Dante, tendo em torno de 30 anos de idade.

Depois de todos os acontecimentos, a família de Ren foi indenizada, porém as cicatrizes da perda nunca poderiam ser reparados. Tudo voltou ao normal aos poucos, a destruição causada naquele dia foi completamente reparada dois meses depois do ataque.

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Shaki foi chamado para a sala de Dante, que pelo visto estava de partida, ele não poderia ficar por ali por mais tempo, estava lá fazia mais de 7 anos. Embora tendo que viajar uma vez ou outra, agora seria de vez. Porém Riyuuk estava lá, e planejava proteger a cidade por mais um tempo, já que estavam sem um capitão do exército.

- Entre Shaki, e sente-se por favor. - disse Dante, apontando para uma das cadeiras de sua sala.

Ele estava de pé, e parecia ansioso com algo, rodava para lá e pra cá enquanto sussurrava muito baixo para si mesmo, alguma coisa que Shaki não entendia.

- E... Porque o senhor me chamou aqui? - perguntou o garoto

- Se passou tanto tempo, mas agora eu consegui confirmar, garoto. Hioka está...

- Morta. E não tem como voltar atrás. - as memórias ruins voltavam à sua cabeça, e Shaki forçava para que não pensasse nisso, pois fazia muito mal para ele

- Na verdade... O corpo dela sumiu do caixão, e eu pude sentir uma energia familiar a dela vindo ao Oeste, eu preciso investigar e-

- Por favor...Dante, senhor, não me dê esperanças - uma lágrima escorreu do rosto do jovem - Tudo isso... Não tem mais volta, não podemos fazer nada.

- Eu sei como se sente garoto, mas eu preciso ir atrás dela, ela ainda está viva e eu posso sentir isso, eu peço que aguarde meu retorno.

Shaki estava cheio com aquilo, estava muito mal e não tinha superado nada, nunca iria superar a morte dos dois amigos.

Ao virar-se para sair da sala, ele disse a Dante.

- Vá em frente, senhor. Mas não estou confiante que trará ela com vida. Pra mim, isso não passa de falsas esperanças.

- Obrigado garoto. - sorriu Dante, aliviado - Volto em um mês, e com Hioka ao meu lado.

Shaki fechou a porta, saindo da sala, sua mão tremia e sorria de felicidade, embora não quisesse acreditar que fosse possível, era sua única e última esperança. Pois não foi o único que tinha sentido a energia de Hioka.

Voltou para a sala, e disse ao terceiro Pentagrama:

- Eu vou com você.


Fim do segundo arco: Hioka e suas dificuldades.

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