Devil in Me

Devil in me | Capítulo 67: A glória dourada

Construções enormes e extravagantes, comida de qualidade, conforto e segurança, os nobres e a grande maioria da classe trabalhadora viviam quase sem problemas sociais.

Pessoas educadas entre si, inteligência e poder tinham uma fonte, aquele era o Reino Dourado.

Então aquele lugar seria o melhor lugar do mundo para se viver. Com a guerra se aproximando e a tensão entre os dois reinos aumentando cada vez mais, talvez os habitantes de lá não estivessem preocupados com o destino que tomaria dali para frente.

E realmente não estavam, porém, um único e grotesco defeito reinava por ali.

- A arrogância desse povo vai ser responsável pela queda do reino um dia – disse um demônio não identificável

Os olhos profundamente brancos daqueles seres e seus sorrisos assustadores e perturbados eram características principais dos demônios.

Outro demônio, que estava presente naquele ambiente escuro concordou.

- Me pergunto se os Pentagrama serão capazes de derrotá-los para nós – disse o outro demônio – Assim será menos trabalho para a gente

O demônio riu.

- De fato não são – disse – São arrogantes, mas aqueles vermes são superiores

. . .

Dois cavaleiros de ordem caminhavam juntos pelas ruas do reino, estavam em direção ao quartel, onde naquele dia aconteceria uma reunião de extrema importância.

Um deles era surpreendentemente grande, aparentemente possuía uma grande quantidade de força física. O outro parecia o oposto, mas isso com certeza não significava que ele era fraco. Seus cabelos rosados e seus olhos azuis eram atraentes para qualquer um que o visse.

Eram os Cavaleiros Trovão e Dourado, da 9ª e 10ª ordem respectivamente.

Ao se dirigirem ao grande salão do quartel, avistaram os outros cavaleiros de ordem que já haviam chegado um tempo antes.

Todos pareciam muito poderosos.

Sentado em uma cadeira, num canto, estava o Cavaleiro da luz, 1ª ordem. Por mais estranho que seja, seu poder era controlar a magia das sombras. Ele passava o tempo jogando uma moeda de prata no ar.

Encostados em uma parede estavam os Cavaleiros da Dádiva e Destreza, 4ª e 8ª ordem, respectivamente, eram irmãos gêmeos, e aparentavam serem antissociais.

A Cavaleira Gloriosa e o Cavaleiro Virtuoso, 5ª e 2ª ordem, conversavam entre si, estavam do outro lado do salão e aguardavam o momento de a reunião começar.

Encolhido no chão estava o Cavaleiro da Coragem, da 6ª ordem, era o mais jovem dentre todos, com apenas 12 anos. Aparentemente conversava consigo mesmo.

O Cavaleiro da Verdade, da 3ª ordem, ainda não havia chegado.

Após cumprimentarem a todos, os Cavaleiros Trovão e Dourado se sentaram em uma mesa e serviram-se uma bebida.

- Será que vai demorar muito ainda? – perguntou o cavaleiro da 9ª ordem

- Provavelmente não, chegamos um pouco em cima da hora – respondeu o Cavaleiro Dourado

Assim dito, a porta principal foi aberta, de lá, pôde-se ver dois sujeitos que emanavam uma energia diferente.

Quando percebido pelos cavaleiros de ordem, todos se levantaram em posição de respeito.

Um dos sujeitos possuía cabelos escuros e a pele parda, vestia uma armadura de aço negro, um material extremamente resistente. Podia-se observar uma espécie de manopla que cobria completamente seus dedos e parte da palma de suas mãos. Aquele era seu Artefato. Ele mantinha uma aparência séria e fria.