Imagine - MDZS

Lan Xichen - Império

S/n: Seu nome

S/s: Seu sobrenome

C/c: Cor cabelo

C/o: Cor dos olhos

S/p: Seu pai

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POV's S/n: 

- Desonra!

- Como ousas sua insolente!

- Vadia! Como pode fazer isso?

- Você é a vergonha de sua família!

Era isso que todos por quem passava diziam, a cada passo era um insulto, a cada passo era um olhar de reprovação, mas não me deixei abalar, eu andava com uma postura perfeita, face séria e meus olhos C/o vazios, vestia uma armadura do império, minhas mãos estavam presas por cordas tão apertadas que marcavam meus pulsos. Guardas, seis guardas me acompanhavam até o salão do trono, para o meu julgamento. Os residentes da capital me olhavam com nojo e reprovação, mas me recusei a chorar, não iria dar tamanha satisfação a eles, não vou chorar, não me sinto culpada por fazer aquilo que julgo o certo, não me arrependo de lutar no lugar de meu pai, não me arrependo em salvar a vida daquele que me protegeu a vida toda. 

S/n S/s, meu nome, o nome que meus pais escolheram, venho de uma pequena província do Império Lan, minha mãe deixou este mundo muito cedo, deixando a responsabilidade de me criar para meu pai. Quando ele recebeu a convocação, meus olhos ardiam como o inferno, eu só pensava que se ele fosse, nunca mais voltaria, aquilo me apavorou, mas me proporcionou a coragem necessária para contrariar tudo aquilo a qual fui ensinada a seguir, me deu coragem para fugir de casa e lutar na guerra no lugar de meu pai, salvei milhares de vidas, levei soldados a vitória em diversas batalhas, e aquele era o pagamento: humilhação.

Entramos no palácio imperial e passamos pelas grandes portas brancas e pratas do salão do trono, onde o imperador nos aguardava, assim que entramos, todo o salão se cala e olha para onde estou escoltada pelos guardas, esses que já foram um dia meus companheiros de batalha, os que daria minha vida para proteger, todos os seis estavam com expressões solenes em suas faces.

Durante o caminho para o centro do salão observei as pessoas presentes, generais, nobres, conselheiros e anciões, todos com a expressão de desgosto perfeitamente esculpida em seus rostos, não me abalo.

Finalmente olho para a figura sentada no trono, muitos morreriam para ter um mero vislumbre de vossa majestade, ele vestia vestes brancas com adornos azuis e pratas perfeitamente alinhadas e esvoaçantes, possuía uma pele tão branca quanto a neve que caia durante o inverno, seus cabelos cor de tinta emolduravam seu belo rosto e sua face era calma com um leve sorriso repousando em seus finos lábios, a visão era de se tirar o folego, ele se assemelhava a uma figura divina.

O observo por um momento até que nossos olhares se encontram, seus olhos se pareciam com ouro derretido, seu olhar transmitia uma paz inexplicável. O contato é cortado quando um servo anuncia:

- S/s S/n, da província de Cayi, filha de S/s S/p, é acusada de....

Ele listou todos os meus "crimes", durante todo esse tempo permaneci de cabeça erguida, não tenho motivos para me envergonhar.

- S/s S/n, você possui algo a dizer? - pergunta um velho ancião.

- Sim - respondo e ele sinaliza para que eu continue - Não me arrependo de absolutamente nada - ouço alguns arfares de surpresa e desaprovação por minha audácia - se serei morta por proteger quem amo e lutar pelo meu império, então me matem, porem saibam que se fosse preciso - olho nos olhos do imperador que me analisa com seus belos olhos - eu faria tudo novamente.