Nae Mirae | 내 미래

Whisky

Ji Pyeong sentia sua cabeça latejar muito. A música alta da festa, o excesso de álcool, o papo absurdo de Su Ho. Tudo isso parecia contribuir.

- Lee Su Ho. – Ele fez questão de dizer o nome inteiro. – O que você tá querendo fazer é absurdo.

- Não é absurdo. Eu sei que é possível. –Su Ho sorriu convencido.

Ji Pyeong apenas cerrou os olhos, com uma expressão que misturava descrença e impaciência.

- Eu já dei minha opinião. Não vou dizer mais nada. – Ji Pyeong estava prestes a perder a paciência definitivamente.

Su Ho aproximou-se e colocou o braço sobre o ombro dele e, enquanto dava tapinhas nas suas costas, disse:

- Eu sei. Eu sabia que você ia falar isso. Na verdade... eu só tava te avisando. – As palavras saíram arrastadas e lentas, denunciando que ele estava bastante bêbado.

Ji Pyeong deu um sorriso forçado antes de falar uma última vez:

- Você realmente acha que fazer um festival de música daqui 3 meses é fácil?

- Eu seeei que não é fácil. Mas é possível. Não é, Tae Hoon? – Su Ho questionou o amigo que estava do seu lado, na tentativa de obter algum suporte moral além do seu próprio.

- Aham. – Tae Hoon respondeu qualquer coisa. Estava ali, mas sua mente estava viajando.

- Cadê o Seo Joon? – Su Ho perguntou, pois queria avisá-lo também.

- Ele já foi embora. Com a namorada. - Tae Hoon falou com um desânimo que parecia encobrir algo.

- Por que você também não vai? – Ji Pyeong propôs logo. Ele e os amigos já estavam bêbados e chatos demais para manterem alguma conversa interessante de verdade.

Ji Pyeong, se estivesse com sua noiva num hotel, quase 4 horas da manhã, nunca estaria voluntariamente batendo papo com eles.

-Bom, acho que eu já vou mesmo, então... – Tae Hoon disse essas palavras com um sorriso empolgado em seu rosto.

Ji Pyeong pretendia fazer a mesma coisa, ir embora dali logo. Mas, quando ia se desgrudar de Su Ho, que ainda estava com o braço sobre seu ombro, um convidado importante chegou ali.

- Oi, pai! – Su Ho disse animadamente para seu pai, Joo Hun, que parecia já ter chegado com a intenção de ficar ali por um tempo.

Ji Pyeong virou os olhos – internamente, pois devia manter as aparências, por mais que estivesse tão difícil mantê-las.

Cumprimentou educadamente Joo Hun e preparou-se para ouvir, mais uma vez, a ideia absurda de fazer um festival de música em apenas 3 meses.

O pai de Su Ho, no entanto, não achou aquela ideia tão absurda e mostrou seu apoio ao filho nesse empreendimento às pressas.

Ji Pyeong ficou se segurando para não fazer alguma expressão que evidenciasse sua confusão naquele momento. Ficou apenas calado, se segurando para não sair correndo dali, sem ao menos dar alguma justificativa.

Joo Hun, observando a quietude dele, perguntou-o:

- Então, Han Ji Pyeong, o que você acha disso?

-Sinceramente, senhor, eu não acho que é uma boa ideia. Mas, realmente, não é impossível. – Ji Pyeong deu um sorriso forçado.

- Compreendo. Mas ainda bem que temos muitos recursos para fazer isso acontecer. – Joo Hun terminou a frase com uma risada alegre.

- Pai, vamos beber um whisky? – Su Ho propôs. – Você também, Ji Pyeong.