Calor Amargo

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V enho por meio desta

I nformar que

N osso

A dorável

G eneral, encontra-se, neste

R eferido capítulo

E m estado de plena confusão.



Capítulo 8

Calor Amargo


Ele queria destruir tudo à sua frente, queria colocar o Palácio de Xuan Zhen no chão, ele queria chutar o traseiro de cada subordinado de Mu Qing. Ao relembrar tudo que viveu e sentiu nos últimos meses, Feng Xin se sentia constrangido, exposto, até mesmo diminuído. Ele não se lembrava de já ter se sentido assim em toda a sua vida, tão irado, tão chateado e desconcertado.

Toda aquela dor, tristeza e principalmente a saudade o correndo como um veneno, ele sentiu que iria enlouquecer, enquanto Mu Qing estava lá, vivo o tempo todo. Tomado pela fúria, o deus correu para o seu território, voltar para cidade celestial agora seria um erro, ele certamente destruiria tudo.

Caminhando sem um destino certo, Feng Xin batia os pés com força, sua energia espiritual ressoando em cada passo, avisando a quem surgisse que não deveria se aproximar. O deus gritou com raiva, como se isso pudesse deixá-lo mais calmo. Não funcionou! 

O deus decidiu treinar, mas tudo o que conseguiu foi abrir uma ravina ao golpear tudo ao seu redor. Feng Xin sentia seu peito queimar só de lembrar de Mu Qing e aquela mulher nos braços do outro deus. Sua mente só conseguia repetir "E eu? E eu Xuan Zhen? Eu não sou importante?", ao mesmo tempo em que se deixava cair no chão.

"Maldito, bastardo!!" ele exclamou virando de lado, seu coração batia rápido, suas mãos suavam. "Você estava vivo o tempo todo e não me falou, eu pensei que você confiasse em mim, tudo o que eu..., ah! foda-se, não quero pensar nisso, não vou me importar mais".

Isso era impossível! Sentindo-se agitado, Feng Xin se sentou na grama, nenhuma posição era agradável e para piorar, seu peito doía, apertado, queimando em um calor amargo, sua garganta se fechando. Ele se sentia incomumente traído, extremamente chateado, seu mundo dera outra volta de 360º, sua mente estava ansiosa, seu coração não dava sinais de se acalmar, ele queria bater em algo, ou simplesmente, voltar, agarrar Mu Qing, chacoalhá-lo até fazê-lo voltar a razão e então levá-lo de volta à cidade celestial. Feng Xin não podia dizer que a volta de Mu Qing do mundo dos mortos, não trouxe um certo alívio a seu coração, mas por outro lado, o que era tudo aquilo que ele estava sentindo?


"Um deus pode ter um infarto?" Levando a mão ao peito preocupado, Feng Xin esfregou a região como se isso pudesse fazer aquele aperto passar, respirando fundo, ele se levantou. "Se eu morrer de raiva, a culpa será sua Mu Qing!".

O deus voltou a caminhar, quando foi chamado por seus oficiais, um fantasma de categoria Ira, havia aparecido no extremo sudeste. Lutar era a forma que ele conhecia para lidar com suas emoções, sentindo-se satisfeito partiu, talvez surrar um fantasma, fizesse ele se sentir melhor.

Ao anoitecer, Feng Xin retornou a cidade celestial, seu humor não estava muito melhor, mas ele já não sentia vontade de destruir nada, o palácio de Xuan Zhen sobreviveria outro dia, mas era certo que Feng Xin não queria ver ninguém de lá tão cedo. 

Novos e Velhos DeusesOnde histórias criam vida. Descubra agora