AMOR NO TRÁFICO (EM ANDAMENTO)

capítulo 20

- o que você fez filho? - era a voz da Déli - eu escutei umas gritarias

- não é da sua conta Adélia - Kadu a responde grosseiro

- não acho que ela vai acordar agora, vamos comer um pouco - diz ela meiga

- Adélia pare de falar comigo ou eu a jogo naquele lugar de novo  - fala ele grosso

- não fale com ela assim - abro os meus olhos

Os dois olham para mim, Déli vem até mim mas ele fica parado no mesmo lugar.

- você está bem filha? - consegue respirar agora? - ela pergunta toda preocupada

- estou bem Déli - respondo passando a mão na minha cabeça que latejava

- você pode ir agora Adélia, não me serve mais - Kadu diz para ela, ela o olha e concorda

- NÃO - seguro o seu braço - Déli fica, você sai - ele sorri

- não filha, eu posso ir, na verdade tenho muita coisa para fazer ainda- ela sorri

- não Déli, você fica e  depois eu posso te ajudar,já que eu não vou fazer Nada hoje -enfatizo o nada.

- se o kadu deixar eu posso ficar... - ela olha pra ele

- tanto faz - ele sai do quarto, até que fim não suportava mas ele ali, ele me incomodava

- Déli, obrigada - a abraço, conheci ela essa manhã,mas ja sinto que faz tanto tempo

Ela se levanta da beirada da cama e sai do quarto, me levanto da cama e vou ate um espelho  meu maxilar estava vermelho

- Mellyssa- Déli me chama - já estou indo.

- venha se sente-se.

Ela volta com uma pomada na mão, sento na cama e ela começa a passar pela vermelhidão

- Déli - a chamo

-sim querida

- porque o Kadu a tratou daquele jeito?- pergunto a olhando

Ela desvia o olhar

- ele não gosta mas de mim - ela fala se levantando

- pronto querida não molhe por algumas horas - ela fala limpando suas mãos

- porquer fica na casa dele então?

- eu trabalho aqui -

-mas você criou ele tecnicamente, não é?

- sim.. mas, eu posso te contar outra hora, agora eu preciso ir - ela se vai andando bem devagar

Já estava me deitando quando o Kadu entra no quarto com uma cara de poucos amigos.

- vamos - ele diz

- o que você quer agora? - falo entre dentes

-esqueceu do compromisso de hoje?-

- não vou mas, esqueça isso - falo me deitando e fechando os olhos

- não pode desistir mas -

- sim eu posso, e vou -

- então ta bom - ele fala ríspido

- acho que já deve saber que eu não suporto a Adélia não é mesmo- ele fala andando em círculos com um olhar traiçoeiro

- e o que isso tem haver ? -

- se você não for irei matar ela - escuto ele destravando a arma e passos correndo

- NÃO!! - grito  me levantando, olho ao redor e ele não estava mas lá

- KADU PARADO!! - grito descendo as escadas feito louca, não duvido de mas nada vindo dele

- DÉLI, DÉLI - vou correndo até a cozinha

-minha filha o que está acontecendo - pergunta ela preocupada

- você.. você está bem?, está machucada? - tento falar

- estou ótima, mas.. o que está havendo?

- eu..eu pensava que....

- você não pensou nada - Kadu fala e o olho, ele estava escorado na porta da cozinha com um sorriso ridículo no rosto

- o que foi dessa vez, ele fez alguma coisa com você? - Déli pergunta procurada  alguma coisa no meu corpo

Em quanto Déli estava falando o Kadu fechou a a cara olhando fixamente para  a idosa ao meu lado, o que tinha acontecido para ele ter tanta raiva dela.

- vamos - ele chega mas perto puxando o meu braço. - nao suporto ficar aqui - ele fala groço, a Déli abaixa o olhar e volta para a louça

Já estávamos do lado de fora quando eu solto o meu braço de sua mão

- qual é o seu problema? -

-o que eu fiz agora? - ele diz sério revirando os olhos

-o jeito que você trata a Adélia é ridículo

- Você não tem nada haver com isso -

- ela me disse que praticamente te criou e.. e você trata uma idosa como se fosse uma pessoa horrível, isso é idiota da sua parte - ele não fala nada então passo na sua frente procurando por um carro, tinha um logo em frente então era nele que eu iria entrar

- não é esse, é aquele - ele aponta para outro que estava mas atrás.

-tanto faz - vou até o outro é entro no banco de trás. enquanto ele estava falando com alguns homens

Eu so podia ser uma idiota, aceitar ir a um lugar que nem eu sei onde é, com uma pessoa que atirou em outra bem na minha frente, e trata uma idosa de forma ridícula. Louca

Peguei meu celular no bolso da calça e olhei para meu maxilar a vermelhidão já tinha diminuído,que bom.

Coloquei o cinto de segurança e fiquei esperando ele, o carro era limpo e cheiroso, sem falar do tamanho dessa máquina, era enorme e ...

A porta se abre rápido, Kadu me olha e chega bem perto do meu rosto, a vida passou a ficar em câmera lenta, ele chega mas perto do meu rosto e susurra.

- não sou seu  mordomo, vá na frente -ele sorri pela minha cara, sinto o cinto se soltar e ele voltar para fora, indo para o Banco da  frente

Respiro fundo e saio, essas provocações dele, me tiram do sério.

Abro a porta da frente e me sento colocando o cinto.

-vamos logo com isso - falo seria e ele sorri

Saímos do morro, pegando uma estrada

- onde vamos ? -pergunto a ele

- Você vai ver quando chegar - ele diz

-urf - resmungo olhando pra janela, as arvores eram lindas, o sol entre elas deixava tudo mas perfeito.

- Desculpas - ele fala me fazendo virar pra ele.

-do que você está falando? - eu sabia muito bem do que ele estava falando, mas queria ouvir de novo.

- pelo que aconteceu mais cedo -  ele diz me olhando- desculpa - ele diz sério, eu podia sentir que foi sincera as desculpas.

- droga! Já estava planejando te matar de noite - faço uma cara de desapontada
Ele sorri

O olho sério.

- me desculpe pelo tapa no seu rosto, eu não deveria ter feito isso - olho para a Estrada novamente.

- eu merecia, não sei lidar como o estresse, acabo descontando em quem não tem nada haver - ele fala sem tira os olhos da estrada.

Foi ali que percebi, seja qual for a matéria de que nossas Almas são feitas, a minha e a dele são iguais.

Desvio meu olhar dele e olho para as arvores de novo.

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