Bolas de Basquete e Bicicletas

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Sarada balançava as pernas ao ritmo da música que tocava em seu headphone enquanto lia os planos de aulas das universidades. Sua mãe precisou gritar algumas vezes antes de ela finalmente perceber que estava sendo chamada e tirar o objeto dos ouvidos.

— Sarada, a campainha!

A morena arrancou o fone e levantou correndo da cama, descendo a escada rapidamente enquanto a pessoa do lado de fora apertava a campainha mais uma vez, lançando o som pela casa. Quando abriu a porta, deu de cara com Kawaki.

— Oi. — Ele falou, meio sem graça. Era uma visita surpresa, provavelmente na tentativa de ganhar seu perdão, afinal ela ainda estava muito brava com ele. Viu que ele estava com as mãos estrategicamente posicionadas atrás das costas e percebeu que não havia respondido o cumprimento. — ... posso entrar? — Ele perguntou quando não obteve resposta.

— Oi Kawaki. Sim, entre. — Ela não sorriu ou fez qualquer menção de ir até ele, apenas saiu da frente, liberando a passagem. Ela fez um sinal e os dois subiram até o quarto para conversar com privacidade. Ele parecia constrangido, talvez não soubesse como iniciar uma conversa tendo em vista que ela poderia ficar furiosa a qualquer instante.

— Então... como foi o jogo? — Ela deu um empurrãozinho.

— Foi bem... ganhamos. — Ele parecia orgulhoso, mas logo voltou a ficar sério. — Mas sei que você não está interessada nisso. Sara, eu vim aqui para me desculpar com você e dizer que eu falhei como seu namorado. E entendo se você não quiser me perdoar. — Ela apenas ficou sentada na cama, observando.

— Eu fui negligente e egoísta. Deveria ter feito planos com você para o seu aniversário, acho que teríamos conseguido fazer algo legal sem eu ter que abrir mão do jogo, mas eu fiquei tão irritado com a nossa discussão no começo da semana que não quis nem pensar mais nisso. — Sarada soltou um suspiro. Essas brigas tinham impacto na vida dos dois, afinal, não era só ela que era atormentada pelos desentendimentos.

— De qualquer forma, eu vim aqui para me desculpar. Acho que estamos meio magoados ainda, então não pretendo ficar muito, mas queria te trazer o presente que comprei para você. — Ele segurava uma caixinha nas mãos, a que antes escondia nas costas. Ele estendeu as mãos e ela pegou, abrindo para revelar seu conteúdo: eram brincos de flores de cristal vermelho, finamente elaborados. — Depois do jogo eu só conseguia pensar em você. Rodei a cidade procurando algo com a sua cara, e finalmente achei esses brincos. Espero que você goste. — Ele se sentou ao lado dela, aliviado por finalmente dizer o que queria.

Ela observava as peças.

— São lindos, Kawaki. Obrigada. — Eram realmente seu tipo de ornamento, e na sua cor favorita. — Obrigada por ter pensado nisso. — Ela deu um beijo na bochecha dele, e ele sorriu sem jeito.

— Se você ainda gosta de mim, será que posso ficar um pouco por aqui e te fazer companhia? — Ele perguntou, singelamente, e ela sentiu o coração palpitar. Kawaki era muito honesto sobre seus sentimentos, e Sarada não sabia guardar rancor.

— É claro que pode, bobinho.

— Iwabee se machucou no jogo, está com o braço direito luxado. Não vai poder fazer nenhum esporte por um mês pois está imobilizado. — Kawaki comunicou, enquanto os dois estavam deitados e aninhados na cama de Sarada, conversando. — Denki já não está jogando, então estamos desfalcados. Se continuarmos assim, vamos perder a próxima competição por W.O. Konohamaru está desesperado.

— O que vocês vão fazer?

— Pensei em pedir sua opinião sobre isso. Konohamaru veio conversar comigo depois do jogo, ele quer que eu chame Boruto para o time, pelo menos até Iwabee melhorar. — Sarada ficou tensa ao ouvir o nome do loiro, e automaticamente viu como um flash diante de seus olhos os momentos partilhados pelos dois no dia do seu aniversário, nada sabido por Kawaki. — O que você acha? — Ele perguntou.

Garotos [BoruSara]Onde histórias criam vida. Descubra agora