ᴡʜᴇɴ ɢʀᴇᴇɴ ᴇʏᴇꜱ ᴍᴇᴇᴛ ʀᴇᴅ ᴏɴᴇꜱ • ʟᴀʀʀʏ

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Welcome to the final show

Louis observava o companheiro ressonando tranquilamente naquele entardecer, acolhera-o em seus braços tarde no último amanhecer, então imaginava que esse ficara acordado assistindo ao nascer do sol como costumava fazer diversas vezes por mês, principalmente quando ele estava pensativo, perdido em ideias que ainda receava compartilhar – ou talvez estivesse trabalhando numa nova ideia de livro que surgiu numa tarde de inverno, quando acordou para escrever tais conceitos antes que esquecesse, sendo encontrado pelo companheiro cercado por papeis e com uma expressão ligeiramente excitada. O cacheado em seus braços estava ao contrário daquele encontrado após um acesso de criatividade, pois estava tranquilo enquanto suspirava baixinho a cada respiração, seu coração batendo em compasso calmo.

O imortal ergue a mão para arrumar delicadamente um cacho teimoso que caia nas pálpebras relaxadas do companheiro, em seguida admirando o mais lindo rosto que já vislumbrara, o qual ficava mais lindo a cada dia que passava. Harry amadurecera tanto desde que se conheceram, a mente principalmente, mas o mais notável era seu exterior.

Seus cachos estavam mais longos – quase majestosos – e estava com uma mandíbula definida, parecendo muito sério quando a tensionava e franzia as sobrancelhas, embora ele continuasse adorável e gentil com o lindo sorriso de covinhas que dirigia a todos, mas especialmente ao seu namorado de anos. O rapaz também crescera alguns centímetros, de maneira que o vampiro se inclinava sempre que precisava alcançar seus lábios róseos, mas estava numa altura ideal para afundar suas presas no pescoço que continuava cada vez mais alvo, mas ainda cheiroso como sempre estivera e ficando destacado nas blusas com golas rendadas que adorava.

Os olhos verdes esmeraldinos continuavam exatamente os mesmos, apenas com experiência crescente, assim abre as pálpebras preguiçosas para vislumbrar os rubis igualmente sonolentos fitando-o naquela tardinha de outono, sendo uma das noites preferidas ao jovem casal, assim o cacheado abre um sorrisinho preguiçoso ao murmurar:

- Feliz Halloween, meu vampirinho – Harry aproxima-se do companheiro para conseguir mais carinhos desse, sempre era extremamente carente e manhoso quando acordavam e adorava quando podia aproveitar mais alguns minutos nos braços afetuosos do namorado.

- Dormiu bem, chéri? – o apelido carinhoso continuava sendo utilizado pelo vampiro, que agora acariciava os cachinhos num suave cafuné.

- Sim – o humano boceja longamente antes de deixar beijinhos no pescoço alheio, sorrindo ao mordiscar a pele provocante para então esconder o rosto naquela região quando o abraça mais apertado, parecendo adorável ao mais velho. – Hoje vai ser uma noite legal.

Harry adorava o contato com as crianças que os dois tinham naquele entardecer de outono, quando os pequenos se vestiam com as mais criativas fantasias feitas em casa pelos familiares e depois ganhavam as ruas ao arrecadarem vários doces pela vizinhança tranquila em que viviam, decorada naturalmente pelas folhas alaranjadas que despencavam das árvores por toda a rua repleta de árvores por ambos lados. O cacheado adorava aquela tradição, embora fosse excluído dela durante sua infância, mas sua parte favorita era quando saiam para festas fantasiados e preocupavam-se apenas com o fato de serem um casal gay.

O cacheado seguiu diretamente ao banheiro quando finalmente encontrou forças para sair daqueles braços aconchegantes que tanto amava, em seguida tomando um banho demorado e admirando-se no espelho após vestir a fantasia escolhida para aquele ano: o humano seria um príncipe, com direito a uma coroa dourada com pedras imitando rubis recaindo lindamente nos cachinhos compridos e a botas pretas que subiam até seus joelhos sobre as calças brancas de alfaiataria assim como o terno de qualidade produzido pelo atelier que sempre frequentavam, adornado em delicados detalhes dourados e sobrepondo a camisa com gola rendada. Ele estava deslumbrante naquele ano, chegando à cozinha – onde o vampiro arrumava os doces que seriam oferecidos distraidamente – atraindo a atenção do companheiro com o som das botas novas e sorrindo para ele quando recebe um olhar completamente apaixonado.