Inefable. [JJK+PJM]

10『Memories and Feelings.』

(memórias e sentimentos.)

Boa Leitura!!!

<<Park Jimin>>

Eu não poderia me sentir mais em casa do que agora, junto aos meus pais, minhas tias e meu melhor amigo e é quase impossível não sentir o ar mais leve, enquanto estamos todos aos risos nessa casa imensa onde cresci.

Lar, é esse o nome.

No momentos estamos sentados em volta da mesa, onde se encontra Wagyu; uma iguaria japonesa, que meus pais não hesitaram em fazer já que os mesmos sempre souberam meu apreço pela cultura japonesa e seus pratos típicos.

E por mais que sejam ricos e que tenham outras pessoas que possam cozinhar pra eles, Jin dificilmente recusa cozinhar quando se é pra família, ele gosta que tudo seja feito por ele, e como sempre, tudo fica uma delícia, é um ótimo cozinheiro.

Eu ainda me lembro dos momentos de quando eu era criança, nós três na cozinha, eu e meus pais, Jin mostrando a Namjoon como se corta uma cebola – já que por mais que Nam seja um tanto quanto ruim na cozinha, ainda sim ele ajuda Jin, nem que seja pra cortar uma cebola –, E eu não me aguentava em rir, já que a situação era engraçada, a cada vez que o mais alto abaixava a faca, Seokjin dava um grito com medo do meu pai ter cortado o dedo.

— Você se lembra, filho, quando chegou nessa casa? — Pai Namjoon questiona, ao me ver perdido em meus pensamentos enquanto olho devagar a cada canto. — Você com seus 11 anos.

— Eu me lembro de vocês dois super felizes, na verdade todos nós. — Jisoo diz, se referindo aos meus pais.

— Eu lembro, eu estava com um pouco de medo mas ao mesmo tempo tão feliz — Suspiro, e as lembranças vem em minha mente. — Eu via as crianças mais novas do orfanato indo embora com uma família nova, e eu tinha medo de ficar lá, porque como eu era o mais velho, ninguém me queria, até que vocês me resgataram.

Eu praticamente morei no orfanato desde o dia em que nasci, até os Kim aparecerem na minha vida.

Cheguei lá com poucos dias de vida, vindo de um trágico acidente de carro onde meus pais haviam falecido, e eu ainda bebê, o único sobrevivente.

Meus pais de sangue eram filhos únicos, e meus avós eram  idosos demais para criar uma bebê recém nascido, ao menos era isso que me contavam no orfanato quando eu era criança.

— Tudo aconteceu na hora certa, demoramos um pouco pra chegar, mas chegamos. — Jin fala.

— Vocês tiveram muita sorte de conseguirem um filho assim que casaram. — A fala da minha tia Jennie faz com que meus pais se olhem, até porque por mais que seja uma memória que jamais esqueceremos, querendo ou não acendem outras lembranças não tão boas.

A Senhora Kim, mãe de Jin, nunca aceitou seu relacionamento com Namjoon, sempre que podia desprezava seu filho, e quando os dois se casaram ainda jovens, só aumentou sua ira, e por mais que até Jisoo, que era considerada a filha exemplar, tentasse falar com sua mãe, tudo era em vão.

Jin me disse que seu último pedido a sua mãe, foi que ele pudesse ter um filho, e que pelas leis coreanas, ele como um homem gay, jamais conseguiria adotar uma criança, mas sua mãe, sendo uma das mulheres mais fluentes da Coréia do Sul, conseguiria ajudá-los a realizar esse sonho.