Chegamos no epílogo...
Boa Leitura!!!
Uma semana tinha se passado desde que Draco ficou preso naquele elevador com Harry.
Draco tinha passado a acreditar que coisas incríveis, mágicas, poderiam acontecer desde aquelas horas que tinha passado trancado com seu vizinho. Parecia irreal a forma como a vida de Draco tinha mudado drasticamente desde aquele dia: era como se o Draco que ele era no dia 24 de dezembro tivesse morrido e um novo Draco tinha renascido no dia 25.
E aquilo era no sentido literal. Draco Malfoy se sentia leve, muito mais leve do que tinha se sentido nos últimos longos e tediosos anos. Naquele momento, ele não tinha mais receio de falar o seu sobrenome em voz alta, de se sentir parte de uma família novamente.
Poucos dias depois de ter expulsado Draco de casa por ser gay, Narcisa Malfoy tinha encontrado as duas Primas de Draco chorando abraçadas no quarto que ambas compartilhavam. A falta da presença de Draco estava afetando a todos de uma forma intensa: as primas que tinham a idade mais próxima a de Draco pareciam ter sumido da vida social da casa, ambas isoladas no quarto. As pequenas gêmeas Luna e Pansy não paravam de perguntar onde o primo delas estava e porque ele não brincava mais com elas.
Com tudo indo por água abaixo, Narcisa tinha procurado outras mães com filhos gays. E tinha sido assim que ela tinha descoberto que tudo que ela acreditava era apenas um esteriótipo que as pessoas preconceituosas passavam às demais. Ter um filho gay não era motivo de vergonha, muito ao contrário daquilo.
E foi então que Narcisa tinha começado sua busca por Draco. Ele não tinha saído com nenhum celular, computador ou algo com que ela pudesse se comunicar. A última vez que se tinha tido notícias de Draco foi em um hotel barato, onde ele tinha passado duas noites antes de desaparecer da cidade.
Quando Narcisa propôs ao marido que eles procurassem pelo filho, o homem se recusou. Dali as coisas só pioraram, as brigas em casa eram diárias e culminaram em um duro divórcio, que consumiu o tempo de Narcisa e a distanciou ainda mais de qualquer pista de para onde Draco tinha ido.
Draco tinha descoberto tudo aquilo em uma longa e chorosa ligação com a mãe. Às vezes ele se perguntava se tudo aquilo era real, se ele iria mesmo se encontrar com a sua família dali a alguns dias, como eles tinham combinado.
Draco tinha até mesmo ganhado dois irmãos, que até então ele desconhecia a existências. Os gêmeos Adhara e Scorpius já tinham sido concebidos quando Draco saíra de casa, porém ninguém sabia sobre eles ainda.
Tudo isso era graças a Harry. Se não fosse por Harry, Draco jamais teria tido coragem de telefonar para a mãe depois daqueles longos anos. Draco tinha ganhado sua família de volta.
Harry.
Os dois tinham passado aquela semana toda conversando por mensagens de texto e, por irônia do destino, eles se encontravam no elevador algumas vezes. Não era nada marcado ou planejado, mas Draco não conseguia evitar sorrir quando as portas do elevador se abriam em seu andar e ele se deparava com Harry Potter ali dentro.
Malfoy tinha descoberto que nenhuma pessoa no mundo ficava mais bonita que Harry quando corava. Draco tinha passado a observar mais as pessoas quando andava nas ruas, vendo a forma como se portavam, como se vestiam, como franziam o cenho enquanto andavam. Graças a Harry, Draco tinha aprendido a observar os pequenos detalhes da vida.
Bem, talvez aquela fosse só uma desculpa para observar todos os pequenos detalhes de Harry.
Harry e seu perfume de baunilha, botas brilhantes e roupas esquisitas tinha se tornado o novo fascínio de Draco e ele não conseguia evitar a si mesmo de estar parado como um pateta, olhando para o nada e pensando na deliciosa combinação que era Harry Potter.
Se Draco era um complicado quebra-cabeça, de alguma forma maluca e impensável, ele tinha certeza que jamais seria resolvido sem Harry. Tinha sido rápido demais, intenso e único demais, porém Draco sabia que Harry agora era uma peça importante do Quebra-Cabeça Draco Lucius Malfoy.
•••
30 de dezembro
Draco estava parado diante da porta do apartamento de Harry, vestindo o mesmo sobretudo café com leite que usava na noite em que conhecera o seu vizinho. Seu coração estava acelerado e sua mão tremia quando ele a levou até a campainha e a apertou.
Alguns agonizantes segundos se passaram até que Harry abrisse a porta. O homem usava uma calça escura e apertada, botas douradas e uma camisa de manga comprida com alguns botões abertos. Sobre um dos seus braços repousava um pesado casaco de frio.
- Sua forma de se vestir sempre me surpreende, Cicatriz.
- Isso se chama estilo. - Piscou um dos olhos para Draco enquanto trancava a porta.
- Isso era para ser uma piada? - Draco ergueu uma sobrancelha. - Porque se era, foi péssima.
Harry riu e empurrou Draco levemente com o ombro enquanto esperavam o elevador chegar ao último andar. Eles trocaram um olhar intenso e as bochechas de Harry coraram sob os penetrantes e misteriosos olhos azuis.
- Eles trocaram de cor de novo. - Falou em um sussurro, os olhos sem se desvirem do rosto de Draco.
- O que mudou de cor?
- Os seus olhos. Eles mudam de cor.
Harry não percebeu o quanto tinha se aproximado até estar com o rosto a centímetros do de Draco, ambos compartilhando o mesmo ar, os narizes quase colados e os olhos concentrados um no outro.
- Eu sempre me perguntei como algo assim era possível. No começo eu achava que estava ficando louco, mas então eu percebi que seus olhos mudavam de cor. - Harry começou a falar. - Não é como se eles passassem do azul para o verde, mas eles variam em colorações de azul da mesma forma que o oceano muda de cor. A água fica mais clara ou mais escura dependendo do dia e do clima.
- Talvez os meus olhos sejam mesmo como o oceano, então. - Draco falou, distraído. Os lábios de Harry se mexiam lentamente conforme ele falava e Draco estava sendo consumido pelo desejo de beijá-los novamente.
- Eles são um imenso oceano.
- E você não tem medo de se afogar?
- Eu já me afoguei. - Admitiu Harry.
Os lábios de Harry e Draco se encontraram de uma forma graciosa, quase mágica. O beijo era inesplicavelmente deles, totalmente único e perfeito com suas imperfeições. Era tão suave quanto a pétala da mais dalicada flor e, ao mesmo tempo, tão destrutivo quanto a maior bomba jamais produzida.
As línguas se tocavam, os dentes puxavam os lábios. Draco mordeu o lábio inferior de Harry e o puxou antes do beijo se quebrar por apenas um segundo e então recomeçar.
Explosões. Flores. Explosões e flores. Aquela era realmente a definição para o beijo de Harry e Draco.
Eles se separaram quando o elevador apitou, avisando que finalmente tinha chegado. Harry reabriu os olhos lentamente, afundando-se nos oceanos azuis, e então deixou um beijo no nariz de Draco antes de dar um passo para trás.
- Então, Sr. Malfoy, onde pretende me levar hoje?
Draco entrelaçou o seu dedo mindinho ao de Harry enquanto entravam no elevador.
- Acho que lhe devo o maior sorvete da sorveteria, não é mesmo?
- Bem lembrado. - Harry sorriu.
Tudo era novo, um caminho que nenhum dos dois jamais havia trilhado e que, graças a magia do Natal, queriam trilhar juntos.
● Fim ●
Chegamos ao fim de verdade da fic, espero que tenham gostado dessa aventura do nosso querido drarry e sou muito grata a todos que comentaram e deixaram a estrelinha <3 E queria fazer um agradecimento especial a Attlasss_ que me encorajou a fazer essa adaptação e por me apoiar e ajudar na capa kkkkk, mas enfim é isso mesmo. Dois beijos :)
JuXx
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Santa Claus (Adaptação Drarry)
FanfictionHarry gosta de flores, abraços aconchegantes, sorvete de morango e simplesmente ama a noite de Natal. Draco é apenas um homem solitário que se veste de Papai Noel durante o Natal e tenta sobreviver ao horror que é essa data. Quando ambos ficam preso...