Capítulo 13 - Oh no.

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  POV VANESSA

8 de Abril de 2015

Deixei Madelaine sozinha no estacionamento. Garota mal agradecia, além de estar ajudando quis fazer graça pra mim? Ela sempre dá um jeito de me irritar, parece que gosta. Eu nem fazia idéia de que horas eram, saí andando pela rua sozinha. Já estava acostumada mesmo.

:- Van? — Virei em meus calcanhares reconhecendo aquela voz. Thomas estava parado na frente de uma boate onde eu passava na frente. — O que faz por aqui?

:- Eu estava passando.

:- Veio ver o que eu estava fazendo?

:- Não. O pai de Madelaine não está bem, eu vim doar sangue.

:- Seu Gordon?!

:- É.

:- Quer que eu te leve pra casa? Estou de carro hoje e creio que você está cansada.

:- Eu não vou negar uma carona, você me conhece.— Ele enfiou as mãos no bolso de sua calça jeans e saiu na minha frente. O segui até um carro preto de rodas brilhantes.

:- Essa tal de Madelaine é aquela doida?

:- É sim. Ela me tira do sério! — Passei o cinto em meu corpo e ele começou a rir.

:- Ela parece não bater bem da cabeça.

:- Só agora você percebeu? — Ele deu uma gargalhada e eu virei meu rosto olhando para a janela. Soltei um suspiro me lembrando de seu beijo.

:- Pensando em que?

:- Em nada.

:- Bem, está entregue.

:- Obrigada, Thomas.— Quando fui abrir a porta, ele puxou minha mão para que eu o olhasse.

:- Eu posso te beijar? — Fiquei o encarando alguns segundos. Lhe dei um sorriso e me aproximei dando-lhe um selinho rápido.

:- Isso é o suficiente?

:- Não, né?!

:- Eu já beijei muito hoje, estou cansada. Até a próxima. — Saí às pressas do carro antes dele contestar algo. O ouvi arrancar com o carro e eu entrei no prédio.

Mal entrei em casa e me joguei no sofá. Estava morrendo de sono, com os pés cansados e fraca por causa de ter perdido quase um litro de sangue. Pra depois, aquela idiota fazer graça. Eu só não neguei de ir naquele hospital por causa do pai dela. Olhei o relógio ao lado da tv que marcavam quase três da manhã. Não é à toa que eu estava quase caindo no chão de sono. Entrei no banheiro vendo o vestido de Madelaine caído no chão. Abaixei pegando aquela peça um pouco molhada e elevei até o meu nariz. Fechei meus olhos inalando seu inconfundível cheiro.

Imediatamente me lembrei do nosso beijo que, certamente sempre mexia comigo. Beijá-la era totalmente diferente, não na questão de ser uma garota. Não sei explicar, parecia que nos encaixávamos perfeitamente. Logo quando me lembrei dela me irritando, joguei sua peça no chão e balancei a cabeça na tentativa de esquecer seu cheiro.

Retirei minha roupa e entrei debaixo do chuveiro. Fechei meus olhos para deixar a água quente molhar meu rosto, me veio a imagem de Madelaine seminua em meu quarto. Respirei fundo, encostei minhas costas na parede sentindo o azulejo gelado e olhei para o chão. Isso não podia estar acontecendo! Eu não posso me apegar a ninguém. Sempre que nos apegamos, as pessoas resolvem partir e sempre ficamos sofrendo. Sofrer não é comigo, ainda mais por uma criança mimada.

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