POV VANESSA
31 de Maio de 2015
Depois de vermos o sol se pôr, ficamos mais um tempo namorando e se enchendo de mimos. Ela parecia mais que feliz e eu também...
Eu não sabia se sorria ou se chorava sempre que olhava aquela aliança em meu dedo. Era como se, um lado do meu corpo gritasse de felicidade e no outro chorava por saber que estou enganando-a. Por saber que estou mentindo.
É... Foda!
A ajudei retirar toda a bagunça que fizemos com as coisas do pequeno e fofo jantar. Levamos até sua casa e de lá, ela aproveitou para pegar a sacola com a enorme caixa.
Eu ainda estava curiosa com aquilo.
:- Ainda não acabou!— Falou enquanto colocava a tal caixa dentro do carro preto. Ela disse que seu tio havia emprestado pra ela me levar ao centro do Havaí e conhecer mais lugares.
:- O que está aprontando, Madelaine Petsch?— Cerrei os olhos desconfiada. Ela apenas me deu um selinho e abriu a porta para eu entrar.
Continuei a encarando até sentar no banco e ajeitar meu vestido. Logo em seguida, a mesma adentrou no carro, dando partida e arrancando com o carro.
Deitei minha cabeça no encosto de couro e suspirei segurando minha curiosidade. Olhei para a janela, vendo as luzes passarem rapidamente e cada vez mais minha ansiedade aumentar.
Algumas pessoas andarilhavam pela rua animadamente, alguns bares e restaurantes com músicas altas.
Olhei para o lado de Madelaine, totalmente concentrada para o pequeno trânsito à frente. Os dedos batiam levemente no volante e suas pernas balançavam freneticamente. Ela parecia nervosa.
Respirei fundo observando o carro entrar em uma pequena entrada de um assustador matagal. Mordi os lábios e agora, eu tremia as pernas com medo do que ela estava aprontando.
:- Para onde estamos indo, Madelaine?
:- Não se assuste! Eu não irei te sequestrar.— Me olhou rapidamente e sorriu. Respirei fundo agoniada. Eu odeio, com todas as forças, ficar curiosa.
Tornei à olhar para a janela totalmente escura por conta das árvores.
Era só o que me faltava nos perdermos no meio desse mato assustador.
Madelaine parou o carro bruscamente, fazendo com que, eu me assustasse e olhasse para frente.
:- O que foi? A gente se perdeu?!
:- Não.— Riu baixo.— Antes da gente chegar, quero que coloque essa venda.— A olhei desconfiada.— Confie em mim!
Rolei os olhos, suspirei vencida e virei o rosto para deixá-la pôr à venda em meus olhos.
Senti o carro começar à andar novamente e minha curiosidade vir mais à tona.
Puta que pariu! O que essa garota está aprontando?!
Aos poucos, o carro foi parando. A vontade de tirar aquela venda e pedir para voltar para o meio da cidade era muita, mas não iria estragar essa surpresa. Mesmo morrendo de medo de estarmos no meio do mato.
:- Amor, cuidado! Você está de salto e tem algumas pedras.— Tateei o capô do carro esperando-a pegar aquela caixa. Senti ela pegar em minhas mãos e com o outro braço, me agarrou pela cintura.
:- Que ódio de você, Madelaine! Odeio ficar curiosa.— A ouvir gargalhar baixo.
Com muita cautela, dei passos pequenos até chegar em uma parte lisa e totalmente "segura". Aquele lugar era medonho e frio. Eu não ouvia nenhum barulho de carro, pessoas, músicas ou qualquer outra coisa que me deixasse segura em saber que existia civilização.
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The Bitch
أدب الهواةMundos diferentes. Pessoas diferentes. Uma gosta da noite. Outra gosta do dia. É uma mistura de lua e sol. Uma grande peça de quebra cabeça. Um tabuleiro de xadrez, onde o preto beija o branco. Coragem e medo. Madelaine e Vanessa. "Os oposto...