Capítulo 2

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Júlia Vilela

" Cheguei naquele aeroporto destruída, não tive tempo de pensar em muita coisa, me programar, como eu fiz durante a minha vida inteira, apenas descontei toda minha raiva em cima daquele desconhecido que eu me casei na igreja a três dias atrás.

Desconhecido, era isso que ele era pra mim, um homem que eu chamava de príncipe, dizia ser o amor da minha vida, juras e juras de amor eram feitas pra mim enquanto mentia na minha cara e me traia da forma mais dolorosa que existia.

Aquele homem sim era desconhecido por mim, eu me apaixonei pelo o que eu inventei dele, ou por aquilo que apenas os meus olhos viam, mil vezes burra.

Apenas joguei tudo na minha mala no mesmo instante, enquanto escutava ele batendo na minha porta implorando por perdão, troquei de roupa o mais rápido que pude e sai pelos fundos do hotel, desejando esquecer tudo que aconteceu ali dentro.

Encontrei a única pessoa que eu poderia chorar incansavelmente no colo e não se cansaria de ouvir minhas lamentações, corri assim que avistei Gabriela com os braços abertos.

- Vai ficar tudo bem amiga, você já está aqui, em casa - abracei com todas as minhas forças, eu poderia me fazer de forte mas doía, no fundo, sempre dói.

- Aquele safado me traiu, me traiu em plena lua de mel - não contive o choro e desabei no abraço, não me importando com as pessoas ao redor.

- Ele não era o homem certo pra você meu bem, você vai encontrar o homem que lhe ofereça uma relação estável - me apertou em seus braços.

- Não existe homem certo Gabriela. - Falei me afastando de seu abraço pra lhe encarar, ela sorriu, assentido.

- Não quero saber mais de relações estáveis, não quero saber mais de homens. - Falei determinada.

 - Falei determinada

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