Julia Vilela
- Estou ficando bêbada, vou parar por que ainda vou voltar pra casa.
Pedro que estava bebendo o restante de vinho da sua taça me olhou rápido
- Deixa que eu te levo pra casa - falou enquanto se levantava do sofá.
- Negativo, você também bebeu.
- Então a gente deixa o carro no estacionamento e pegamos um táxi.
- Não mesmo
Um silêncio caiu sobre a sala e foi aí que eu percebi que a gente tinha chamado a atenção dos mais velhos, fazendo minha mãe concordar com o Pedro.
- Vai com ele filha, é mais seguro, coloca duas paradas, irei ficar mais tranquila.
É, não tinha como escapar dessa.
Nós nos despedimos e fomos pedir o uber na portaria do apartamento e eu confesso que estava bem mais solta do que eu pensei, me fazendo pensar coisas que eu provavelmente não pensaria 100% sóbria.
- Eu gosto de você, você é alto astral. - Pedro soltou do nada, olhando para o seu celular ainda.
- Olha, já me disseram que eu sou linda, gostosa, agora alto astral, isso não é muito sexy.
Ele me olhou sério e então percebi que o ambiente ficou bem mais quente do nada, quando ele foi se aproximando devagar.
- Admite
- Admitir o que?
- Admite que juntos somos muito bom.
Eu juro que ouvir ele falar isso com o hálito quente pertinho de mim com aquela voz meio roca não tava facilitando muito, fazendo que alguma coisa em mim começasse a ficar quente.
- Admito que juntos somos muito bons.
E isso foi a gota d'água, fiz algo pelo calor do momento ou pelo resquício de vinho no meu corpo, mas eu não queria deixar aquilo passar.
Passei meus braços pelo seus pescoço o puxando pra mim, fazendo nossos lábios se colidirem.
Sua boca é quente, firme, enquanto ele me acaricia na cintura e a outra mão desocupada descendo pra minha bunda, dando um aperto bom e trazendo seu corpo fazendo ele grudar em mim.
Gemo com isso, e ele parece gostar pois puxa meu lábio inferior pra si e sorri quando vê o estado que me deixou, estou mole, e se ele não estivesse me segurando forte, provavelmente eu cairia.
Nossas bocas se colidem de novo, fazendo nossas línguas entrarem em um ritmo acelerado, quente e bruto.
Somos interrompidos pela zoada de uma buzina e quando olhamos nosso táxi estava esperando lá fora.
Não olhei quando ele entrou no carro, só ouvi ele falando algo com o motorista e ele concordando, só entendi quando vi que estávamos na porta do meu apartamento.
Descemos e entramos no elevador, só foi o tempo da porta de fechar pra eu sentir o Pedro me puxar pelo pescoço e sentir seus lábios na parte de trás no meu pescoço.
Vai ser uma noite bastante longa.
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Casual
Storie d'amoreEu nunca encontraria ele se não fosse pelo meu casamento fracassado, eu nunca me permitiria amar de novo se não fosse aquele dia, e ele não desistiu de mim, foi o meu casual mais inesperado do mundo. Então obrigada, por estragar tudo, mais uma vez.