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O6. O SIGILO DE PROTEÇÃO

❛ so what happened to me?  ❜

O CHEIRO DE COMIDA provindo da cozinha do bunker era fenomenal. O estômago de Mäelia doía de tão vazio. A fome tinha se mostrado grandiosa nos últimos dias; parecia que, finalmente, a adrenalina em seu sangue desaparecia, permitindo que outras sensações se apossassem de seu lugar.

Ela estava sentada em uma mesa ao centro da cozinha, e Jack encontrava-se ocupando a cadeira à sua frente.

― Prove isso ― disse Jack sorridente, segurando uma caixa azul com os dizeres "Cookie Grunch" e despejando uma boa quantidade de cereais na tigela diante da garota. ― Você vai adorar.

Ela observou os cereais caírem na tigela como se fossem pingos de chuva e misturou-os no leite com uma colher prateada. Observou os olhos de Jack brilharem de expectativa quando ela levou uma boa quantidade da mistura em direção a boca.

― Estou impressionada ― admitiu enquanto mastigava, vendo o sorriso dele aumentar ainda mais. ― Acho que poderia comer isso o dia inteiro!

― Eu sei! ― Ele exclamou animado, também se servindo de mais uma colherada de sua própria tigela. ― Mas não conte para o Sam, ele não gosta de me ver comendo assim. Diz que faz mal pra saúde.

Mäelia riu descontraidamente, assentindo.

― Tem estado melhor nesses últimos dias? Imagino que ainda esteja bem cansada.

― Sim, estou bem ― respondeu ligeiramente envergonhada. ― Não ando tendo pesadelos. Ainda não descobri se é algo bom ou ruim.

― Não pense sobre isso agora, teremos tempo para descobrir o que está acontecendo depois ― falou Jack, procurando tranquilizá-la.

― Espero que você tenha descansado também ― Ela disse. ― Sinto muito por ter roubado seu quarto.

― Não tem problema, foi eu quem o ofereceu ― Ele respondeu gentilmente.

Quando os cereais acabaram, Mäelia levou a tigela até a boca e bebeu o leite açucarado que ainda restava ali, suspirando satisfeita. Ela ainda se apossou de três torradas recém preparadas e devorou-as em questão de minutos. Era bom não sentir o estômago faminto.

Limpando os lábios com as costas da mão, ela se levantou e organizou a louça que havia sujado, depositando tudo sobre a pia metálica do outro lado da cozinha. Voltou-se satisfeita para a figura de Jack, apoiando-se sobre o balcão, mas a alegria pareceu vacilar em questão de segundos.

Um par de olhos curiosos espiavam sua presença da porta da cozinha, aproveitando de sua distração para permanecer despercebido. Pertenciam a uma garota tão jovem quanto ela. Quando a desconhecida pegou-se descoberta, desapareceu apressada pelo corredor, suspirando audivelmente. O barulho fez com que Jack desviasse o olhar de seu café da manhã, mas a menina já havia sumido.

echo ● j. klineOnde histórias criam vida. Descubra agora