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O7. A PRIMEIRA CAÇADA

❛ i would climb again and leave you in the moonlight 


MÄELIA OBSERVAVA O CELULAR em suas mãos com ansiedade. O nome de Charlie aparecia na tela e ela aguardava para que a ligação fosse atendida. Seus olhos, então, passaram a intercalar entre o aparelho telefônico e o notebook à sua frente; o pé direito batia de maneira frenética contra o chão do bunker.

― Alô? ― A voz de Charlie finalmente ecoou do outro lado da linha.

― Acho que quebrei o computador ― Mäelia disparou em seguida, de maneira apreensiva ― Sam está ouvindo a ligação? Diga que não fiz de propósito!

― Uou, muita informação por segundo, vamos com calma ― Charlie respondeu e foi possível ouvi-la rindo antes de voltar a falar ― O que aconteceu, Mäelia?

― E-Eu estava pesquisando algumas coisas, como você me ensinou, mas de repente a tela ficou totalmente preta! ― disse a garota, ainda afobada ― Já disse para Sam que foi sem querer?!

― Como está a bateria dele? Está conectado no carregador? ― A mulher indagou calmamente, como se não percebesse a ansiedade dela.

― Carregador?

― Bem, acho que descobrimos o problema ― Charlie ficou em silêncio por uns instantes e Mäelia pode ouvir a voz de Sam ao fundo ― Sam disse que está dentro da mesma pasta em que ele guarda o notebook. Coloque um dos lados no computador e o outro na tomada e pronto!

― Só isso?

― Só isso.

― Tudo bem, então ― Mäelia suspirou aliviada ― Obrigada, Charlie.

― Por nada.

A ligação foi encerrada e Mäe devolveu o celular para Maggie, uma das moradoras do bunker, agradecendo pelo rápido empréstimo. Em seguida se levantou, para sair em busca do carregador.

― Ei, Maggie? ― chamou antes de se virar, encarando a garota ― Pode me ensinar a trançar meu cabelo mais tarde? Do mesmo jeito que estava fazendo com Tracy hoje cedo? ― perguntou com um sorriso.

Maggie a observou e assentiu lentamente, tentando retribuir o sorriso antes de se virar e se juntar ao seu grupo habitual.

As últimas duas semanas foram muito promissoras. Os habitantes do bunker pareciam estar se acostumando com sua presença constante e nenhuma esquisitice havia acontecido com ela desde então. Certamente ainda tinham desconfianças, mas não olhavam-na como se fosse uma aberração tenebrosa.

Um dos melhores acontecimentos durante esse tempo foram seus encontros com Charlie. As duas deram-se bem quase instantaneamente. Foi Charlie quem lhe ensinou sobre computadores e celulares, tecnologias que antes lhe eram tão inusitadas, pois jamais havia se deparado com nada parecido.

echo ● j. klineOnde histórias criam vida. Descubra agora