Sanctus lupus

¹ Endurance

Seguir em frente.

Um explorador famoso uma vez disse, que o extraordinário está no que fazemos e não em quem somos. E finalmente, Siyeon estava saindo em busca de sua marca, para encontrar aventuras. Porém, a aventura a encontrou antes.

> Localização - Mar do Diabo, sul do Japão.
23h da noite.

Siyeon estava em seu quarto naquele navio, com seus fones de ouvido concentrada nas histórias que passavam ali. Sabia que teria que conhecer mais sobre o lugar que exploraria, estava nervosa, a todo momento olhava o mapa ou procurava saber mais sobre onde iriam. Derepentemente sentiu sua cama balançar mais do que a costumeira maresia fazia, mas não sobrou tempo para pensar, foi arremessada de sua cama para o chão de metal do navio.

Confusa, Siyeon se guiou até a porta abrindo com uma leve dificuldade, seu corpo estava dolorido pela queda. Antes tivesse tempo de pensar em algo novamente, sentiu água passando pelo seu pé, logo depois uma enxurrada vindo em sua direção. Siyeon não teve forças para se segurar em sua porta entreaberta, tão pouco para se manter de pé, sendo carregada assim pela água corrente e salgada.

Em nossos piores momentos, quando a vida passa diante de seus olhos, nos encontramos algo, uma força tão grande capaz de fazer seu corpo correr, gritar, pular e até mesmo se arriscar. Siyeon encontrou isso quando bateu na parede de metal do navio e sentiu a água em seu pescoço, era aterrorizante. Mas com suas duas mãos, ela pegou a passagem de saída em emergência, empurrou com brutalidade fazendo o mesmo ser jogado para cima. Saiu daquele local completamente tomado pela água e focou em uma imagem, em um homem. Lee Seokjin olhando para a parte do barco que Siyeon estava, foi ai que sua ficha caiu, seu navio foi partido ao meio, e a parte onde estava estava afundando.

Mesmo assim, se levantou bravamente, em meio a tanta chuva, trovoada e cabos elétricos que passavam perto de seu rosto ela correu. Pegando impulso, pulou com a maior força que tinha para pegar na mão calejada de Seokjin.

- Eu te peguei!- Gritou para Siyeon, que tentava segurar com a outra mão.

Mas ela foi escorregando.

E escorregando.

Até que Siyeon tinha escapulido das mãos calejadas de Seokjin, o grito ensurdecedor foi solto na garganta de Jin, ele tinha certeza que sua sobrinha morreria ali, so pode olhar nos olhos da menina enquanto ela caia. Siyeon por sua vez caiu no mar revoltado, a água rebelde jogava seu corpo para todos os lados possíveis.

Sentiu a areia em seus pés, olhou em volta vendo que estava próxima uma praia. Com força segurou a areia com as mãos e se arrastou para terra firme, tossindo como se sua vida dependesse disso.

- Está sangrando, mas que porra!- Ao longe escutava vozes, sabia que era de Yoohyeon, as poucos ela ia se pondo de pé.

-  Olá!- Gritou, ou pelo menos tentou, ainda tossia muito.

- Vamos.. vamos.. Tae, respira!- Escutou uma voz masculina, era Jimin.

-  Socorro!- Siyeon gritou novamente.

- Eu sabia, eu sabia que iria dar errado. Onde estamos?- Siyeon escutava a voz indignada de Hui.

-  Não dá tempo, me ajuda aqui caralho, seu inútil!- Era a voz raivosa de Minji, Siyeon escutava com mais clareza.

- Minji! Yoohyeon! Jimin!- Siyeon gritava, ao ponto de falhar no processo.

- Droga, aaaargh!- O desespero no peito de Siyeon aumentou quando reconheceu aquele grito, era de Bora, um grito agonizante de dor.