onze

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•Hope Schwartz•

- Muito obrigada, amigo. -digo me jogando no banco do carona do carro de Chaz, fechando a porta rapidamente em seguida.

- Sempre que precisar. -ele diz, me dando um beijo na bochecha em seguida, e tocando o automóvel.

- Trocou de carro? -pergunto, colocando o cinto de segurança.

- Não, peguei emprestado de um dos meus seguranças para seu pai não reconhecer que eu era eu. -ele diz, me dando uma olhada de canto e eu sorrio.

- Esperto. -digo e ele assente.

- Como você está? -ele pergunta e eu respiro fundo.

- Com raiva, muita raiva. Me dá ódio de continuar nessa farsa fingindo que gosto do meu pai, mas eu sei que se quero me vingar preciso estar perto dele. É o que dizem: mantenha os amigos perto, e os inimigos mais perto ainda. -digo e ele me olha.

- Você faz certo de não enfrentá-lo, quero que o faça somente quando estiver comigo, pois assim eu estarei por perto para te proteger. Se você fizer alguma coisa comigo longe, não tenho como estar perto em segundos. -ele diz e eu coloco minha mão em seu braço.

- Muito obrigada, você é o melhor amigo do mundo. -digo sincera e ele gargalha.

- Mas não foi comigo que você postou uma foto com essa legenda. -ele diz irônico.

- Ciúmes Chazinho? -pergunto rindo e ele revira os olhos, olhando para o semáforo que acabara de se abrir.

- Sim, qual o problema? Fica o dia inteiro colada naquele Harry. 

- Mas quando preciso a primeira pessoa para qual eu ligo é você. -digo e ele vira seu rosto para me enviar um sorriso rápido- Amo você.

- Não me venha com seu amor para me comprar. Assim que sair das garras de seu pai, você vai colocar uma foto comigo dizendo que eu sou seu melhor amigo. -ele diz e eu rio alto.

- Pode deixar. 

- Justin me ouviu falando com você. -ele diz baixo, e eu sinto minhas mãos começarem a tremer simplesmente por ouvir aquele nome ter saído da boca dele.

- E? -pergunto curiosa.

- Eu disse o que havia acontecido, e.. ele disse que você poderia ficar lá em casa, mas achava que você não iria querer, então eu poderia deixar você em um hotel que ele arcaria com todas as despesas do que você precisasse. -ele disse, sem me olhar, talvez respeitando meu momento.

Sinto um sorriso começar a se formar no canto dos meus lábios instintivamente e eu olho para minhas próprias mãos, as movimentando uma sob a outra. 

- Ele disse isso mesmo? -pergunto baixo, e o olho de canto de olho.

- Disse, Hope. -ele diz, e fica em silêncio por um bom tempo, mas o corta depois de olhar para mim- Vocês precisam parar com isso. 

Eu o olho rapidamente.

- Como? 

- Você entendeu. Vocês precisam um do outro, não sei porquê ficam com essa graça.. -ele diz, e eu o ignoro, apenas pego meu celular e aviso Angel que nós já estávamos chegando.

Passamos pelos dois últimos quarteirões rapidamente, e Chaz estacionou na esquina da casa de Angel.

- Deixa que eu levo. -ele diz, pegando minha mochila, enquanto eu retirava meu cinto de segurança.

Angel nos recebe na surdina. Seus pais já estavam dormindo, então ela nos colocou para dentro de sua casa com o maior cuidado do mundo, e quando chegamos em seu quarto ela faz um sinal para que fizéssemos silêncio. Ela já havia arrumado uma cama de casal no chão, e o quarto pelo jeito já estava preparado para dormirmos.

Criminal Release {Volume 2}Onde histórias criam vida. Descubra agora