Depois de suas vidas virarem de cabeça para baixo, Tommy e Billy recebem a proposta de fazer parte de um grupo de super-heróis. O único problema é que o grupo é composto por adolescentes em crise.
"Havia uma ideia. Chamada de Iniciativa Vingadores...
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📍Nova Iorque, New York
(Terceira pessoa)
- Por acaso você ficou maluca!? - Peter quase gritou no meu ouvido.
- Para de gritar, estou tentando ler a informação. - Ela disse secamente.
- Você criou um terremoto a algumas horas atrás! - Ele sussurrou. - Devia estar em casa, não perambulando pelas ruas de Nova York!
- Não estou perambulando, estou utilizando o amor por museus que herdei da minha família.
- A nazista?
- Quando eu tiver outra, me avisa. - Sisi falou revirando os olhos.
- Estávamos te procurando igual loucos.
- Eu vim ao museu, não é nada demais.
- É quando você é uma adolescente de quinze anos, com super poderes e é instável!
- Tenho 16 anos!
- Continua sendo criança.
- Falou o adulto.
- Tenho vinte e seis anos.
- É uma pena que age como uma criança de 12.
Sisi começou a andar na direção oposta de Peter.
- Pelo menos eu não apoiei um genocida.
Rapidamente, Elisabeth voltou para perto de Peter e bateu em seu rosto com um tapa estalado chamando a atenção das poucas pessoas que estavam no museu.
...
- O que aconteceu? - Billy perguntou depois de uma hora de completo silêncio entre Sisi e Pietro.
- Seu tio foi um completo babaca. Isso que aconteceu.
- Eu já pedi desculpas - Peter se defendeu. - Cinco vezes.
- Pode mandar seu tio enfiar as desculpas no rabo dele e socar até sair pela boca, Billy! - Sisi disse indo para seu quarto.
- Cara, - Martin falou - eu não quero saber o que você disse pra deixar ela tão brava.
- Ela não parece estar tão brava. Tirando os palavrões e a cara revoltada e a porta batendo - Cassie comentou.
- Ela está irritada. Vai por mim, da última vez que ela ficou assim as coisas não acabaram exatamente bem.
- O que houve? -Tommy perguntou.
- Ela deu um tiro no teto da própria casa para irritar o pai.
- E depois ele colocou ela de castigo? - Eli sugeriu.
- Não.
- O que!? Mas ela deu um tiro no teto! Podia ter machucado alguém! - Cassie falou.
- Eles só gritaram um com o outro. Ficaram sem se falar por algumas horas e na manhã seguinte estavam tomando café da manhã juntos como se nada tivesse acontecido.
- Que loucura. - Teddy falou. - Pelo menos ela tinha uma família normal.
- Mais ou menos. Não acho que nenhum de nós teve essa sorte.
✦
Já havia anoitecido quando Martin bateu na porta do quarto de Sisi.
- Hora do interrogatório. - Martin falou.
- Não vai rolar, Martin.
- Meio que você não tem opção.
- Estou falando sério.
Martin mexeu no envelope aberto de papel preto na cama da amiga.
- Recebeu o convite...
- Para o enterro? Sim. - Sisi disse.
- Quando vai ser?
- Em dois dias.
- Deveria ir. Se despedir dele.
- Estou cansada de despedidas.
- Sei que está passando por um momento difícil, mas...
- Não estou passando por um tempo difícil! Estou ótima! Quer dizer... Eu tenho tudo o que sempre quis. Eu sou filha única, fiquei com toda a herança e não tenho que lidar mais com minha madrasta! É a vida que eu sempre quis.
- Você está em negação.
- Não estou!
- Está sim!
- Você não fala do seu pai. Nem da sua família. A não ser que para fazer piadas de humor ácido.
- É assim que lido com meus problemas.
- Não, é assim que você foge deles.
- Não sabe do que tá falando.
- Ah não? Por quê a garota irritante e mimada que eu conheci em 1933, estaria enfiada em uma biblioteca querendo aprender tudo o que aconteceu nos últimos 78 anos!
- Acha que eu não sei!? Acha que eu não abri um livro de História!? Ou que não pesquisei!? Ou que não li a porra do meu arquivo da S.H.I.L.D!? Você sabia que eu tenho uma ficha criminal!?
- Nós dois temos.
- Na sua ficha não está escrito criminoso de guerra ou crimes contra a humanidade.
Martin suspirou.
- Se quiser, pode assistir o filme conosco. Vamos ver As Branquelas. - Ele disse antes de sair do quarto.
Segundos depois Sisi ouviu batidas na porta.
- Eu não quero ver a porra do filme, Rauff! - Ela disse abrindo a porta agressivamente.
- Acho que não sou o Martin. Porém, eu trago uma oferta de paz. - Peter disse segurando uma embalagem com um bolo de chocolate dentro.
