As descobertas da vida podem ser tensas para um adolescente. E é por isso que Jean Kirschtein, entre uma folga e outra das atividades na Tropa de Exploração, confidencia tudo o que sente para o seu cavalo.
Ele só não imaginava que seus segredos seri...
Peço desculpas pela demora! No sábado eu me machuquei no trabalho (caí da cadeira ao tentar pegar uma caixa na parte de cima do arquivo) e fiquei "de molho" por esses dias. Enfim, vamos que vamos! Perdoem possíveis erros. E, sim, há alguns spoilers perdidos aqui também! E MUITO REGIONALISMO, PORQUE SIM! Hoje não disponho de muitas imagens porque o tempo sumiu, infelizmente.
Nos vemos nas notas finais. Boa leitura!
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Jean inspirou fundo, tomou coragem e virou-se para encarar Armin. Viu que o rapazinho havia se aproximado um pouco mais da baia para ver a égua Grethe, cujo filhotinho finalmente se levantara para ir mamar. O soldado loiro juntou as mãos e as colocou sobre o próprio peito, suspirando com seus olhos cheios de emoção:
— É t-tão bonito...
— Sim, o potrinho é bonito mesmo.
— Não, Jean... É bonito isso, ver a v-vida brotando em todo lugar, mesmo que a gente tenha que lidar tão diretamente com a morte. Sabe... Pareço um bobão dizendo isso, mas ver que a minha amiguinha conseguiu trazer mais uma vida ao mundo me deixa tão emocionado... Tão feliz...
— A vida brotando em todo lugar... — repetiu Jean. — Sabe que eu tava comentando isso com o Max ontem? A gente deveria parar de olhar tanto pra essas desgraças que acontecem e saber apreciar um momento como esse. Dar atenção a essas coisas sublimes...
— S-sim, é mesmo... A vida... O nascimento de um animalzinho...
— Nós dois, voltando a conversar, depois de tanto tempo separados... — pontuou Kirschtein, que não parou de encarar profundamente o rosto vermelho de Armin, que, enfim, ergueu o olhar para ele.
O sentimento não havia morrido, pelo contrário, só se fazia mais forte a cada instante. Ambos tentaram esquecer um ao outro se relacionando com outras pessoas, entretanto foi em vão. Kirschtein não aguentava mais sofrer de saudades. Porém, antes que ele pudesse dizer algo, foi surpreendido com um súbito abraço de Arlert, que enfim explodia num pranto intenso.
— Armin... — começou a dizer o mais alto, timidamente. — Eu... Tô meio sujo.
— I-isso não importa! Temos que celebrar a vida! Eu... Preciso extravasar o q-que estou sentindo e... Cê é o único que pode me entender...
— Ah, seu besta... — afirmou Jean, finalmente envolvendo o corpo miúdo do outro em um abraço forte e aconchegante. — Claro que eu te entendo, sempre vou tentar te entender, pois eu te...
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