Getou X Bakugou X Gojo

capítulo 5

O objetivo da missão era simples - exorcizar o espírito amaldiçoado que se pensava estar causando os misteriosos desaparecimentos e mortes estranhas dos aldeões.

Bakugou foi para casa e pegou sua mochila de caminhada de costume antes de embarcar no trem-bala com Getou. Eles mudaram para um ônibus depois disso. Quando ele perguntou por que não havia um diretor assistente, Getou apenas disse que haverá um para cuidar da papelaria e acompanhar as autoridades locais depois que ele eliminar o espírito amaldiçoado. Eles tinham poucos funcionários e, como Getou era um aluno de classe especial, ter um diretor assistente por perto poderia na verdade atrasá-lo.

Claro que ele não disse a ninguém que estava trazendo Bakugou junto.

Quando eles desceram do ônibus, Bakugou sentiu como se suas pernas tivessem adormecido. Este lugar era muito mais rural do que qualquer cidade rural que ele já tinha estado e não havia muito de nada por perto. Caramba, Bakugou acha que pode haver como um herói em torno do raio de oitocentos quilômetros e tudo era bastante suave. Isso não era nada parecido com as cidades.

O destino real deles era um vilarejo a meio caminho da montanha, mas a estrada era estreita e acidentada. Seria muito mais fácil (e mais confortável) caminhar até lá do que dirigir. O cenário não era ruim. Folhas verdes e flores coloridas enchiam as colinas e o ar estava mais fresco que o da cidade.

Getou não estava usando seu uniforme usual. Ele tinha mudado para uma camisa branca simples e calças pretas. Algo sobre não querer assustar os moradores. Normalmente, quando havia um diretor assistente por perto, os homens e mulheres de terno cuidavam das comunicações e negociações formais. Mas como não havia nenhum por perto hoje, Getou tinha que pelo menos não parecer um delinquente pronto para bater na merda das pessoas.

Para ser honesto, Getou tinha um rosto bonito. Ele não parecia ameaçador e tinha um ar de misteriosa calma ao seu redor. Gojo disse uma vez que se Getou colocasse um kasaya e yukata, ele passaria por um monge budista gostoso e bastante crível, espalhando o amor e a sabedoria de Deus para aquelas pobres almas infelizes.

À medida que se aproximavam da aldeia, no entanto, Bakugou começou a sentir calafrios. Ele não gostou muito dessa sensação, porque quase sempre significava que havia maldições por aí. Percebendo isso, Getou largou a jaqueta do uniforme sobre os ombros de Bakugou. Eles subiram a margem do rio em silêncio e chegaram à periferia da aldeia. Aquele lugar parecia minúsculo e havia principalmente terras agrícolas.

Havia uma daquelas casas de lanche e chá antiquadas perto da entrada da aldeia. Um prédio curto de madeira com portas de correr de papel e um carrilhão de vento. Eles descansaram um pouco lá. Getou conversou com o dono da loja, uma senhora idosa de avental, sobre todos os desaparecimentos que estavam acontecendo. Não havia muito que Bakugou pudesse fazer, já que essa não era sua área de especialização, então ele apenas comia mochi enquanto Getou trabalhava.

Getou transformou a conversa em algo sobre as lendas locais ou contos de fantasmas. Essas eram geralmente o que alimentava a fúria de um espírito amaldiçoado. Além disso, como as maldições provinham das emoções negativas das pessoas, seus atributos e habilidades geralmente estavam ligados. Quanto mais eles sabem, mais fácil é descobrir com o que estão lidando.

Havia algumas lendas antigas sobre deuses do rio nesta parte do Japão, mas a julgar pelas expressões do antigo dono da loja, poucos dos moradores acreditavam nessas coisas. Ela, no entanto, avisou que os rios por aqui são muito mais profundos do que pareciam e sempre havia alguns casos de afogamento a cada ano.

A sobremesa e o chá não eram ruins e a loja parecia relativamente limpa. O proprietário disse que faziam à mão tudo o que vendiam do zero, desde cultivar os ingredientes até transformá-los em sobremesas. Ele pode comprar algumas caixas para seus pais no caminho de volta. Ainda assim, Bakugou não gostava muito deste lugar. O tempo todo depois que eles entraram na aldeia, ele se sentiu como se estivesse andando na lama. O ar estava anormalmente mais denso aqui, mas nenhum dos aldeões parecia notar nada.