Prólogo

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  Uma figura corria na beira do precipício. Seus passos desgovernados davam a sensação que a garota logo cairia. Tentava bater suas asas para escapar do perigo eminente, só para falhar mais uma vez.

— Celeno... Fuja! — disse uma voz feminina distante e baixa.

  A garota queria olhar para trás, era o que mais desejava, mas o medo a paralisava, e ela sabia que tinha que continuar. Tinha que escapar. Por todas as pessoas que a ajudaram, e pela calamidade sem tamanho que vivenciou.

— Desculpa, eu não... Eu não queria que isso acontecesse. A culpa é minha. Me perdoa. — falou a garota em prantos, correndo sem parar.

— Pelos crimes que cometeu no passado eu te julgarei, besta imunda! — exclamou o homem de armadura reluzente que vinha atrás. — Tu voltaras ao castelo agora!

 Diversos soldados envolveram a garota que estava ferida. O cheiro de sangue vindo de suas armaduras e armas era sufocante. Um deles, o chefe do grupo, se aproximava da garota que estava na beira do precipício.

— Lembra-se dela?! Isso não teria acontecido se você aceitasse o acordo. — disse o soldado, jogando a cabeça arrancada aos pés da garota.

— AMANDA!! — gritou incrédula ao ver a cabeça sua padecida amiga.

— Maldito ser diabólico, agora terá o fim que merece — falou o homem, estendendo a espada para a garota. — Se renda agora e aceite seu destino.

— Eu... Eu me recuso!! — Virando-se de uma vez para o precipício, a garota engoliu o ar em seco e pulou.

— Que ato tolo! — O homem coçou a cabeça, e suspirou alto. — Isso não vai mudar o seu destino. Eu ainda vejo o seu fio atrelado a ele.

E a garota desapareceu da vista do homem. 

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