Sweet Sunday

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Adrien P.O.V

- Argh... A minha calça favorita! - ela gritou.

- Sério, Mari, é só mandar alargar ou sei lá... - revirei os meus olhos.

Estava pronto a quase dez minutos, mas Marinette insistia em provar todas as suas roupas após perceber que a barriga já estava marcando sua blusa justa.

- Você só fala isso porque não é você que vai engordar, ganhar barriga e perder as suas roupas... - ela continuou com o chilique - Ah, meu Deus, eu devo estar super inchada...

"Hormônios... Malditos hormônios".

- Você está perfeita como sempre! Quando sairmos da sua mãe nós vamos no shopping e eu compro umas roupas novas para você!

- Mas eu não quero roupas novas... - Mari fez uma voz manhosa - Eu quero as minhas normais... - ela se agachou lentamente.

Em questão de segundos, lágrimas começaram a rolar pelas suas bochechas. Ela estava chorando feito uma condenada por conta de roupas. Mas eu não poderia culpa-la. Repito: "Hormônios... Malditos Hormônios!". Me levantei da cama onde assistia toda a cena, me ajoelhei ao seu lado e a encaixei entre minhas pernas.

- Princesa... - segurei o seu rosto e o posicionei contra o meu peito.

- Eu amo o nosso filho! Do fundo do coração! Mas eu não quero sofrer as consequências de uma gravidez... As náuseas, os desejos, o meu humor se alterando toda hora, eu não durmo certo há muito tempo e as alterações no meu corpo...

Eu estava com dó dela. Se pudesse, pegava um pouco das coisas que a incomodavam e passava para mim. Essa noite, acordamos três vezes. Sim, ACORDAMOS. Fiz uma nota mental de todas as vezes que Mari foi no banheiro vomitar. É claro que eu ia atrás dela para ajudá-la a segurar o seu cabelo e evitar que ela dormisse no chão do banheiro. Isso era estranho. Ela não tinha enjoos matinais, ela tem enjoos "madrugais".

- Vem! Levanta! - a puxei para cima - Senta aí na cama que é a minha vez de fazer as coisas!

Fui até o guarda roupa e comecei a fuçar nas roupas dela. Peguei um vestidinho solto floral e uma sandália para ela. Entreguei em suas mãos a escolha. Eu sabia que a barriguinha dela (que não alterou praticamente nada desde o começo da gravidez) não iria aparecer através do tecido e ela não teria o que reclamar. Saí do quarto e fui esperá-la na sala. Ela não tardou em aparecer, com um rabo de cavalo em seus cabelos negros e a roupa escolhida por mim. Ela estava muito linda. Na verdade, sempre foi. Meu filho tem muita sorte de poder chamá-la de mãe.

- Pronta?! - me levantei.

- Hu-Hum! - ela murmurou.

Fui até a porta, a abri e saímos rumo à garagem. Hoje era domingo. Iríamos nos revelar aos nossos pais.

11:34 da manhã

- G-Grávida?! - minha mãe gaguejou - Eu vou ser vovó?!

- Sim, mãe! - respondi com um sorriso, segurando Mari pela cintura.

- Ah... Querida... - minha mãe veio até ela - Eu estou muito feliz por vocês! Se você precisar de qualquer tipo de ajuda eu estou aqui, ok?!

- Claro, senhora Agreste! - Marinette retribuiu o sorriso meio envergonhada.

- Emilie! Somente Emilie!

- Claro, Emilie! - ela se corrigiu.

- Mas eu ainda estou brava com você, Adrien Agreste! - minha mãe acertou meu ombro com um tapa - Se casou e nem me avisou! E quantos meses meu netinho tem?

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