O que agente faz?

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                                                                JULIETTE



                 Meu Deus do céu, que noticia foi essa, quando dizem que Deus te capacita para tudo, é verdade, porque foi só olhar para esse menino e me ver nele, o olhar de abandono, o olhar perdido de tanto faz, o bixinho tava morrendo de frio e não reclamou o pediu nada, tão acostumado a isso, eu acho, meu coração dói por ele, ele não abriu a boca, nós nem sabemos se ele fala, a roupa estava em frangalhos e encharcada da chuva misturada com urina, os cabelos tavam grudando de tão sujo tive que lavar cinco vezes, saiu um caldo sujo, esse menino estava jogado sem cuidados, as unhas estavam enormes e sujas, consegui tirar foto de tudo, do estado que ele chegou, ele tinha marcas  de surra ou briga, documentei tudo,  fiz o procedimentos corretos, amanhã temos um mundo de coisas para resolver, cortei o cabelo um pouco, cortei as unhas das mãos e dos pés, os ouvidos do menino estavam tão sujos usei dez cotonetes para conseguir deixá-lo limpo, foi uma saga, os olhos azuis incriveis não sairam de mim para nada, fiquei conversando e elogiando ele, para ele não ter medo de mim, quando ele tava todo limpo eu me dei por satisfeita e enrolei ele na toalha, sequei os cabelos no secador, tá muito frio para ficar molhado, peguei a mão dele e descemos as escadas, ele desceu debagar acompanhando meu ritmo e segurou minha mão um pouco mais forte, eu sorri por que é protetor igual ao pai, desceu o caminho todo olhando meus pés e paertando minha mão, quando chegamos na cozinha Rodolffo tava sozinho colocando comida, ele colocou um prato cheio com salpicão para o filho e um copo de suco de maracujá que Bia fez com certeza para ajudar.

Ele me entregou  o meu cheio também, e sentou no meu outro lado, fiquei no meio dos dois, Allonso dava olhares desconfiados no pai dele, e Rodolffo nem disfarçava o olhar no filho, o bixinho tava com tanta fome que mal respirou,  Rodolffo perguntou com a voz baixa e controlada.

-Cê quer mais?

Vi ele acenar mais e vetei

-Não!

-O que Muié deixa o menino comer, o quanto ele quiser, coisa mais feia, vou botar mais procê.

-Não Rodolffo... Allonso você ainda sente fome, ou só está preocupado que vai demorar a comer de novo?

Ele deu de ombros, e parei de comer e peguei a mão dele.

-Olha para mim Bebê, não precisa comer mais se você já está cheio, prometo que quando tiver fome pode comer, sempre que quiser, Olha deixa eu mostrar você.

Peguei a mão dele, e puxei ele para geladeira.

-Você pode vir aqui  e abrir a geladeira, e pegar o que quiser, olha tem Iogurte, temm achocolatado, tem suco, tem frutas, ali no armario tem biscoito,  se tiver com fome pode vir aqui e pegar tá bom, mas agora se comer mais cê vai passar mal.

Ele acenou e Rodolffo tinha saido da cozinha com certeza tinha ido chorar, estamos descobrindo só agora as dificuldades que o filho dele passou, para ele isso pe terrivel, porque ele nunca passou por isso, sempre teve pais maravilhosos, nunca precisou passar um dia de fome e graças a Deus por isso, mais o filhinho que ele nem sabia que tinha, ja enfrentou muita coisa e aparentemente sozinho, isso deve doer demais nele, essa dor jpa ecooa em mim a anos por isso é mais facil lidar com isso.

-Prometo que ninguém vai brigar se quiser comer, é só pegar ta bom?

Ele concordou de novo.

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