As férias de verão chegaram junto com uma coragem de contar um sentimento antigo, mas tão forte e firme como aço. Um sentimento de anos, que continua no mesmo estado, sem nenhuma mudança física, apenas química. Cada vez mais, esse amor aumentava e surgia novas substâncias, novos sentimentos junto com novos momentos, novos pensamentos, novas discussões — tudo com uma pessoa, tudo para uma pessoa.
Gojo Satoru é um tipo de cara que eu particularmente detesto: chato, arrogante, mesquinho, narcisista, piadista, viado e fofoqueiro. Mas como nos clichês de televisão, fomos de inimigos para amigos, e consequentemente amantes, o problema é que: somente eu amava romanticamente. Apenas eu, e isso doía.
Gojo brilhava e queimava, dentro dele e dentro de mim. Ele me curou, ele me salvou, mas também me queima com sentimentos inexplicáveis, inquietos e impossíveis de guardar.
Meus pais me abandonaram quando eu era criança, me deixando com traumas, medos e diversos machucados na frente de um parquinho. E essa foi a segunda melhor coisa que alguém já fez por mim, a única coisa boa que meus país fizeram para mim, foi me abandonar.
Eu estava paralisado no balanço e quando uma voz que me perguntou se eu queria brincar e um ser entrou no meu campo de visão, meus medos se foram e eu descobri a diferença entre sol e estrela. O sol estava nos olhos daquele garoto, e ele olhavam para mim. Meu pai me castigava quando eu chorava, não conseguia chorar a 2 anos, mas quando eu o olhei, meus olhos se transformaram em uma cachoeira.
Ele me abraçou, me perguntou se eu estava bem e se nós nos tornasemos amigos, eu iria ficar feliz. Eu apenas perguntei com a voz baixa, pelo longo tempo sem falar: Nós somos amigos? E ele sorriu, tão brilhante quantos os olhos, estendendo o dedo mindinho e entrelaçando ao meu: Para sempre.
Essa foi a primeira melhor coisa que alguém já fez para mim.
Era inevitável sorrir com a memória, de quando eu passei a viver. Gojo também não tinha pais, mas não morava em um orfanato, por um motivo desconhecido por mim por um curto tempo, ele morava sozinho. Uma criança de 10 anos morando sozinho, inacreditável e inaceitável.
Eu passei a viver com ele, e fiz outra descoberta: A diferença entre morar e viver. Com os meus pais, eu morava. Com gojo, eu vivia.
De vez enquando, vinha um velho metaleiro ver o gojo. Fiz uma imensa de lista de motivos para odiar ele, e concordo plenamente até os dias de hoje.
Ah, os dias de hoje. Quando eu percebi, eu era um dos melhores feiticeiros junto com gojo, também professor. Ele havia crescido, continuava bonito, e com a mesma personalidade forte e estúpida dele.
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Ocean eyes | Gojo + Geto
RomanceEm uma férias de verão, geto relembra o início de sua vida e se declara para o motivo dela, seu melhor amigo, gojo satoru. ☆ short fic & sem smut.