Epílogo

735 100 49
                                    

─ Sato não se coloca a cobertura do bolo assim, queremos um coelho, não um cocô.

─ Cala a boca e confia amour.

─ Existe coelhos coloridos? — perguntou eva, ao lado de sua irmã, hera.

─ Claro que existe, se humanos podem pintar o cabelo por que os animais não? Deve existir varios animais punk pela selva! — disse serio.

─ Jesus sato, não estrelas, não existe coelhos coloridos.

Gojo mostrou a lingua, enquanto colocava um olho no cupcake.

─ Tcharam! — ele levantou o cupcake horroroso como se fosse uma obra de arte, hera engasgou com a água numa tentativa falha de segurar a risada, eva deu batidas nas suas costas enquanto ria, também ri em conjunto.

─ Parece o emoji de cocô, só que estranhamente colorido — disse eva após ajudar a sua irmã, ainda aos risos.

─ Vocês não sabem o que é arte! Meu cupcake além de maravilhoso está delicioso! — mordeu um grande pedaço do cupcake, soltando ar pelo nariz e fazendo cara de bravo.

─ Claro vida, claro — ria enquanto ia em sua direção, logo o abraçando — agora vai com as crianças ver se está tudo certo para irmos a praia enquanto eu decoro os outros cupcakes, por favor — sorri para ele.

─ Hm — sua cara de bravo desapareceu — venham destruidoras de arte — foi em direção a sala, sendo seguido pelas baixinhas, sumindo todos do meu campo de visão.

Peguei o chantilly branco e comecei a decorar, com um sorriso no rosto.

Após aquele nosso piquenique na praia, aproveitamos o resto da praia de verão, e da vida. Voltamos a morar junto alguns messes depois, na casa de gojo, foi uma briga danada para ele arrumar a casa, mas no fim ele arrumou.

Depois de um tempo, ele fez seu primeiro papel de ator numa novela de comédia, que bombou e ele se tornou mais famoso. Continuo sendo apenas feiticeiro jujutsu, às vezes pegando alguns trabalhos do meu agora, marido. Mas também tinha um novo hobby: malhar. Eu já tinha uma estrutura forte e acabei ficando mais, não ao ponto maromba, porquê esse não é o meu objetivo.

Num dia desses voltando da academia, tive uma sensação ruim, e entrei numa floresta que havia ali perto. Uns 100 passos depois, encontrei hera e eva, machucadas, magras, quase desmaiando. Eu as levei para a delegacia, e descubriram que elas eram abusadas pela sua mãe e padrasto, o qual matou o pai delas e conquistou a sua esposa. Não queria deixar que elas fossem para um orfanato, nunca estive em um, mas já senti a dor de não ter país. Não era apenas por dó, era um dos motivos? sim, mas eu sentia um sentimento a mais por elas.

Conseguimos a guarda das garotas, que futuramente, descobri que elas eram estrelas, as nossas estrelas. Foi difícil no começo, nos aproximar e ajudar elas com os traumas, mas com o tempo os traumas foram desaparecendo e cada vez mais aquele sentimento aumentava, e eu descobri o que era.

Senti por gojo amor de amigo, amor romântico, amor sensorial, amor sexual e agora por nossas filhas, amor fraternal.

Ainda sorria quando terminei de guardar os cupcakes já decorados na cesta, também havia arrumado a cozinha e retirado o avental. Agora, andava em direção a sala. Gojo estava brincando de pega-pega com as crianças, bagunçando a sala em meio a risadas e gritos.


Encostei a cabeça na parede e os observei até o fim do jogo, onde eles riam sentados ao lado da outra cesta, com a toalha de mesa e outras coisas para o piquenique.

─ Prontos? — eles olharam para mim, pegaram as cestas e se levantaram, ainda sorrindo.

─ SIM! — gritaram juntos.

Abri o portal na sala, e os três saíram correndo para dentro do portal, fui logo atrás sorrindo. Eu amo eles mais que tudo.

Nosso dia foi alegre, como os próximos que virão. Rimos, lembramos, corremos, choramos e gritamos novamente. Nosso tempo era bom porquê estávamos juntos, não existia mais o frio ou o medo na hora de dormir, mesmo separados, estávamos juntos. Juntos, descobrimos o que é família, e nos encontramos nessa. O sol, a lua e as estrelas juntos, sempre juntos independente do tempo.

FIM

Ocean eyes | Gojo + GetoOnde histórias criam vida. Descubra agora