II

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Sentiu a cama macia abaixo do seu corpo e suspirou, tinha acordado finalmente, mas não tinha se dado ao trabalho de abrir os olhos, apesar de ter dormido, ainda estava cansado até mesmo para fazer uma pequena e simples ação como essa.

É claro que o que aconteceu há pouco havia sido só um sonho, um sonho maluco e sem cabimento algum.
Não tinha com o que Jimin se preocupar, afinal. O cansaço o fez ter sonhos estranhos, essa era a única explicação plausível, jamais teria como alguém dizer que o que aconteceu foi real e não um reles delírio de sua mente exausta.
Jimin precisava de mais tempo livre e isso é um fato que se concretizou com esse sonho sem sentido.

Ele com certeza tinha apagado no momento em que se deitou, sequer se lembra de ter feito suas orações ou de ter tomado banho, aliás, não se lembra nem de ter deitado em sua cama.
Virou o seu corpo para a parede gélida, abraçando um grande pedaço de seu cobertor para poder ficar cem por cento confortável e conseguir adormecer de novo, suspirou em satisfação quando encontrou a posição perfeita.
Ele estava quase dormindo de novo quando escutou um barulho em seu quarto, reconhecia esse barulho muito bem, a cadeira acolchoada que ficava na frente de sua mesinha de estudos vivia produzindo estalos metálicos, especialmente quando alguém se mexia muito bruscamente sobre ela, até hoje Jimin não conseguiu descobrir a origem desse ruído, poderia ser apenas algum parafuso solto, ou algo assim.

Se remexeu sobre a cama e decidiu ignorar, as vezes o vento forte entra pela janela e atinge a cadeira, fazendo o "clic" ecoar, é, com certeza foi isso.

Se Park Jimin se virasse nesse momento, veria uma cadeira vazia e nada mais, não teria porque ter medo de uma cadeira, não é?

Ele repetia isso em sua mente como se fosse um mantra ou uma oração fervorosa, ele queria convencer a si mesmo de que aquela era a verdade, mesmo tendo as suas sérias dúvidas.
Permaneceu de olhos fechados enquanto o silêncio voltou a prevalecer sobre o cômodo pequeno, a ideia sobre o barulho ter sido causado pelo vento estava começando a se tornar mais firme e sólida.

Mas como se fosse para contradizer os pensamentos de Jimin, o ruído ecoou novamente, não teria como ter sido a brisa de novo, parecia que havia alguém ali de fato, se mexendo sobre a cadeira.

Em um movimento rápido, Park Jimin virou-se na direção contrária a qual estava, seus olhos ainda se mantinham fechados, agora estavam também franzidos, juntamente ao cenho preocupado e assustado.
Respirou fundo, não poderia ficar de olhos fechados para sempre, Jimin estava uma pilha de nervos e precisava se acalmar.

Conte até dez, sussurrou a vozinha de sua consciência, ora, por que não pensou nisso antes? Contar até dez sempre ajuda qualquer pessoa a se acalmar.

Um, dois, três, quatro, cinco,
(Não há nada na cadeira, assim como não havia nada no quarto ontem)
seis, sete, oito,
(Foi tudo fruto da minha imaginação, foi só um sonho, um delírio)
nove,
(Só um sonho)
dez.

Em um surto de coragem, o garoto abriu os olhos, focando-se primeiramente na cadeira que tanto estava lhe dando dor de cabeça agora.

De repente o ar faltou em seus pulmões, seus olhos se arregalaram até as iris parecerem amêndoas graúdas e gigantes, suor frio começou a escorrer por sua espinha.

O rapaz estava ali, o mesmo maldito rapaz estava ali.

Jeon Jungkook estava sentado bem em sua frente.

Depois de tanto tempo...

Um sonho é o caralho, Jimin havia enlouquecido de vez ao ponto de começar a ver coisas vívidas bem na sua frente mesmo depois de acordar de um sono profundo.

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⏰ Última atualização: Jul 04, 2021 ⏰

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