𝐂𝐇𝐔𝐕𝐀 || 𝐂𝐇𝐈𝐅𝐔𝐘𝐔 𝐌𝐀𝐓𝐒𝐔𝐍𝐎

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As nuvens carregadas e cinzentas faziam a biblioteca parecer melancólica. Meu corpo inteiro tremia, e nem mesmo o casaco grosso que vestia era capaz de me esquentar.

Eu segurava fortemente o livro com o título "Minha alma gêmea". Consequentemente um de seus ensinamentos me chamou a atenção:

"Quando você conhece alguém e seu coração bater rápido, suas mãos tremerem, os joelhos ficarem fracos, essa não é "aquela pessoa". Quando você encontrar a sua alma gêmea você vai sentir-se calmo, sem ansiedade e sem agitação" 

E a única coisa que pensei foi "Além de brega é mentiroso? "  

Zoha dizia que sua alma foi dividida em duas, e você sempre vai ter o sentimento de solidão, ou que falta algo, até encontrá-la. Na China era conhecido como Akai Ito, o tão famoso fio vermelho.

Saber que pessoas ainda acreditam e ficam iludidas com apenas essas frases bobas fazia meu sangue ferver e uma careta se formar no meu rosto.

Sinto um leve carinho ser feito no topo da minha cabeça. Pelo susto repentino acabo levantando da cadeira na qual estava sentada, o barulho estrondoso que ecoou por todo o ambiente foi inevitável.

—Sua puta vadiazinha! Você quase me matou de susto, merdinha do caralho — Volto a me sentar na cadeira e tento ignorar a presença do irritante garoto 
que estava –infelizmente– respirando o mesmo que eu. 

— Você deveria ser menos agressiva, amorzinho — Um sorriso surgir nos lábios do Chifuyu — Vai me mostrar o que tanto lê ou eu vou ter que descobrir sozinho? 

Encarei os olhos azulados procurando algum sinal de ironia ou deboche, mas não encontrei nada. Suspirei frustrada antes de entregar o livro em suas mãos.

Eu e Matsuno éramos amigos desde que nos entendemos por gente, crescemos e estudamos juntos, vivíamos grudados um no outro. Infelizmente essa vida não durou muito por conta da sua amizade com Baji e seu cargo na gangue da toman. E que mudou drasticamente após a morte de Keisuke.

Chifuyu me usava para esquecer aquele maldito dia e sempre que podia tentava se reconciliar comigo, seja me incomodando em brechas durante o intervalo ou na saída do colégio

— Tenho que ir  — Joguei todos os meus cadernos na mochila e saí o mais rápido possível daquele lugar sufocante.  

Não era minha intenção magoar ninguém, mas eu só estava cansada. Eu era a segunda opção há pouco tempo e agora ele quer voltar como se nada tivesse acontecido? Puta merda, isso é escroto pra caralho 

Comecei a correr o mais rápido que podia, mesmo sentindo minha roupa e cabelo molhado não parei.

fodase tudo.

Quando senti as lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto, minha visão ficou borrada eu finalmente me permiti dar uma pausa. Olhei em volta para ter a noção de onde estava, vi um balanço de criança. Um parquinho no fim tarde? Eu estava no fundo do poço.

Me sentei e fiz impulso para balançar. O vento frio e a chuva não me abalaram em mais nada, no momento só sentia uma paz inexplicável.

—Você tava chorando? —Não precisei abrir os olhos para saber de quem era a voz. O mesmo deu um suspiro frustrado e sentou no outro brinquedo —Brincamos aqui uma vez, deveríamos ter uns nove anos.. — Não via suas expressões, mas era óbvio que ele sorria igual bobo — Sinto falta daquele tempo.

—Eu também sinto — Apertei minhas mãos na corrente e abri meus olhos. — Você praticamente me abandonou, tenho medo que isso se repita novamente. — Abaixei a cabeça envergonhada 

Alguns minutos –que pareciam eternidade– se passaram antes de ouvir o barulho do balanço parar e ver seus sapatos sujos na minha frente.

— Me desculpe. Fiquei tão eufórico com a Toman que esqueci dos seus sentimentos. —Senti suas mãos levantarem meu queixo — E me desculpa pelo o que vou fazer agora

Em um movimento rápido senti ser puxada pela nuca. Seus lábios gelados agora estavam grudados no meu, aos poucos o garoto pede passagem com a língua e eu cedo de imediato. Não era um beijo sincronizado como eu imaginei que seria, ele era urgente, desajeitado e molhado.

Nos separamos e permanecemos de olhos fechados um perto do outro enquanto tentávamos recuperar o fôlego.

— Lembra daquele livro que você 'tava lendo? — Murmurei um "sim"  — Seu coração acelera quando está comigo?

— E você acha que é minha alma gêmea? — Me afastei um pouco para olhá-lo melhor

— Ainda tem dúvidas? —Ele me abraçou forte antes que eu pudesse respondê-lo

E a chuva parecia acolhedora para ambos.

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notas:
eu esqueci q hj era domingo, dsclp o atraso

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RAGNAROK, 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄 𝐓𝐎𝐊𝐘𝐎 𝐑𝐄𝐕𝐄𝐍𝐆𝐄𝐑𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora