2° - Que homem.

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21 de dezembro de 2020

Grécia

Narrado por Sebastian

Passar o dia anterior jogado na cama do hotel foi o suficiente para repor minhas energias, já me encontro pronto para aproveitar cada metro quadrado desse lugar, e para descobrir quem é ela, meu subconsciente me lembra. Não deixei de pensar em quem é aquela mulher nem por um segundo. Não a vi aqui nos dias em que estive hospedado e nem nos arredores, portanto deduzi que seja uma turista também, mas pretendo confirmar minhas deduções.

O clima raramente se altera aqui, e o sol já está estonteante. Visto uma bermuda, pego a toalha e os óculos e me retiro do quarto, há cerca de umas cinco piscinas nesse hotel, e hoje preciso de um banho em pelo menos uma delas. O percurso é de puro tédio até o hall, dezoito andares escutando música de elevador, ninguém merece.

Avisto Don deitado em uma das cadeiras de banho observando Erin, que parecia uma criança na piscina. Eles formam um belo casal, desde que o conheço ele sempre foi apaixonado por ela, e nunca excitou em pedi-la em casamento. Não acho que isso seja uma coisa necessária para a vida, é facilmente possível viver feliz e sozinho. Há alguns anos me encontrei em uma situação como a do Don, um pouco mais conturbada, mas parecida. Conheci a Ale há seis anos, e no começo tudo eram flores, uma maravilha, eu estava convicto a pedi-la em casamento, planejávamos filhos e a mudança para a Espanha já estava praticamente acertada, porém com o tempo sua loucura começou. Eu sequer podia aceitar um papel que já era motivo de a causar ciúmes, principalmente quando meu personagem fazia um par romântico com alguém, ela pirava. Fazem dois anos que não estamos mais juntos, meu trabalho em primeiro lugar, sempre. Dois anos desde que ela não para de me ligar e encher meu celular de mensagens, um verdadeiro inferno.

Meus pensamentos são afastados quando a vejo novamente. É impossível deixar de observar como o biquíni espreme seus seios, porra. Hoje ela veste uma saia longa um tanto transparente. Seus passos são largos até o quiosque a minha frente, onde ela se senta e parece tentar se comunicar com o barman.

21 de dezembro de 2020

Grécia

Narrado por Lis

Visto o biquíni e logo em seguida a saída de banho branca, essa cor realmente me valorizou. Alcanço os óculos e a carteira e me ponho a descer para o hall. O dia está ótimo novamente, aproveitei a tarde ontem para ir ás compras, os centros estão lotados de turistas para as festas, portanto não pretendo ir para lá tão cedo. Decido curtir as piscinas do hotel hoje, o sol com certeza me renderia um ótimo bronzeado.

Assim que coloco os pés do lado de fora do hotel avisto ele... o quiosque parecia me chamar a cada passo que eu dava. Nunca é cedo demais para uma bebida, certo?

- Um martini, por favor! – Peço para o barman alto do outro lado do balcão.

- Synchóresi? Den miláme Angliká – Que porra é essa?

Eu deveria ter seguido os conselhos dos turistas do Google, um dicionário aqui fará muita falta.

- Perdón, hablas espanõl? – Digo.

Como um hotel desse porte contrata pessoas que não falam mais de um idioma? Eu vou morrer de sede, com certeza.

- Éna martíni gi 'aftín kai éna ouíski gia ména. – Ouço uma voz rouca pronunciar atrás de mim. – Achei que estava precisando de uma ajuda.

Encaro os olhos azuis penetrantes do homem... que homem.

- Obrigada. – Digo tentando recuperar meu fôlego. – Pensei que fosse morrer de sede. – Brinco.

Seu sorriso é perfeitamente alinhado, e seus músculos parecem ter sido esculpidos por deuses. Céus.

- Sebastian, prazer. – Ele diz estendendo a mão.

- Lis, o prazer é todo meu. – Digo retribuindo seu cumprimento. Sinto um calafrio no instante que ele deposita um leve beijo sob minha mão. Cavalheiro, eu diria.

- Posso te acompanhar? Caso precise pedir mais uma bebida – Ele diz rindo.

- Será ótimo – Sorrio – Vou precisar de um tradutor mesmo... e uma companhia não será nada ruim.

Sebastian pega nossas bebidas e me guia até uma mesa de frente para a piscina principal. Atrás da mesma é possível observar uma parte das paisagens naturais de fora do hotel, ótima escolha de lugares. Há algumas pessoas nadando e outras tomando sol, mas nada que atrapalhe uma boa conversa. Se é que eu consigo me manter firme para conversar com este homem de corpo perfeitamente esculpido e vestindo apenas uma bermuda. Ninguém é de ferro, não é mesmo? 


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E quem é que conseguiria manter o fôlego perto desse homem? Hhahahah

Mais um fresquinho, sinto um cheirinho de romance no ar... ou de algo mais quente rs. 

Espero que não se incomodem com a tradução, busco sempre manter vocês o mais entretidos possível na história. Eu realmente não sei se está cem por cento correto, mas achei legal para aprofundar as sensações da personagem hahaha. Espero de coração que gostem. 

P.s não haverão mais diálogos em grego, JURO!

Beijos for all. 

Lovursellf.

High EnoughOnde histórias criam vida. Descubra agora