capítulo 01- O começo do louco.

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Londres...1980

- Mamãe , vou alimentar os patos.

- Tudo bem querido, não saia de lá.

Alexandre Edwards era um garoto bom. Desde cedo muito inteligente. Aos 8 anos ele já fazia cálculos difíceis  e resolvia enigmas em uma fração de tempo pequena. Ele já chamava atenção das grandes universidades para o seu potencial. Era um pequeno prodígio.

Apesar do talento, seus pais não permitiram que ele pulasse as etapas da juventude e ele estava enfrentando o mais difícil dos desafios, a escola primária.  Seu intelecto invejável e sua facilidade de se destacar atraia muitos olhares negativos, principalmente dos alunos mais velho. Por isso frequentemente ele era intimidado e agredido pelos meninos das turmas de 11 e 12 anos. Eles rasgavam seus livros, jogava suas coisas na lixeira e enchiam seu armário de insultos, quando não o trancava no banheiro e aplicava castigos pesados para crianças, mesmo que arruaceiras.

Ele não tinha força física e a única ajuda que tinha era de Lucy, uma garota da mesma turma dos agressores que sempre lhe salvava quando podia. Como ela era representante de turma todos a respeitava.

Mesmo assim ele não tinha amigos , e sua única companhia era os patos do central parque, onde todo fim de semana ele ia com seus pai e ele os alimentava e conversavacom eles. Com os patinhos eles dívida seus medos e toda amargura que passava.

Mas naquele dia em especial, algo viria acontecer , algo que mudou completamente o rumo da sua vida.

Enquanto estava destraido alimentados os patos, os agressores de sua escola que faziam arruaça no parque o viu. Se aproximaram e como se fossem amigos sentaram ao seu lado.

Théodoro Beringui era o mais velho deles , o que sempre exitava as agressões. Já havia repetido de ano 3 vezes, ele já devia ter saído do primário.mas sua vida de valentão arruaceiro o impedia de seguir em frente , então suas notas continuavam caindo e ele continuava repetindo de ano e fazendo a vida dos jovens mais tímidos e fracos infeliz.

- Olha só quem está aqui galera. O mini Einsten._disse sorrindo.

Alexandre olhou para trás , os pais estavam intrertidos com o irmão mais novo, ele rezou para que eles olhasse para ele mais isso não aconteceu.

- Vem amigão , vamos da uma volta.

Os garotos como se fosse amigos levaram Alexandre pra longe da vista dos pais.

Próximo ao parque de areia, onde estava mais vazio eles o encurralou em uma roda.

Atrás ficava a entrada pra floresta nacional, onde era proibido entrar sem um guia.

Alexandre ficou de costas enquanto os garotos ficaram na frente dele.

- Não esperava ver sua cara hoje. Achei que você não saisse de casa pra não sujar a roupinha.

Os garotos riram . O pequeno Edwards abaixou a cabeça envergonhado, meio constrangido.

- Olha pra mim quando eu falar com você !

Théodoro empurrou Alexandre que caiu sentado se apoiando na mãos   que acabaram feridas.

Já preparado pra enchurrada de socos e chutes, Alexandre protegeu o rosto e a cabeça. Ficou deitadinho em posição fetal como sempre fazia. Mas dessa vez a surra não veio.

Ele abriu os olhos e os garotos estavam correndo amedrontados indo em direção de onde vieram.

Ele ficou confuso, se levantou limpando a roupa e quando olhou pra trás um garotinho ruivo o encarava.

- Quem é você !?

Ele não respondeu. Olhou para trás como se procurasse algo.

- Você está perdido ? Onde você mora ?

Já tendo percebido que o filho havia sumido, os pais de Alexandre o procurava chamando seu nome pelo parque.

- Eu tenho que ir. Meus pais estão me procurando. Você vai ficar bem ? Quer que eu peça pra eles te ajudar ?

- Desculpa.

- O que ?

De repente o jovem garoto se traformou em um lobo de pelo Marrom.

Alexandre assustado fez mensão de correr mas o garoto/lobo mordeu seu tornozelo.

Desesperado e gritando por socorro enquanto se contorcia no chão ele viu o lobo ir embora, entrou na floresta e sumiu em seguida.

O primeiro a lhe alcançar foi seu pai.

- Filho ! Tá tudo bem !? Meu Deus! O que aconteceu !?

- Um...um...lobo.

- Não tem lobos nesse lado da floresta Alexandre !

- Eu vi ! Eu juro, ele era um garoto , aí virou um lobo !

A mãe de Alexandre se aproximou já desesperada pelo ferimento que sangrava muito.

- O que aconteceu !?

- Acho melhor levar ele pro hospital logo , já está falando nada com nada.

- Mas papai ...!

- Chega Alexandre ! Não fale asneiras impossíveis !!! Diga logo o que houve e pare de mentir !!

- Não fale assim com ele ! Está assutado !

- Pra criar histórias sem fundamento ele está muito bem!

Enquanto sua mãe desesperada ligava pra uma ambulância. Alexandre encarava o escuro da floresta , que mesmo de dia não exalava muita claridade.

O par de olhos vermelhos apareceram e logo sumiram. Ele nunca esqueceu aquilo, nunca mesmo. E cresceu disposto a provar que não estava errado.

[...]

Alguns anos depois...

Na caverna aconchegante os lobos aguardavam a chegada do novo membro da família.

Os pequenos "lobos híbridos" nasciam como os humanos, um de cada vez.

Knoton, era o alfa dos lobos bracos e sua esposa, Akinoy era a filha mais velha , herdeira dos lobos cinzas que foi dada a ele como símbolo de paz entre os lobos. Mesmo com o casamento contratual, eles aprenderam a se amar e viviam felizes.

Juntos eles tiveram 5 filhotes. Hanoã, o mais velho nasceu da consumação do casamento. O tratado só seria 100% válido quando o primeiro filhote nascesse. Ele já havia seguido um rumo na vida , bem longe dos pais e abriu mão da ser o herdeiro e alfa do clã.

Kyoi era o segundo, atualmente o mais velho. Ele era calmo e protetor , e ao que tudo indicava o próximo alfa. Em seguida vinha os primeiros lobos híbridos gêmeos, Aken e Akyla, um casal. E por último e preste a chegar Kau-En.

Todos viviam em harmonia e paz. Cada espécie de lobo tinha seu território. Knoton liderava 3 deles, os brancos, os cinzas e a elite dourada , que era lobos mestiços que nasciam da mistura dos lobos marrons e brancos com uma pelagem quase dourada.  Os lobos vermelhos e os marrons tinha seus próprios líderes, e não interferia nós outros territórios. Os lobos vermelhos não se traformavam em humanos, assim não eram considerado híbridos.

Todos viviam em seu habitar e na sua área , na maior e mais bela harmonia . E principalmente longe dos humanos.

[...]

Primeiras impressões?

Wolf (Jerrie)Onde histórias criam vida. Descubra agora