capítulo 02 - Herança maldita, seu sangue.

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A respiração estava descompensda, ela se acalmou. Ajeitou a postura e soltou o ar dos pulmões.

A adversária lançou a bola verde pra cima e atacou com a raquete.

Ela se posicionou rebatendo. A plateia vibrava , havia um grande barulho.  Porém,  ela não escutava nada. Era como está em seu próprio mundo.

Ela se mantinha concentrada e nenhum movimento era perdido , respirando fortemente a cada rebatida.

Desistabilizou o adversário , uma bola passada no desespero , ela respirou fundo e rebateu a bola. A pequena bola verde pingou dentro da quadra , a adversária correu em direção a ela , esticou o braço pra tentar alcançar com a raquete, mais por uma pequena distância a bola passou por ela.

A plateia levantou animada. Ela caminhou até rede pra cumprimentar amigavelmente a adversária que a ignorou e se negou a apertar sua mão.

Depois de 3 anos jogando , ela havia finalmente derrotado a campeã e ganhando o campeonato nacional juvenil de tênis.

Depois da premiação e das fotos ela se dirigiu ao vestiário , tomou banho e trocou de roupa pra poder ir embora.

Durante o trajeto do ginásio da escola rival até sua casa ela se encheu de espectativas e esperança, seus momento de glória estava chegando.

Assim que o carro cruzou o portão enorme da mansão seu estomago deu sinal de seu nervosismos.

Um homem abriu a porta do carro para que ela saísse. O grande troféu chamava atenção dos funcionários que abria sorrisos de felicidade. Sabiam o quanto ela tinha se esforçado pra ganhar aquilo.

Recepcionada até a sala o momento então chegou. Seus pai descia as escadas com um tablet na mão concentrado no que fazia.

- Olha papai eu gan...

- Agora não Perrie , estou ocupado_ respondeu sem nem mesmo ter olhado pra ela.

Toda sua alegria e espectativa se foram. Ele nem mesmo havia lhe dado parabéns, nem mesmo deixou que ela terminasse de falar.

A espectativa e a esperança se transformou em raiva. Três anos se dedicando aquilo por ele pra novamente ser ignorada.

Alexandre , que seguia seu caminho pro laboratório parou ao escutar o estrondo de algo quebrando. Voltou imediatamente a sala , achou que alguns dos funcionários havia deixando cair um vaso ou algum copo e ficou surpreendido com os restos dourados no chão.

Algo parecido com o seu tempo de escola. Onde seu pai quebrou seu bi campeonato nas olimpíadas de matemática infurecido pelo assunto dos lobos no jantar.

Ele olhou imediatamente pra sua estante de troféus , mas aparentemente estavam todos lá.

- O que houve ?

Ele olhou insistentemente para as mulheres e os homens na sala, eles  pareciam com medo de falar. Ele então se abaixou nós destroços do troféu. Uma parte estava mais inteira. Nela dizia : " Campeão nacional de tênis juvenil , Perrie luise Edwards , 2021".

O supiro profundo, ele jogou a pequena peça de volta ao destroços e ordenou que limpassem aquilo.

Desde que a esposa morreu ele foge dos probelmas familiares. Então simplesmente pegou seu tablet e seguiu seu caminho pro seu laboratório.

Hora depois ele decidiu voltar ao seus aposentos. Escutou as palavras vinda do corredor.

- Limpem isso antes que o senhor Edwards veja.

- Sim senhora.

- Antes que eu veja o que ?

As mulheres levaram um pequeno susto. Não esperavam vê-lo ali tão de repente.

Elas se referiam a escrita na parede. " Eu odeio essa vida de merda !" Escrito com sangue na parede do quarto de Alexandre.

- Ela cortou a mão quando quebrou o troféu. E não nos deixou ver senhor.

- Mas nós já vamos limpar senhor.

- Não .

- Não !?

- Quem vai limpar é ela. Ela que sujou , ela limpa.

Alexandre caminhou até o outro corredor e bateu na porta chamando por Perrie.

Ele não obteve resposta então entrou.

- Perrie , você não é mais uma criança pra fazer esse tipo de birra... Perrie....Perrie eu estou falando com...

Alexandre nunca sentia nada , era uma pedra quando os assuntos eram familiares. Mas naquele dia pela primeira vez ele soube o que era desespero.

Os lábios roxos, a pele branca e o sangue escorrendo junto com a água na banheira. Ele enrolou ela na toalha e levou até a cama gritando por socorro. Os seguranças da casa era formando em sobrevivência e aplicaram os primeiros socorros até a ambulância chegar.

O homem estava nervoso, revia seus conceitos. Ficou aliviado por istante quando a filha falou.

- Por favor... N-não me ...me salva...por favor ... Me...me deixa morrer !

Aquelas palavras e a mensagem na parede do quarto rodava sua cabeça enquanto ele esperava na sala do hospital. Só podia entrar dois acompanhantes e Perrie optou pelos avós.

Algumas horas depois eles saíram do quarto , havia acabado o horário de visita e agora apenas um podia ficar durante a noite. E como pai que tinha a guarda Alexandre que ficaria.

Levantou rapidamente quando viu os pais no corredor, ele estava preocupado.

- Como ela está !?

- Eu achava que voce era um desastre como filho. Mais você consegue ser ainda pior como pai. Fracassado, é isso que você é.

Ele ficou sem reposta, como sempre.

- Eu devia ter te mandando pro colégio militar, a culpa disso e sua (se referindo a mãe ) que ficou com peninha de vagabundo. Agora essa garota vai ter que carregar pro resto da vida dela o fardo de ter seu sangue maldito. Eu devo ter feito algo de muito errado na vida passada pra ter  você como filho, seu inútil. Sortuda é a Lucy, morreu pra não ter que conviver com esse monte de lixo que é você.

Alexandre estava tentando não chorar. Lucy ainda era um assunto muito forte pra ser dito entre palavras ditas ao vento pra ele suportar.

- Errados foram os médico que não deixaram a garota ir pra perto da mãe. Se eu fosse seu filho , eu também iria querer me matar.

- Já chega ! Vamos embora.

Tremendo e mau conseguia se segurar nas pernas , Alexandre caminhou até o quarto de Perrie. Ela estava dormindo.

Ele entrou no banheiro e trancou a porta. Jogou água no rosto pra tentar inibir as lágrimas. Cravou as unhas na pia até sangrar pra tentar se livrar da vontade de gritar. E olhando fixo pro espelho , com ódios nos olhos ele disse:

- Um dia, você vai ver. Eu vou te mostrar que eu estava certo , e você vai pagar pai ! Você é todo mundo que me ridicularizou um dia!

[...]

Problemas familiares de gerações nesse segundo cap. Me digam o que estão achando ?

Wolf (Jerrie)Onde histórias criam vida. Descubra agora