Pregando uma peça

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Acordei cedo, enrolei no lençol e me sentei no chão da varanda do quarto, em dias normais a vista era linda quando o sol iluminava o lago no início da manhã e no término do dia se despedia lentamente, estava nublado a brisa soprava gélida, o sol escondeu-se sob as nuvens, parece que o tempo prevê que hoje não seria um bom dia. Sempre que acordava era o primeiro lugar que eu gostava de ir me sentava lá por bastante tempo, principalmente quando precisava pensar, acalmava minha mente agitada.
Desci as escadas e me dirigi a cozinha Arthur já havia preparado o café da manhã,eu não fazia Dieta comia o que queria e treinava as vezes, e ainda tinha um corpo bem definido, pernas longas, quadril largo, cintura fina e seios médios e o bumbum era proporcional ao meu quadril, tinha traços bem divergentes das outras garotas, minha pele era mais escura que a delas, os lábios carnudos, olhos castanhos escuros, maçãs do rosto marcadas, nariz fino, os cabelos eram encaracolados e cheios, os mantinha iluminados.
Era muito diferente o que causava muitos burburinhos em meio a famiglia, haviam boatos de que minha mamma era Brasileira, diziam que herdei todas as características dela, era uma mulher linda de tirar o fôlego, teimosa igual uma mula, o que por sinal eu herdei também, papà nunca me disse nada a respeito dela nem mesmo o motivo de ela não ter criado a filha, ainda não havia decidido se queria saber qual foi o destino da minha mamma.
        Depois do café subi as escadas, fiz minha higiene matinal, coloquei um jeans, um pulôver bege e um tênis branco, peguei minha bolsa e a chave do meu carro, desci as escadas e sai.
        Meu carro era um GT-500 preto fosco com janelas escuras e estava coberto por uma fina camada de gelo e folhas de bordo, o chão estava escorregadio tive de me equilibrar para não cair, mas esse é o preço a se pagar quando você não guarda seu carro corretamente, entrei e me dirigi ao Spa, eu iria enfrentar um martírio está noite, mas não estava despreparada.

SPA
Fiz as unhas, depilação total na cera, maquiagem simples, massagem relaxante e retoquei a cor dos cabelos, minha pele brilhava, estava pronta, já havia recebido a confirmação de Arthur que meu vestido e os acessórios já haviam chegado, as 17:00 deixei o spa, dirigi para casa relaxada.

CASA
Estacionei na frente da entrada e me dirigi as escadas, para o quarto, direto ao banheiro e sorrindo tomei banho, hidratei a pele, coloquei o perfume criado especificamente para min o cheiro era uma mescla de hibisco, canela e pêssego, era intenso e marcante, me vesti, soltei os cabelos, coloquei a lingerie preta, sandálias de tiras, e o vestido que possivelmente causaria um infarto em papa, eu estava de tirar o fôlego a cor deixava minha  pele ainda mais bela e destacada.
     Se eu morresse hoje estaria mais bela do que nunca.
    As sete em ponto meu motorista me me aguardava lá embaixo, desci as escadas e Arthur estava ciente do jantar, quando viu o vestido, deixou cair a bandeja que carregava, lancei um sorriso e sai.

PROPRIEDADE DE ENRICO
As oito em ponto minha SUV  passou pelos portões e parou em frente à entrada eu me preparei para a merda que está noite seria, antes de sair do carro coloquei minha hardness personalizada na coxa e coloquei minha 9 milímetros, deixei minha bolsa e celular no carro, eu iria entrar e nada poderia tirar minha concentração, mas antes cheirei uma carreira de coca, agora me sentia preparada para essa noite.
Quando passei pelas portas do salão todos na sala se voltaram para min, não sorri para ninguém nem os cumprimentei alguns acenaram com a cabeça, retribui alguns mas em momento algum um sorriso desabrochou em meu rosto, todos na sala estavam em alerta conheciam a minha fama e sabiam que eu poderia surtar e aprontar a qualquer momento, isso os deixava pisando em ovos. Passei direto por eles e me dirigi ao bar eu precisava de uma bebida, quando encontrei minha  favorita papa apareceu.
- Está muito cedo para começar a beber!
- Ótimo, revirei os olhos.
Ele observou meus olhos e percebeu o que eu tinha acabado de fazer, seus olhos soltaram faíscas em fúria, minha resposta foi sorrir ao seu acesso de ódio.
- Você não deveria fazer isso, o açougueiro não come a carne que vende, querida.
- Você me obrigou a comparecer a esse cerco não esperava que eu fizesse isso sóbria não e papa?
- Você precisa se controlar, vai acabar se viciando nessa merda!
- Vamos ao que interessa quero sair daqui o quanto antes.
Sai de perto do bar depois de ter minha bebida confiscada, andei pela casa inquieta não estava suportando ficar nesse lugar estava me sentindo claustrofóbica, não era muito fã das herdeiras e muito menos elas de min, então segui para a sacada onde consegui respirar aliviada, observei os pinheiros e a propriedade, estava cansada de tudo, olhei para baixo, será que tudo o que eu fiz não está sendo cobrado através dessa existência vazia e infeliz, se eu me jogasse quanto tempo demoraria para perceberem o meu corpo lá embaixo?
- Senhorita?
Uma voz jovial chamou minha atenção.
- sim?
- Você está muito perto da borda temo que possa se machucar poderia se afastar por favor?
Agora eu vou ser incomodada por um pirralho? grande noite!
- Sério?
Acabei sorrindo muito diante do comentário, cheguei mas próximo da sacada travei as pernas na coluna ao lado soltei os braços e fingi que iria me jogar, dobrei meu corpo mais da metade escutando o grito do rapaz a minha frente, acabei rindo muito enquanto ele me segurava pela cintura e e puxava meu corpo de volta.
- E você não é?
Pronto criança, de o fora!
- Quem?perguntei desinteressada.
- A moça que irá escolher um pretendente hoje?
Essa merda piora a cada minuto, revirei os olhos.
- Para o meu desgosto sim. Acabei suspirando.
- Eu sou um de seus pretendentes e um prazer conhecê-la Olívia.
E tão bom quando eles correm de medo, odeio quando são corajosos, fiz biquinho pensando.
Esse aí perdeu a noção do perigo, mas é fofo.
- Quem e voce?
- Eu sou Laito. Disse com euforia.
Não sei porque ainda pergunto.
- Eu sugiro que procure uma moça melhor do que eu Laito, eu não sou o tipo de mulher pra você e muito menos para casar, eu odiaria ter que acabar com a sua vida. Sorri docemente e toquei seu rosto.
- Posso fazer você feliz, disse com olhos pidões, eu acabei sorrindo.
- Um demônio como eu desconhece a felicidade, eu não sou algo que possa ser amado a maldade em meu coração e imensa e contaminaria a bondade do seu.
Disse isso ao garoto a minha frente quando eu tentei me afastar ele percebeu a 9 milímetros na minha hardness, seus olhos se abaixaram a beleza era superficial, se deu conta que eu era feita do mesmo material dos homens na sala ao lado.
Ele saiu da sala e eu permaneci na sacada observando a noite e a bela lua que ocupava o céu repleto de estrelas, até sentir o peso de uma mão que tracejou minhas costas nuas eu senti asco ao toque, no mesmo momento minha arma estava em punho escondida pela fenda do vestido eu esperei o momento certo, eu odiava que me tocassem, nem papa tocava em min, escutei o sussurro ao meu ouvido.
- Ciao Bella Mia, gostei do que disse ao garoto, mas estava tentado a atirar nele, pois ninguém toca no que é meu.
- Voce deve estar equivocado, ele me tocou porque eu permiti, e está completamente louco se acha que eu pertenço a você, acabei sorrindo alto.
- Você vai ser minha!
- Diga-me tem se divertido com os ratos?
- Você não está sóbria?
- Sabe o erro de vocês e me subestimar......eu sei sobre as retiradas, sobre a mercadoria que some ou e interceptada por um de seus homens dentro da polícia, sobre a pressão que está exercendo no conselho e a sua ligação com Pietro, mas sabe você deveria ter feito o dever de casa corretamente!
Suas mãos tentaram se fechar sobre meu pescoço me virei de frente pra ele e apontei minha arma, atirei em seu braço o chutei no saco e pisei em sua cabeça não satisfeita, me sentei na poltrona ao lado de frente para ele atirei em sua perna para imobilizar e fiquei observando querendo mais sangue, eu estava faminta a alguns dias e a fome me deixava maluca, eu queria  sangue mas me contive, agora não era lugar para isso a sala que eu estava inundou de gente todos me observavam com olhares amedrontados e questionadores, papa apareceu em meu campo de visão, não ousei olhar em seus olhos para ver a fúria que se alocava neles.
- Não pensei que fosse ingênuo o suficiente para permanecer no mesmo ambiente que eu sozinho!
Observava o porco gemendo no chão sem reação alguma, cheguei a pisar em sua perna ferida, isso me tirou um sorriso doce.
- Isso e o que vai acontecer a cada um que tentar conspirar contra nós de alguma forma, e não pensem que um homem qualquer pode se casar comigo, eu vou matar cada um que se colocar no meu caminho.
- Olívia...
Eu não ouvi papa, apenas atirei na cabeça do porco  no chão, diante dos olhos de todos os presentes.
Consigliere se aproximou de papa e disse em meio aos presentes e eu entendi suas intenções, ele não queria que papa fosse visto como o chefe que não consegue controlar a filha mimada.
- Sua filha está fora de controle acabou de matar um herdeiro, acusando de conspiração sem ao menos informar ao conselho para julgarmos e agora ameaça matar cada um que tentar se casar com ela, ela foi longe demais, um castigo Enrico isso não pode ficar impune, você é o dom. Disse o consigliere.
- Você acha que não sei disso, acabei sorrindo docemente para o consigliere de papa.
- 30 chibatadas. Papa decretou, eu não estava com medo.
- Seu castigo será em frente a família para que não pensem que mesmo sendo minha filha você sai impune das merdas que faz, tragam a merda do chicote.
Um empregado surgiu com uma bandeja onde haviam diversos chicotes papa escolheu um com esporas nas pontas, droga ele quer que eu me lembre dessa merda.
- Vire - se de costas. Disse firme.
E assim eu fiz me ajoelhei ao chão, coloquei minha 9 milímetros ao lado a aguardei.
- Conte.
A primeira rasgou do meu ombro até o meio da minhas costas, eu arfei mas contei.
- 1.
- 2.
- 3.
Sucessivamente a cada chibatada eu contava, arfava de dor e minhas costas queimavam eu as sentia molhadas, meu  vestido verde estava cortado e ensanguentado e assim eu permaneci firme até a última.
- 29, 30.
Respirei tomei ar, segurei minha 9 milímetros e me levantei com muita dificuldade minhas costas queimavam em vermelho vivo, mas a adrenalina ainda estava em meu sistema, quando me virei de frente para os presentes algumas mulheres estavam horrorizadas alguns dos homens de confiança de papa estavam admirados e eu não sabia o porque, quando dei o primeiro passo fixei meus olhos em papa e afirmei.
- Meu recado aqui foi dado, aguardo ansiosamente pelo próximo!
Quando eu vacilei Laito saiu do lado de sua família, seu pai tentou segura-ló mas ele se desvencilhou e apoiou meu corpo e me retirou da sala aos olhos de todos eu sai com a cabeça erguida apoiada por um rapaz tão jovem.
- Laito afaste-se,  você perdeu o juízo?
- Volto logo papa, não vou demorar!
Sendo apoiada por ele passei por todos os membros do conselho com um sorriso no rosto, papa me olhava com pesar e todas as moças na sala com reprovação, eu não me subjugaria fácil.
- Obrigado.
Quando me sentei no banco de trás do meu carro, agradeci eu não tinha esse costume, mas o fiz ele me impediu de sair de lá rastejando, eu mal suportava meu corpo de pé.
- Henrique vamos para casa.
- A senhora está bem?
- Nem um pouco, acabei sorrindo.
- Deite se de frente senhora, isso ajudará a não obter contanto com o banco.
Fiz o que me foi dito essa porra estava doendo como o cão, assim que me deitei ouvi ele falando ao telefone.
- Arthur chame um médico a senhorita foi ferida.
- Não me parece nada bom!
- Ok, em breve estaremos aí.
- Senhorita? Sente dor?
- Sim.
- Tome isso vai aliviar.
Aceitei o cantil de bebida e o bebi até o fim.
- Obrigado Henrique.
Ele acenou e continuou a dirigir, aos poucos a dor foi diminuindo.

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