Após o jantar ele logo adormeceu colado em mim como se tivesse medo que eu desaparecesse a qualquer momento, velei seu sono esperando o momento em que papa invadiria minha casa e tentaria tirar o que era meu, eu acabei dormindo bem sem pesadelos pela primeira vez na vida, mas tinha o sono leve e no meio da madrugada fui acordada pela falta de controle do meu anjo que se movia sem parar e implorava para que parassem, que o deixassem em paz...
Quando tentei acorda-lo tudo o que ele dizia eram coisas desconexas..
- Porque me abandonou Deus.....não sou digno da tua e misericórdia.... de perdão.....que Deus és tu....que deixa teus filhos sofrerem......espera ser exaltado .....para oferecer o mínimo de alento....meu pecado e tão grave.... a esse ponto?
- Miguel acorde... você precisa acordar..
- Eu renego você.... renego toda bondade que dizem vir com teu nome.... toda graça... houve um tempo que eu acreditarei em você..... mas isso nunca vai acontecer..... quando eu precisei de você.... tudo o que recebi foi dor.... e silêncio....renegarei você até o dia do meu último suspiro....
Eu não era religiosa apenas não acreditava que Deus poderia se importar com um monstro como eu, com tantas pessoas melhores por aí porque se importaria com alguém como eu, que estava perdida em meio ao sangue que sujava minhas mãos, mas ouvir meu anjo em seus pesadelos a forma como falava como se referia a dor que passou me incomodou, não nego que sentia uma pequena parcela de culpa, se eu tivesse mais interesse nas coisas e me preocupasse como me preocupo hoje o teria encontrado antes e evitado por menor que seja um pouco do seu sofrimento, sua dor era profunda e estava sob a sua pele, eu duvidava que ele seria a mesma pessoa de antes, alguém que desce ao inferno que faz morada na dor jamais volta inteiro....
Subi sobre seu corpo e o sacudi, estava preso em um limbo e tudo o que dizia eram coisas desconexas, tentei sacudi-lo e com muitas tentativas consegui acorda-lo seus olhos nublados encararam o vazio, podia ser irônico mas eram os olhos mais lindos que eu já tinha visto, ele demorou a se situar, suas mãos foram a minha cintura e ele segurou firme, seus olhos se fecharam com força, duas lágrimas solitárias rolaram pelo rosto, senti vontade de provar e assim o fiz me inclinei e as lambi, o gosto era salgado mas eu gostei... beijei suas bochechas e a boca carnuda que protagonizava minhas fantasias mais íntimas.... eu sentia vontade de realizar cada uma delas... mas agora não é o momento pra isso....
- Foi só um pesadelo, está tudo bem!
Eu disse enquanto acariciava os cabelos sedosos, embaixo de min a ereção enorme cutucava, me remexi em seu colo querendo ficar mais confortável mas só piorou a situação, eu podia ver o desejo em seus olhos ele precisava da mesma coisa que eu, eu o queria e o teria, eu já vou para o inferno mesmo pensei quando um sorriso deixou meus lábios.
Quando me inclinei sobre seu corpo pude sentir que sua ereção estava firme o que fez com que aflorasse meu desejo, me abaixei sobre ele e beijei todo o seu corpo e quando cheguei ao pescoço deixei muitos beijos ali, mas o que me deixou bem excitada foi o meu anjo que não conseguiu esperar e me beijou desajeitado no início, mas a maneira com que me segurava me fez derreter, suas mãos seguraram firme no meu quadril e ele me beijou como se a vida dependesse disso, afastei de sua boca e retirei a camisola de cetim, você deve estar se perguntando e a calcinha e eu te pergunto quem usa calcinha pra dormir? mas vamos ao que interessa , suas mãos passeavam pelo meu corpo, quando tocou meus seios sua boca veio de encontro aos mesmos, o que me fez contorcer em seu colo, ele continuou beijando meu corpo e quem não suportava mais era eu empurrei seu corpo sobre a cama, beijei sua boca e fui descendo, beijei o maxilar a clavícula e a barriga plana chegando ao membro que pulsava de desejo, o segurei e passei minha língua da base ao topo indo e vindo, sua respiração falhou e seu corpo arqueou, coloquei toda a glande na boca e o chupei de leve, continuei alternado entre a glande e lambê-lo da base ao topo, o coloquei na boca e fui descendo e movendo a mão em sincronia com a minha língua que estimulava seu membro em minha boca, ele era enorme e eu não conseguia colocá-lo todo na boca, mas mesmo assim era uma delicia, eu já estava molhada apenas o chupando. Ele tocava meu corpo com uma adoração mas ao mesmo tempo sua pegada era firme, os pontos em suas mãos raspavam sob a minha pele o que causavam arrepios de prazer, subi procurando sua boca e o beijei faminta, quando ele tocou a pele ainda sensível das minhas costas eu me remexi de tesão em cima do seu membro, em momento algum ele deixou minha boca, sedenta de tesão guiei seu membro a minha entrada e sentei sobre ele devagar...
- Você e tão grande....Arh
Da sua boca saím suspiros, e alguns palavrões, estava tão perdida que não conseguia de cifra-los, mas o que me interessava no momento era as expressões que seu rosto demonstravam e era a mais pura luxuria meu anjo tinha em seu rosto uma expressão pecaminosa, tive a impressão de ver algo a mais era como se algo espreitasse e estivesse esperando o momento certo para se libertar, ao chegar à essa constatação sorri.
Eu me movia em cima de seu corpo com dificuldade, ele era enorme eu me sentia preenchida a sensação era de ser empalada viva, mas meu anjo tinha outros planos, nos virou ainda encaixado em min e nessa posição eu não tinha controle de nada, estava a mercê dele, sua mão direita foi direto ao meu quadril me mantendo no lugar, o braço esquerdo apoiava seu corpo e aquela boca pecaminosa veio de encontro a minha e eu me derreti em seus braços aceitando tudo que ele me oferecia, beijou me com fome e se moveu devagar no início mas quando eu me acostumei, eu gemia ensandecida em seus braços, ele me fodeu ao ponto de eu gritar seu nome para que a porra da casa inteira ouvisse.
- Ahh.... Caralho... mais... por favor
- Sua pele e tão macia....
Sua boca caiu sobre a minha novamente e eu estava perto tão perto, eu já podia sentir a sensação de formigamento da pontinha do dedo do pé aos meus seios e ele não parou me fodendo como se fosse a única coisa que quisesse fazer no mundo....
- Miguel... eu vou...gozar...
Ele acelerou os movimentos e comigo à beira do precipício, inclinou meu pescoço para o lado e me mordeu com força, primeiro veio o choque com o ato eu me debatia e gemia incandescida em seus braços , e um segundo depois um prazer imensurável me fez gozar e aperta-lo em meu interior o fazendo atingir o clímax.....
Ele soltou meu pescoço, virou meu rosto para si e sua boca procurava a minha seus lábios tocavam meu rosto em toda parte e por fim ele me beijou fazendo carinho em meu cabelos que deviam parecer a juba de um leão de tão desgrenhados e eu estava mole em seus braços olhando para aqueles traços angelicais como se fosse uma idiota.
- Você me mordeu... eu disse o óbvio tocando o local sensível, esse louco não estava tentando me marcar estava? Eu me senti como um coelhinho sendo mordido pelo leão no acasalamento, eu sei que a comparação é esdrúxula, mas porra eu me senti assim..
- Machuquei você? Após a pergunta deixar seus lábios, sua face demonstrou pesar..
- Não, mas a casa inteira sabe o seu nome agora. Disse e ele me presenteou com um sorriso lindo.
Eu acho que não consigo nem andar, mas isso foi uma delicia eu quero.... denovo e ... denovo até o fim dos meus dias, acabei sorrindo da minha piada idiota interna, permaneci mais um tempo na cama.
- O que você acha de a gente tomar um banho e ir assaltar a geladeira?
Que porra e essa desde quando eu peço algo?
- Eu estou com fome....
Me levantei e procurei no closet dois robes confortáveis, os deixei em cima da cama e o guiei até o banheiro, Ana já havia limpado toda a bagunça, eu liguei a ducha e regulei até atingir a temperatura ideal, depois eu coloquei meu anjo embaixo e me coloquei lá também, peguei um sabonete e estava a massagear seu corpo nem prestando atenção ao que fazia era como se houvesse uma rotina antiga entre nós mas eu nem liguei, suas mãos subiram em direção ao meu corpo, ele não me deixou terminar me abraçou eu beijava seu rosto com carinho, suas mãos subiram de encontro ao meu rosto, e ele tocou cada parte dele, eu sabia que pessoas que não podiam ver reconheciam outras através do tato era uma forma dele me ver a sua maneira, ele continuou com as orelhas, pescoço e clavícula, satisfeito ele deu mais um Celinho em minha boca.
- Você e linda...
- A beleza e apenas superficial Anjo, não se engane..
Depois de terminar meu banho eu deixei o box enquanto ele ainda se banhava, fui em direção ao quarto e peguei os robes, voltei já vestindo o meu, enquanto ele procurava onde desligava a ducha, entrei novamente no box tentando não me molhar e o desliguei, me virei para ele e coloquei o robe sobre seus ombros, eu me sentia pequena perto dele, ele procurava os braços do robe e eu deixei pois ele precisava ser independente também eu não estaria o tempo inteiro em casa.
Após o banho nos secamos e continuamos com os robes, afinal ele ainda não tinha roupas e eu gostava de ficar confortável, peguei sua mão e o guiei até a cozinha, mostrei onde havia as banquetas e ele se sentou em frente ao balcão eu fui direto a geladeira, peguei queijo, mortadela, alface, tomate e requeijão eu estava afim de um sanduíche bem calórico, eu precisava repor energia e Miguel precisava adquirir peso também estava muito abaixo do seu ideal.
- Precisamos repor as energias....
- Estou faminto..
- Eu também...
Montei os sanduíches e os coloquei no prato, peguei uma caixinha de suco de uva da geladeira e coloquei sobre o balcão, dei a volta me encaixei entre as pernas dele e dei a primeira mordida, ou eu estava morrendo de fome ou aquilo realmente estava uma delícia, peguei o pão e o levei a boca de Miguel que o mordeu com vontade, de seus lábios saiam gemidos apreciando a comida, e eu já estava ficando molhada apenas ouvindo aquilo, porra o que está acontecendo comigo? Por acaso eu virei uma tarada que não pode ouvir uns gemidos? Deixei de devagar e coloquei o copo de suco em sua mão ainda apreciando o sanduíche que não tinha o mesmo gosto de antes pois eu tinha fome do homem a minha frente, fizemos nosso lanche e o barulho de passos foi ouvido por nós dois, Miguel se retesou e eu já estava rodeando a bancada para pegar a arma que eu mantinha escondida ali, eu mantinha uma em todos os cômodos da casa, com a arma em punho eu aguardei quem fosse, com meu anjo as minhas costas sem intender nada do que acontecia a sua volta, eu estava esperando papa invadir minha casa mas não pensei que ele seria rápido a esse ponto.
Quando os passos ficaram mais próximos Arthur entrou no meu campo de visão usando um moletom e descalço.
- Você quer me matar de susto? Disse ainda apontado a arma em sua direção.
- Perdão Senhora não tive a intenção, apenas ouvi alguns barulhos e vim verificar
- Tudo bem, você quer um sanduíche? Disse abaixando a arma.
- Não obrigado, apenas estava verificando se a senhora está segura.
- Obrigado pela preocupação, já pode se retirar estou bem.
Arthur nos deixou sozinho e ouvi meu anjo suspirar como se não respirasse aquele tempo todo.
- Está tudo bem, ele apenas se preocupa demais, vamos dormir já está amanhecendo.
Deixamos a cozinha e já no quarto tranquei a porta e nos deitamos e meu anjo e eu dormimos abraçados.
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Forged in Cruelty
Mystery / ThrillerForjados em sofrimento e angústia, uma mulher cruel e ambiciosa uma alma perdida que abraçou a escuridão para si, um homem quebrado criado em meio ao sofrimento e caos, unidos por um vínculo além do sangue, o destino resolveu pregar uma peça e kar...