Todo o nosso caminho de volta para a casa foi num total silêncio, mas eu não quis soltar a mão de Kirishima por um momento sequer mesmo meu pai nos encarando as vezes na cara dura em alguns momentos, ele ainda estava com a focinheira mesmo eu dizendo que ele poderia retirá-la mas respeitei sua decisão, quero deixar nossa relação o mais calma e aberta possível
Quando chegamos, admirei o olhar dele um pouco, seus olhos brilhavam com cada cantinho da nossa casa e no jardim, coisas que eram parte do meu cotidiano pareciam ser o luxo maximo da vida dele, aquilo realmente doeu um pouco dentro de mim
- Bem Eijiro, esse aqui vai ser o seu quarto. - comentei calma abrindo a porta mostrando o quarto extra de cor neutra - O do lado direito é o meu e para o lado esquerdo dos meus irmãos, mas eles estão viajando fora então você só vai conhecê-los mês que vem... - comentei o vendo se sentar na cama com cuidado - Meu pai providenciou roupas limpas pra você vestir. Quer alguma coisa? - me amaldiçoei por estar jogando tanta informação emcima dele
- Acho que só um banho me ajudaria, muito obrigado. - ele resmungou calmo enquanto se levantava da cama
- Ah é claro. - me apresso e abro a porta da suíte - Você pode tomar banho aqui, eu vou pedir a nana pra fazer um lanche pra você. - sorri fraco o vendo assentir com a cabeça
Assim que fechei a porta do seu quarto, respirei fundo, ele tinha um cheiro amadeirado tão bom que estava me intopercendo sem que eu pudesse perceber, me fazendo tomar mais medicamentos do que deveria, eu realmente não quero causar problemas, ainda mais agora
- Nana, você poderia fazer alguns sanduíches para o Eijiro? - comentei adentrando na cozinha vendo a mulher de meia idade sorrir largo para mim
- É claro! Ele deve estar com tanta fome coitadinho... - ela resmungou alegre enquanto começava a fazer alguns sanduíches - E você como está se sentindo querida?
- Bem, eu acho... - resmunguei sincera me sentando numa das cadeiras - Ainda estou me acomodando com todas essas informações novas, então espero que ao menos, possamos nos dar bem. - sorri de forma esperançosa a vendo sorrir junto
- Espero que dê tudo certo entre vocês, ele me parece um bom rapaz... - ela sorriu pegando em minhas mãos - Eu não queria dizer isso agora, mas eu escutei seu pai numa ligação antes de sairem, parece que ele já está começando a organizar o casamento no civil.
- Eu sei disso nana, ele não demorar muito para dar início a papelada. - revirei um pouco os olhos só de imaginar o que viria vindo dele - Mas eijiro me parece ser um homem bom Nana, eu não sinto medo ou desconfiança perto dele sabe? Não da pra explicar exatamente, só sentir...
- Oh eu sei bem como é isso, me faz lembrar de quando meu marido era vivo, mesmo sendo um alfa nunca ousou sequer levantar a voz para mim. - ela comentou com um brilho tão bonito nos olhos - Eu sinto muita falta dele.
- Oh nana, eu também sinto muito a falta dele. - resmungo a abracando apertado me lembrando do nosso antigo jardineiro o senhor Hakamada, um homem extremamente bondoso que morreu de causas naturais, ele se foi tranquilo mas isso não aplacava a dor da morte
Logo ouvimos passos sobre a escada nos fazendo no separar do abraço, vi Eijiro com o olhar um pouco perdido, os cabelos úmidos do banho e o pijama de cetim davam um ar tão doce nele que mal me remetiam ao homem forte e viril na Duma de algumas horas atrás
- Se sente melhor? - resmunguei de forma calma o vendo assentir um pouco corado, seu rosto realmente não condizia muito com seu porte físico mas era um bom contraste - Nana fez sanduíches, ela cozinha muito bem.
- Isso é bom! - ele sorriu e logo pude ouvir seu estomago roncar alto - Me desculpa, as lutas me deixam um pouco faminto.
- Não há problema algum com isso Eijiro, você está em casa agora, sinta se a vontade. - tentei soar o mais branda possível o vendo se sentar e agradecer a Nana pela comida
Eu quase não comi, eu apenas o fiquei admirando enquanto devorava os sanduíches, ele realmente estava com fome. Era fofo o modo como as bochechas cheias dele cabiam mais e mais comida, os olhinhos arregalados com tudo aquilo, o cabelo vermelho caindo sobre os olhos e possivelmente a nuca mostrando que precisava ser aparado, ele era uma criança grande não podia se negar isso e isso de alguma forma me deixava tranquila
- Você deve estar me achando um morto de fome não é? - ele comentou baixo me fazendo despertar um pouco e negar com a cabeça lentamente
- Não, não! Eu... apenas estava admirando seus dentes. - senti as minhas bochechas queimarem ao dizer aquilo - São diferentes mas são muito bonitos.
- Sério? - ele tombou a cabeça - Eu sempre achei eles meio estranhos. - ele resmungou balançando os dentes entre os dedos - Além de machucarem as vezes! - terminou limpando um corte pequeno no dedo
- Bem, sendo assim os meus também são. - respondi mostrando meu vão entre os dentes - Eles são abertos mas eu não ligo muito pra isso.
- Eles são fofos. - Erijo comentou sério me encarando nos olhos - Bem eu acho eles muito fofos! - me senti como um pimentão naquele momento me deixando sem saber o que dizer
- Bem, muito obrigada. - sorri um pouco mais o vendo repetir o ato - Eijiro por esses dias não vamos nos ver com freqüência... - ele me perguntou o porque - Eu estou na época do cio e ainda estou me acostumando com isso, então eu não quero me descontrolar perto de você ou te forçar a fazer o que não quer. E claro ainda tem a faculdade...
- Eu entendo isso, e vou respeitar sua decisão... - ele sorriu de forma gentil enquanto se levantava - Eu acho que logo seu pai vai começar os preparativos para formar o nosso casamento não é? - assenti com a cabeça confirmando tudo - Bem espero que possamos ser bons amigos até lá. - ele sorriu de forma tão amorosa que me contagiou
- Eu também espero Kirishima! - sorri me levantando o vendo se aproximar de mim - Eijiro?
- Eu posso abraçar você? - ele resmungou meio tímido me fazendo sorrir fraco, ele realmente era um homem doce
- Claro... - resmunguei e logo senti seus braços rodeando minha cintura de forma gentil
O toque dele era tão suave, como se tivesse medo de me tocar, então apenas rodeei meus braços sobre a cintura dele nos aproximando mais, o cheiro dele agora estava mais amena mesmo assim me deuxava um pouco tonta mas seu abraço era tão caloroso que eu não queria sair dali
- Obrigado.
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Notas
Opa minha gente olha quem chegou pra agradar vocês, sentiram minha falta? Eu sei que não
Me encontro com um calo de sangue, uma unha quebrada na carne, duas crises e menstruação, mas olha to viva sksksks (eu vou surta e fodase
