Nós dois caminhamos um bom tempo em total silêncio, minha cara provavelmente estaria bastante vermelha e inchada por conta do choro mas ele parecia não ligar para aquilo, na verdade Kirishima não disse nada desde que me encontrou no antigo galpão me deixando com uma certa pulga atrás da orelha
— Como.... você me encontrou Eijiro? - comento sabendo que é a nossa primeira conversa mais séria
— Eu realmente não sei. - ele admitiu e suspirou fraco me observando — Eu apenas vim deixar umas carcaças de bicicletas usadas de uns amigos meus quando te ouvi...sabe? Quebrando tudo! - ele refez meus movimentos rindo um pouco envergonhado — Você parecia brava com algo então achei melhor te deixar extravasar a raiva pra me aproximar de você.
— Você escutou tudo o que eu falei? - murmurei o vendo assentir com a cabeça com uma expressão preocupada no rosto
— Eu posso perguntar o porque fez aquilo? Parecia que você estava realmente batendo em alguém! - apenas virei o rosto e coçei o meu braço tentando achar as palavras certas
— Ok, eu vou ser sincera com você. - resmunguei encarando nossos pés — Eu estava descontando a raiva dos meus pais... por anos eu me senti como você naquele leilão... apenas um objeto a ser vendido e usado como bem quisesse, essa família é toda desmanchada como um jogo de tabuleiro velho Kirishima, meus irmãos se mudaram pra outro país porque brigaram com meu pai que, alem de tudo isso, não aceitou o Ayoama como ele realmente é. - admiti a verdade o vendo arregalar um pouco os olhos — E então minha mãe volta de uma viagem só pra dizer que o meu vestido de noiva me deixa mais gorda do que eu já sou e todas aquelas merdas que ela me diz desde criança! Eu não aguento mais isso entende? Eu não queria ter nascido naquela familia! Eu não pedi por isso! - senti as lágrimas voltando novamente a mornar meu rosto enquanto eu tapava meus ouvidos tentando abafar os ecos que formavam em meu ouvido, parecia que o mundo era um ruído tão forte, praticamente impossível de suportar
Kirishima apenas me abraçou de volta, num gesto que dizia mais do que todas as palavras do mundo, ao menos eu o tinha por perto, ja que aquela minha familia estava desmanchada como um castelo de areia na primeira pequena onda que batesse
— Eu compreendo tudo isso 'tá bem? E você não precisa mais engolir isso sozinha, nunca mais! Eu 'tô aqui pra te ajudar assim como você está me ajudando agora ok? - ele murmurou colando seu queixo sobre minha testa enquanto eu colocava todo o resto daquele estorvo e dores acumulado pra fora de mim — Porque a gente não vai comer fora pra esquecer essas coisas ruins? Meu 'brô Bakugou, ele cozinha muito bem sabe?
— Claro Eijiro, vamos sim. - sorri da forma mais gentil possível o vendo entrelaçar nossas mãos e me acompanhar até meu carro
Durante o trajeto Kirishima não parou de falar sobre como seu amigo era legal junto com Denki no qual os três dividiam um apartamento numa área de classe media baixa na capital, Bakugou era um veterano assim como ele mas sua antiga parceira se meteu em roubada com alguns caras de gangue e acabou morrendo, logo ele apenas se dedicou a trabalhar para manter o lugar que conquistou com esforço, Denki trabalha no mesmo restaurante que ele e estava sem um lugar para ficar, então juntaram o útil ao agradável
O lugar era totalmente diferente do meu habitual, bastante pessoas nas ruas criancas e alguns idosos brincando, claro tinha a parte ruim como todo lugar mas o brilho o cheiro as cores, tudo aquilo me enchia os olhos, eu facilmente moraria por aqui
— Bem legal né? - Kirishima comentou me vendo admirar tudo e assinto com a cabeça — Apesar de tudo eu amo esse lugar, me dá uma sensação de lar que não consigo descrever...
Sorri involuntária, a forma como Kirishima via o mundo era simples mas tinha uma boa pitada de complexidade e carisma naturais dele, subimos alguns vãos de escadas no prédio até pararmos na porta 318, Kirishima nem me deu tempo para me preparar mentalmente sobre o que dizer e abriu a porta com tudo assustando quem estava ali dentro
— Poxa vida 'brô, você quer me matar do coração? - um loiro com um risco preto no cabelo comentou passando as mãos no peito e logo um outro homem loiro apareceu secando as mãos
— Ao menos me avise quando trazer visitas idiota! - ele resmungou com uma cara de quem mataria ele mas logo suavizou — Você deve ser a noiva do cabelo de merda, sou Katsuki Bakugou.
— Sim eu sou, Kurosawa [nome]. - comentei me curvando em respeito e logo o outro que seria Denki se aproximou
— Você é a noiva gata e rica do Kiri? whoah, isso é incrível! - ele balbuciou animado me fazendo rir fraco com sua reação — Kaminari Denki ao seu dispor. - ele beijou minha mão num ato de cavalheirismo me deixando um pouco corada
— Para de bajular mulher dos outros Pikachu! - Bakugou estralou os dedos perto dele que correu de volta para o sofá — Kirishima não disse que te traria pra 'cá então não fiz nada muito elaborado pra janta.
— Ah não é necessário isso, eu como qualquer coisa. - comentei calma o vendo arregalar os olhos — Pensou que eu fosse aquelas patricinhas de filmes?
— Tipo isso. - ele deu de ombros me fazendo rir mais um pouco — Mas gosta de comida apimentada? - assenti confirmando — Ótimo, eu fiz meu chili especial acho que você vai gostar. - Kirishima resmungou que o chili dele era dos deuses
E realmente era, Katsuki realmente era um homem de mão cheia e não perdi tempo em pedir a sua receita e convidá-los para o casamento, podia ser dizer que passei as melhores horas da minha vida entre os três e de bônus conheci Mina, uma das atendentes do restaurante aonde os dois trabalham, eu me sentia basicamente em casa, num ambiente aonde me acolhiam e me compreendiam, Kirishima tinha algo que eu sempre almejei muito, uma familia unida
Agora estamos nós dois deitados no sofá cama, Bakugou dormiu cedo pelo costume, Denki e mina dividem o quarto agora que Kirishima vive comigo e com minha "família", ele parece nervoso e eu não estou muito diferente, e a primeira vez que durmo fora e ao lado de alguém
— Obrigado por hoje Kirishima, eu não me divirto assim há anos. - comentei sonolenta enquanto sentia sua mão apertar a minha
— Imagina, eu vou fazer o que estiver ao meu alcance para te ver bem. - ele murmurou sereno me fazendo dormir bem com suas palavras, pela prineira vez eu me sentia realmente em casa
Notas
Na minha cabeça bakugou é cozinheiro canon e ele é formado em todas as temporadas de master chefe, ele e o Jaccin seriam besties e voces não podem me provar o contrario é isso familia descansem e bebam agua
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𝐌𝐲 𝐑𝐢𝐭𝐮𝐚𝐥 , kirishima eijiro.
Фэнтези──── 𝐌𝐘 𝐑𝐈𝐓𝐔𝐀𝐋 || 𝗈𝗆𝖾𝗀𝖺𝗏𝖾𝗋𝗌𝖾 ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏❝ 𝗐𝗁𝖾𝗇 𝗒𝗈𝗎 𝗀𝗈 𝖺𝗐𝖺𝗒 ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏𝖨 𝗌𝗍𝗂𝗅𝗅 𝗌𝖾𝖾 𝗒𝗈𝗎 ❞ ⠀⠀﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋ Onde num ritual de ascenção, 𝖪�...